Psicose

08 junho 2023

Li Psicose de Robert Bloch já há algum tempo, acho que nesse ‘algum tempo’ se encaixam uns dois anos. Portanto, estava devendo essa resenha que chega meio que... digamos, atrasada. O motivo do atraso estaria “muito longe” se eu afirmasse que não gostei da obra. Cara, eu adorei! Na realidade, não sei explicar o motivo. Li o livro, o tempo foi passando, a resenha também e assim ficou.

Mas vamos ao que interessa, afinal de contas não estou aqui para explicar os motivos do atraso da publicação resenha mas sim para opinar sobre a obra. E como já revelei acima: adorei o enredo Bloch mesmo já tendo assistido ao filme homônimo dirigido pelo mestre Alfred Hitchcock uma “centena” de vezes. Aliás, o filme que estreou em 1960 e foi um marco na história do terror cinematográfico é muito fiel ao livro, contendo apenas algumas modificações aqui e ali, mas nada que faça muita diferença. Reza a lenda que na época de seu lançamento, Hitchcock comprou todas as cópias do livro disponíveis no mercado para que ninguém o lesse e, consequentemente, ele conseguisse manter a grande surpresa do final. E não é preciso ‘falar’ que o final do livro e do filme, de fato, é surpreendente; um plot twist fantástico. Quem já leu ou assistiu, com certeza, irá concordar comigo.

Psicose foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas.

O livro teve dois lançamentos no Brasil, em 1959 e 1964, mas em 2013, a Darkside surpreendeu os seus leitores ao relançar a obra que já estava esgotada no Brasil há 50 anos. Quando a nova edição de Psicose chegou em terras tupiniquins foi uma verdadeira festa. Também não foi para menos. A editora caprichou e inovou no relançamento, colocando no mercado duas edições, uma em capa dura com o logotipo criado por Tony Palladino, e outra em brochura com a imagem icônica do sangue descendo pelo ralo do banheiro.A edição em capa dura trazia um exclusivo caderno de fotos com imagens do clássico de Hitchcock.

Na história que conquistou leitores e cinéfilos em todo o mundo ao longo dos anos, após roubar 40 mil dólares para se casar com o namorado, uma mulher foge durante uma tempestade e decide passar a noite em um hotel que encontra pelo caminho. Ela conhece o educado e nervoso proprietário do estabelecimento, Norman Bates, um jovem com um interesse em taxidermia e com uma relação conturbada com sua mãe. O que parece ser uma simples estadia no local se torna uma verdadeira noite de terror.

Psicose é um livro curto e super fácil de ler. Achei a leitura muito fluída e ainda me lembro que terminei de ler em dois ou três dias, mesmo estando entupido de trabalho e chegando tarde da noite em casa.

Enquanto no filme temos um Norman Bates até certo ponto elegante vivido por Anthony Perkins, no livro as características físicas do personagem mudam completamente. O Norman Bates das páginas é um homem de 40 anos, de rosto gorducho, óculos sem aro, rosado couro cabeludo visível sob os cabelos ralos e amarelados.

No mesmo ano do lançamento do livro pela DarkSide, em 2013, foi lançada a série Bates Motel, que se propôs a contar a história antes de Psicose. Eles optaram por manter as características físicas do Norman do cinema, porque o Norman do livro não era nem um pouco atraente.

Livraço! Recomendo.

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