Os filmes sobre viagens no tempo sempre despertaram
o meu interesse. Não foi a toa que cresci assistindo uma série antológica de TV
dos anos 60 chamada “O Túnel do Tempo”. Esta paixão acabou se estendendo aos
livros, fazendo com que eu me tornasse um fã de carteirinha do gênero ficção
cientifica.
Ainda me lembro que perto de completar os meus 20
anos de idade, foi lançado um filme que me chamou muito a atenção. O enredo
falava de um poderoso porta-aviões nuclear americano que após atravessar uma
fenda no tempo acabou indo parar no meio do conflito da 2ª Guerra Mundial,
horas antes do ataque dos japoneses a base militar de Pearl Harbor. Com todo aquele poder bélico à disposição, o
comandante do porta-aviões poderia mudar o rumo daquele ataque que dizimou a
base militar dos Estados Unidos, causando comoção em todo o mundo. Mas havia um
dilema: Teria ele o direito de interferir na história? E se interferisse, será
que os americanos acabariam entrando na 2ª Guerra Mundial, já que até aquele
momento, eles estavam neutros? E se não entrassem no conflito, será que o nazismo
acabaria levando a melhor?
O filme lançado em 1980 se chama “Nimitz – De Volta
ao Inferno” e como já deu para perceber, o nome do porta-aviões é o USS Nimitz
que até hoje se encontra em serviço ativo.
A produção cinematográfica tinha nos papéis
principais: Kirk Douglas, Martin Sheen, Katharine Ross e James Farentino. Cara,
que filmaço! Um dos melhores que já assisti. Gostei tanto que acabei comprando
o DVD (hoje, muito difícil de encontrar) e volta e meia, lá estou eu
assistindo-o novamente.
Há algumas semanas, zapeando na Net descobri uma
novelização do filme escrita por Martin Caidin e confesso que apesar da minha
ojeriza por esse gênero literário, soltei um grito de alegria. Pensei comigo –
Caraca, talvez essa novelização, é tão boa quanto “O Segredo do Abismo” - afinal
Caidin está no mesmo nível de Orson Scott Card que fez a releitura do roteiro
do filme de James Cameron para as páginas.
Fui dormir na dúvida: compro ou desprezo? No final,
resolvi comprar: o preço módico de R$ 5,00 foi o ‘fiel da balança’. Mesmo tendo
uma semana corrida no trabalho, consegui ler as 261 páginas de “O Nimitz, Volta
ao Inferno” (o nome do livro é quase igual ao título do filme; as duas únicas
diferenças são as letras “O” a mais e “De”
a menos) em dois dias. Adorei! Putz, não acredito que estou ‘falando’ isso
sobre uma novelização de filme. Mas tudo bem, fazer o que? Eu gostei, assim
como gostei de “O Segredo do Abismo”.
Caidin, à exemplo de Scott Card, mudou muita coisa
do roteiro escrito para o cinema, principalmente no que se refere na composição
dos personagens. A personalidade e as dúvidas do capitão do USS Nimitz, Matthew
Yelland, foram exploradas até a “gota”;
os conflitos dentro do porta-aviões, por causa da divergência de idéias também
ganharam ênfase. Sem contar o estilo narrativo de Caidin que imprime grandes
doses de suspense no enredo.
“Nimitz, De Volta ao Inferno” foi lançado nos
cinemas americanos em 1º de agosto de 1980. A novelização com base no roteiro
do filme foi lançada no mesmo mês.
Caidin conta a história do mais poderoso
porta-aviões nuclear dos Estados Unidos que durante manobras militares no
Oceano Pacífico é atingido por uma estranha tempestade elétrica que o arremessa
de volta ao tempo para 09 de dezembro de 1941, poucas horas antes do ataque
japonês a Pearl Harbour.
Enquanto o esquadrão inimigo voa em direção ao Havaí,
o capitão do Nimitz, um perito do Departamento de Defesa e um senador precisam
decidir o que fazer. Será que eles devem permitir que os japoneses concluam um
dos maiores massacres da história ou devem lançar um pesado contra-ataque com
seus poderosos aviões de ultima geração, mudando para sempre o curso da
história?
Dúvida cruel, né?
Podem comprar a novelização; sem medo.
2 comentários
João como vai?
ResponderExcluirAmigo to louco atrás deste filme como eu faço pra ver De novo?
Já procurei até pra comprar, Jr tiver como me ajudar me manda um e mail bamagipa@gmail.com.
Abraços.
Acabei de assistir. Baixe pelo U-Torrents, é mole!
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