“Amigos vem, amigos vão”. Não. Nada disso. Na minha
maneira simples de analisar os fatos - sem complicações e muito menos sem aqueles horrorosos
símbolos lingüísticos ou de semântica - os amigos apenas vem, pelo menos os
verdadeiros. Cara, não é necessário que eles fiquem por perto só para
continuarem sendo amigos. Se um dia, eles tiverem de se ausentar, não é por
isso que deixarão de fazer parte da minha ou da sua “Canção da América”. O que
interessa são as lições, os exemplos, ou seja, o ‘edifício’ que foi construído
enquanto esses amigos estavam convivendo com você.
Um desses sujeitos chama-se Márcio Antônio Blanco
Cava ou simplesmente Márcio ABC que eu conheci nos anos 80 quando estava
começando a cursar jornalismo na Fundação Educacional de Bauru, atual Unesp. Outras
duas figurinhas que fazem parte desse mesmo pacote e que também se evaporaram
com o passar das décadas são o Dino Magnoni e a Maria Salete dos Reis Kuwaoka,
o ‘Saletão”, todos jornalistas. Os três
sumiram. Dino deve estar lecionando na Unesp, em Bauru; Saletão se evaporou a
‘milhares’ de anos, por isso mesmo não sei se está por aqui ou se mudou para
outro planeta. Quanto ao Márcio ABC virou escritor. E diga-se, um ótimo
escritor com cinco livros lançados – Parabala, Desrumo, Pater, Na Pele dos
Meninos e o mais recente, Estado Bruto.
Não vejo o Márcio há muitos anos, mas como já disse,
a amizade continua, por isso, fiquei muito feliz quando soube que ele havia
acabado de lançar "Estado Bruto", o qual ainda não li, mas se seguir os mesmos
passos de seus livros anteriores, certamente fará muito sucesso.
Segundo a sinopse da editora Epigrama, em "Estado
Bruto", a mulher de um capitão do exército é brutalmente assassinada no dia em
que o homem chega à Lua. Ao confessar o crime, o marido, afundado em planos de
guerrilha contra a ditadura, desencadeia uma comovente história construída sob
suspense, erotismo e todos os signos sociais de uma época de grandes
transformações mundiais.
Além do próprio capitão, o episódio muda para sempre
a história de um grupo comum de pessoas: a mulher frustrada e ao mesmo tempo
ousada que busca respostas para seus dilemas num consultório psiquiátrico; o
psiquiatra, então um profissional jovem, que mantém um sentimento platônico por
sua paciente; o ginasial precoce que lê instigado pelo pai professor de
literatura; e seu irmão recruta do exército cuja vida é alterada por um simples
acaso.
Narrado por Castelo, agora um velho professor, o
romance divide-se em camadas de tempo que se sobrepõem umas às outras e adentram
sem pudores o oceano obscuro e imprevisível da mente humana, testando
constantemente os limites da transgressão e da obscenidade. Voluptuoso, “Estado
bruto” abre corações e feridas. E os faz sangrar.
Gostei da sinopse; parece bem atrativa e sem dúvida irei adquirir o livro. "Estado Bruto" foi
lançado recentemente com uma noite de autógrafos em Bauru. Esquema semelhante
será realizado em São Paulo.
Boa sorte grande ABC. Muito sucesso com o seu novo
livro.
Você merece.
Postar um comentário