Infelizmente, alguns leitores ao ficarem adultos
passam a menosprezar os livros infantojuvenis que outrora lhes proporcionaram
viagens inesquecíveis. – “Já foi a época em que eu lia livros de crianças”. –
Esta é a frase mais comum que ouvimos desse pessoal. Caraca, juro que fico decepcionado
com os leitores que se encaixam nessa categoria. Meu! Não dá pra ficar imune –
mesmo após ter atingido a maioridade – ao enredo original de os ‘Três
Mosqueteiros’ ou então de ‘Viagem ao Centro da Terra’! Basta você abrir esses
livros ou qualquer outro clássico infantojuvenil pra fazer uma viagem
inesquecível ao mundo mágico da literatura. Por isso, acho que as pessoas que
renegam os romances que leram em sua infância, estão apenas fazendo ‘tipo’. Na
realidade, elas devoram essas obras escondidas, bem longe dos olhares curiosos.
Não tem como você menosprezar – mesmo que seja de
mentirinha - a obra de Julio Verne: ‘Viagem ao Centro da Terra’. O livro é
divinamente fantástico. O tipo de leitura que empolga e por isso, pode ser lido
por pessoas de qualquer idade e nível cultural..
Esqueça os fundamentos científicos que passam longe
da obra – sabemos que a temperatura do núcleo da terra, localizado no seu
centro, é tão quente que chega a se equiparar a temperatura do sol, impossibilitando
a existência de qualquer criatura viva – e mergulhe de cabeça na aventura. Vale
à pena.
Verne tem uma maneira de escrever que convence o
leitor. Por isso, você acaba sendo seduzido a acreditar que o centro do nosso
planeta é completamente diferente do que é na realidade. Eu mesmo, enquanto lia
‘Viagem ao Centro da Terra’ acabei mandando as favas o lógico e fiquei na
dúvida se tudo aquilo que Verne narrava, de fato, não existia no núcleo terrestre.
Acreditem, seus argumentos te convencem, quero dizer... te enganam (rs).
No enredo, o professor Otto Lindenbrock, seu
sobrinho Axel e o guia Hans decidem descer a cratera de um vulcão inativo,
localizado na Islândia, com o objetivo de chegarem ao centro da Terra. O
professor alemão resolve fazer essa empreitada maluca após descobrir um
manuscrito do século XVI, escrito por um alquimista famoso em seu tempo que
afirma ter feito essa viagem.
A história é narrada em primeira pessoa pelo
sobrinho do professor Lindembrock e nem mesmo o início morno da obra serve para
desanimar o leitor, pelo contrário, serve como expectativa para a aventura que
virá nas páginas seguintes.
Eu li a edição lançada pela editora Ática e que faz
parte da coleção ‘Eu leio’. O livro traz uma introdução muito interessante onde
narra detalhes sobre a vida de Julio Verne e também de suas obras. Achei
fantástico porque me deu a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida
do autor, inclusive a sua infância.
Se tiverem a oportunidade, leiam; vocês não irão se
decepcionar.
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