10 livros com finais surpreendentes

04 outubro 2016
Acabei de assistir “A Órfã”. Cara, que final inesperado! Jamais pensei que iria acontecer aquilo. Após retirar o DVD do aparelho, parei para pensar em todos os filmes que assisti, cujos finais me derrubaram. Verdade! Não imaginava que aquela “criança” maquiavélica fosse na realidade... Caraca!!! Tô pasmo.
Pois é galera, mas não são apenas os filmes que tem esse poder, já li muitos livros com finais surpreendentes; daqueles de derrubar o queixo. Você vai seguindo a leitura normalmente, mas perto do final ou no próprio final, a história toma um rumo completamente diferente daquele que você imaginava, fugindo totalmente do convencional.
Admiro esses autores criativos que não tem medo ou receio de ousarem. Sendo assim, palmas para Stephen King, Sidney Sheldon, Dan Brown e tantos outros.
No post de hoje vou homenagear essa galera ousada. Selecionei dez livros que li e que tiveram finais incomuns. Suas últimas páginas foram chocantes ou  inesperadas, deixando-me de boca escancarada com aquele Ãaaaa?!
Bem, vamos à elas. Antes que me esqueça: procurei ao máximo evitar spoilers.
01 – O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)
Como já disse no post que escrevi sobre o livro (ver aqui), quando vi na TV “O Planeta dos Macacos” (1968), aquele tremendo filmaço com Charlton Heston, fiquei completamente atordoado com o final. Acho que tive contato com o filme nos meados dos anos 70 quando me preparava para começar a curtir a minha adolescência. E apesar de já ter passado tantas décadas, até hoje aquele desfecho perturbador não sai da minha cabeça. Ver o personagem de Charlton Heston numa praia abandonada observando de maneira espantada algo que ele jamais esperava encontrar em toda a sua vida foi chocante. Se o astronauta Taylor não esperava ver ‘aquilo’, as pessoas que assistiam ao filme, pela primeira vez, esperavam menos ainda.
Por isso quando comecei a ler o livro de Pierre Boulle, que serviu de inspiração para o filme, fiquei meio ‘cabreiro’, ainda mais depois que li algumas críticas sobre a obra que apontavam para o seu final, também surpreendente. E de fato, foi.
O “The End” do livro de Boulle, apesar de diferente do filme estrelado por Heston, é tão ou até mais avassalador. Nas últimas páginas – para não dizer na última – a minha queixada caiu. Não esperava por aquilo, mesmo.
02 -  Clube da Luta (Chuck Palahniuk)
A obra de Chuck Palahniuk também foi adaptada para o cinema. Livro e filme tem finais diferentes e ambos surpreendentes. A história é narrada por um personagem sem nome, vivido nos cinemas por Edward Norotn. O cara sofre de uma insônia braba e chega a passar noites consecutivas sem dormir. No desenrolar da história, ele conhece um sujeito chamado Tyler e torna-se seu amigo, passando inclusive a morar no mesmo apartamento.
É o tal Tyler que tem a idéia de formar o Clube da Luta no porão de um bar. Quando o clube não mais o satisfaz, ele cria um outro projeto bem mais ousado batizado de “Destruição” com o objetivo se rebelar contra autoridades e qualquer tipo de ordem estabelecida. Tyler também inventa regras para este novo projeto. Divide os seus seguidores em grupos, distribui tarefas e eles devem realizá-las sem as questionar.
Os finais de livro e filme são distintos, mas ambos surpreendentes.
03 – Hannibal (Thomas Harris)
Sabe aquele final de livro que fica martelando em sua cabeça, mesmo já tendo passado anos e anos? “Hannibal” se encaixa nessas características. PQP! Coitado daquele detetive que virou... E a Clarice Starling?! Quem diria...  O desenlace do livro de Thomas Harris não foi só surpreendente como também chocante. E bota chocante nisso cara! Como já disse, é um daqueles finais que ficam arranhando o nosso subconsciente.
Se você só assistiu ao filme de 2001 com Anthony Hopkins e Julianne Moore, recomendo que leia o livro porque o desfecho de ambos é tão diferentes quanto a água e vinho.
O final da obra literária é tão foda que os roteiristas do filme decidiram fazer mudanças drásticas, afirmando ser impossível filmá-lo.
04 - Psicose (Robert Bloch)
Robert Bloch narra a história de Norman Bates e sua mãe que ainda mantém um motel ativo, apesar do seu fraco movimento.  A propriedade está localizada num local esquecido, perto de uma rodovia recentemente construída e que acabou excluindo o motel da vista dos motoristas. Portanto, só os mais distraídos que erram o caminho, acabam indo parar no “Bates Motel”. Norman, com quarenta anos, trabalha com a mãe no motel e também mora com ela numa casa próxima ao mesmo. Por causa da mãe ser muito dominadora, a relação entre os dois é muito estranha e problemática. Norman  faz tudo o que ela manda e ainda recebe ‘pitos’ como se fosse uma criança indisciplinada.
A chegada de uma forasteira chamada Mary começa a mudar com a rotina do local e também com a cabeça de Norman. A conclusão do livro é daquelas de fazer Óooooh!! Tanto é que ‘reza a lenda' que Alfred Hitckcoch – diretor do famoso filme baseado no enredo de Bloch – chegou a comprar os direitos do livro e recolher todos os exemplares existentes no mercado, já que não queria que ninguém conhecesse o desfecho do enredo.
05 – Conte-me seus sonhos (Sidney Sheldon)
O livro prende o leitor e muito! Afinal, Sidney Sheldon foi um dos mestres da escrita. Ele narra uma série de assassinatos brutais onde as vítimas são mortas de maneira cruel. Os crimes ganham repercussão mundial e após várias investigações, a polícia chega a uma suspeita em potencial: Ashley Patterson, de 20 anos. Uma moça de bom coração, uma verdadeira samaritana. Resumindo: a moça é presa e vai a julgamento. De um lado, um promotor que afirma ter provas ferrenhas de que ela é a criminosa e por isso, exige a pena de morte. Do outro lado; um jovem advogado que coloca a sua carreira em jogo por defender Ashley, mas acredita veemente em sua inocência.
Com o “andar da carruagem”, surgem mais duas lindas mulheres que também podem estar envolvidas nos crimes: Toni Prescott e Allete Peters. Todas jovens e sem antecedentes criminais. A grande pergunta é quem cometeu os crimes brutais?
Bem, o autor poderia matar a sua história com um epílogo simples e frouxo. Coisa do tipo: uma das três foi a assassina e pronto! Simples, não? No! No! Seria simples desde que o escritor não fosse Sidney Sheldon. Ele reserva um final impensável aos seus leitores. Algo... sei lá... anormal.
06 – Harry Potter e o Enigma do Príncipe (J.K. Rowling)
Alguns leitores, me incluo nessa categoria, consideram o 6º livro o mais sombrio de toda a série. Apesar do tom pesado, J.K. Rowling escreveu  uma obra maravilhosa, cheia de reviravoltas e com um final  digno de uma saga.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe” começa, exatamente,  a partir do ponto onde o livro anterior parou. O poder de Voldemort e de seus seguidores, os Comensais da Morte, cresceu de tal maneira que já passou a afetar o mundo dos trouxas (não-bruxos, quer dizer, o nosso mundo). Também não poderia ser diferente, já que além dos Comensais, o Lord das Trevas conta ainda com o apoio dos malignos Dementadores, criaturas mágicas que "sugam" a esperança e a felicidade das pessoas.
Enquanto isso, Harry, que acabou de completar 16 anos, parte rumo ao sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, animado e, ao mesmo tempo, apreensivo com a perspectiva de ter aulas particulares com o professor Dumbledore, o diretor da escola e o bruxo mais respeitado em toda comunidade mágica.
Harry descobre também
descobre um antigo livro escolar que pertenceu aalguém que se intitula "O Príncipe Mestiço". O fim da história que deixa os leitores com as calças nas mãos está relacionado diretamente ao misterioso Príncipe Mestiço.
07 – A Ilha do Medo (Dennis Lehane)
A história se passa em 1954 quando o xerife Teddy Daniels acompanhado de seu novo parceiro Chuck Aule chegam a Shutter Island. A dupla deverá investigar a fuga de uma interna do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe  (reservado à pacientes criminosos) em meio à angustiante expectativa de um furacão que precipita uma revolta e muito medo entre os presos. De forma bem sucinta esse é o enredo da obra de Dennis Lehane que acabou indo para nas telas dos cinemas com Leonardo di Caprio e Mark Ruffalo vivendo respectivamente Daniels e Aule.
Cara, a história tem muitas reviravoltas, mas o final: hohohô! É surpreendente. Aliás, aqui vale uma curiosidade: O livro foi publicado originalmente em 2003 com o título de “Paciente 67”, depois com o lançamento do filme em 2010, a Companhia das Letras relançou a obra com capa e o nome do filme.
Um spoiler inofensivo: o paciente 67 é a chave de todo o mistério da história.
08 – Novembro de 63 (Stephen King)
Tá bom. E você ainda acreditava que Stephen King não teria vez nesse post? Mêo, pode desacreditar). O mestre do terror e suspense não poderia, em hipótese alguma, ser rifado dessa lista.
O livro que escolhi foi “Novembro de 63” que tem um final arrebatador. Ao terminar de ler a última página do livro além de surpreso, fiquei angustiado. Me bateu uma tristeza muito grande e juro que uma lágrima insistiu em rolar. Não imaginava aquele final...
Pois é galera, King me fez chorar de emoção. Estranho não é? Afinal, o sujeito é o mestre do terror e suspense e não o mestre dos romances melosos! Taí, um ponto a mais para o autor que está sempre surpreendendo e inovando em suas histórias.
09 – Sobre Meninos e Lobos (Dennis Lehane)
E vamos com o segundo livro de Dennis Lehane em nossa lista. Muito merecido. O final da história vai causar impacto nos leitores. Apesar do autor  ter concluído o enredo de uma maneira cruel não dá para negar que ele mexe com a gente. Fiquei chocado com o final de “Sobre Meninos e Lobos”.
Lehane escreve sobre a amizade de Dave, Jimmy e Sean que foi marcada por um acontecimento trágico ocorrido há 25 anos. Naquela época, enquanto os três inseparáveis amigos brincavam na rua foram abordados por dois homens que disseram ser policiais e obrigaram Dave – que na adaptação cinematográfica foi vivido por Tim Robbins - a entrar no carro.
O fato ocorrido com ele no período do seqüestro marcou a sua vida e também a de seus amigos de maneira traumática. Nem mesmo a sua esposa sabe o que houve. Depois de certo tempo, os três ficam adultos e se distanciam até que o inesperado acontece, a filha de Jimmy é violentamente assassinada e um dos principais suspeitos é Dave. O detetive responsável pela investigação do crime é o outro dos três amigos do passado: Sean. Assim os três se aproximam novamente; mas em circunstâncias diferentes do passado, revelando detalhes amargos de suas vidas.
Livraço e com um final impremeditado.
10 – Anjos e Demônios (Dan Brown)
E fechamos a nossa lista com Dan Brown. Não só o final, mas todo o enredo das obras de Dan Brown são avassaladores. Costumo dizer que ele reserva um final surpreendente para cada capítulo de seus livros. Em “Anjos e Demônios” parece que estamos em uma montanha russa de emoções. Man, são muitos mistérios! E, então, no final... todos eles são revelados e de uma maneira bombástica porque o leitor não está aguardando por nada daquilo.
Esta é considerada a primeira aventura de Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard. No enredo desenvolvido por Brown, ele tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano.

Por hoje é só.

2 comentários

  1. otimo livro e na minha humilde opinião , por enquanto , o melhor livro de Dan.É bom do começo ao fim.

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  2. O livro com o final mais surpreendente que já li foi "O Mulato" do grande Aluísio Azevedo. Trágico e revoltante.

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