Li Psicose
de Robert Bloch já há algum tempo, acho que nesse ‘algum tempo’ se encaixam uns
dois anos. Portanto, estava devendo essa resenha que chega meio que... digamos,
atrasada. O motivo do atraso estaria “muito longe” se eu afirmasse que não gostei
da obra. Cara, eu adorei! Na realidade, não sei explicar o motivo. Li o livro,
o tempo foi passando, a resenha também e assim ficou.
Mas vamos ao que interessa, afinal de contas não estou
aqui para explicar os motivos do atraso da publicação resenha mas sim para
opinar sobre a obra. E como já revelei acima: adorei o enredo Bloch mesmo já
tendo assistido ao filme homônimo dirigido pelo mestre Alfred Hitchcock uma
“centena” de vezes. Aliás, o filme que estreou em 1960 e foi um marco na
história do terror cinematográfico é muito fiel ao livro, contendo apenas
algumas modificações aqui e ali, mas nada que faça muita diferença. Reza a
lenda que na época de seu lançamento, Hitchcock comprou todas as cópias do
livro disponíveis no mercado para que ninguém o lesse e, consequentemente, ele
conseguisse manter a grande surpresa do final. E não é preciso ‘falar’ que o
final do livro e do filme, de fato, é surpreendente; um plot twist fantástico.
Quem já leu ou assistiu, com certeza, irá concordar comigo.
Psicose
foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino
de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um
assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe
dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas
femininas.
O livro teve dois lançamentos no Brasil, em 1959 e
1964, mas em 2013, a Darkside surpreendeu os seus leitores ao relançar a obra
que já estava esgotada no Brasil há 50 anos. Quando a nova edição de Psicose chegou em terras tupiniquins foi
uma verdadeira festa. Também não foi para menos. A editora caprichou e inovou
no relançamento, colocando no mercado duas edições, uma em capa dura com o
logotipo criado por Tony Palladino, e outra em brochura com a imagem icônica do
sangue descendo pelo ralo do banheiro.A edição em capa dura trazia um exclusivo caderno de
fotos com imagens do clássico de Hitchcock.
Na história que conquistou leitores e cinéfilos em
todo o mundo ao longo dos anos, após roubar 40 mil dólares para se casar com o
namorado, uma mulher foge durante uma tempestade e decide passar a noite em um
hotel que encontra pelo caminho. Ela conhece o educado e nervoso proprietário
do estabelecimento, Norman Bates, um jovem com um interesse em taxidermia e com
uma relação conturbada com sua mãe. O que parece ser uma simples estadia no
local se torna uma verdadeira noite de terror.
Psicose
é um livro curto e super fácil de ler. Achei a leitura muito fluída e ainda me
lembro que terminei de ler em dois ou três dias, mesmo estando entupido de
trabalho e chegando tarde da noite em casa.
Enquanto no filme temos um Norman Bates até certo
ponto elegante vivido por Anthony Perkins, no livro as características físicas
do personagem mudam completamente. O Norman Bates das páginas é um homem de 40
anos, de rosto gorducho, óculos sem aro, rosado couro cabeludo visível sob os
cabelos ralos e amarelados.
No mesmo ano do lançamento do livro pela DarkSide, em
2013, foi lançada a série Bates Motel, que se propôs a contar a história antes
de Psicose. Eles optaram por manter as características físicas do Norman do
cinema, porque o Norman do livro não era nem um pouco atraente.
Livraço! Recomendo.
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