“Z: A Cidade Perdida” e “O Enigma do Coronel Fawcett” contam detalhes sobre o explorador e arqueólogo que inspirou a criação do personagem Indiana Jones

14 julho 2015
Os filmes de Indiana Jones animaram as matinês das minhas jovens tardes de domingo. No começo dos anos 80, o único cinema da minha cidade ainda mantinha o habito de passar filmes depois do horário de almoço. E lá estava eu, juntamente com a minha ‘tchurma’, comendo pipocas, paquerando as gatas e fazendo muita bagunça; mas depois que aquele sujeito com chicote nas mãos e chapéu panamá enterrado na cabeça aparecia ‘implodindo’ tudo nas telas, o nosso silêncio era total. Só tínhamos olhos para o cara que se tornou o maior herói da nossa geração.
Jamais imaginei que Indiana Jones fosse real; quero dizer, que os seus filmes fossem baseados na vida de um aventureiro de carne e osso. Para mim, ele não passava de um personagem saído das mentes brilhantes de dois gênios dos cinemas: Steven Spielberg e George Lucas. Bem... esta ilusão durou até ontem à noite, após as minhas habituais zapeadas na net, quando ao entrar numa livraria virtual afim conferir as últimas novidades, topo com um livro chamado: “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”. O release promocional da obra dizia que Spielberg havia criado o seu Indy , inspirado no tal coronel que esteve ‘fuçando’ por terras brasileiras na década de 1920. Outras fontes também confirmavam essa informação.
Não satisfeito, continuei minhas andanças pelas redes sociais à procura de novas provas. E, então... Pimba! “Trombo” com outro livro “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones”. Cara, então só me restou dizer: “Não tem jeito, tá sacramentado!
Pois é galera, o Indiana Jones das minhas jovens tardes de domingo, de fato existiu.
Tanto Hermes Leal quanto David Grann – autores de “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones” e “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”, respectivamente – garantem que o inglês Percy Harrison Fawcett, desaparecido em 1925, na Amazônia, é considerado um dos maiores exploradores de todos os tempos – tanto que suas aventuras inspiraram obras de Conan Doyle, além dos filmes de Indiana Jones.
Leal e Grann contam que Fawcett acreditava existir uma cidade secreta na Amazonia, um verdadeiro Eldorado, onde vivia uma civilização avançada que utilizada técnicas de trabalho muito mais eficientes do que as nossas. Nem mesmo familiares e amigos chegados conseguiram tirar essa idéia de sua cachola e, então, lá vai o ‘nosso’ aventureiro, acompanhado de seu filho de 21 anos e também de um amigo fotógrafo em busca da cidade desconhecida.
Contam os autores que os planos de Fawcett acabaram vazando e por isso, surgiram outros concorrentes com o mesmo intuito, alguns deles com grande poder aquisitivo, ao contrário do coronel que teve de suar para conseguir financiamento para a sua empreitada. Com tão pouco dinheiro no bolso, só restou ao destemido aventureiro e arqueólogo independente sair na frente dos concorrentes. Dessa forma, ele se embrenhou nas profundezas da selva amazônica, onde desapareceu para sempre.
Coronel Fawcett: o verdadeiro Indiana Jones
Em maio de 1925, escreveu uma última carta à sua esposa, dizendo estar próximo de seu destino e que a cidade misteriosa era uma realidade. Citou na correspondência que ainda tinha as companhias de seu filho Jack e do fotógrafo e amigo, Raleigh Rimell. Desde então, nunca mais se teve notícia do coronel Fawcett e de seus acompanhantes e até hoje o seu desaparecimento continua cercado de mistérios.
Bem, não preciso dizer que o desaparecimento de alguém famoso gera várias lendas urbanas e o com o sumiço do coronel não foi diferente. Primeiro atribuíram a sua morte aos índios, porém nada foi provado, mas a história mais curiosa foi a de um certo professor Hugh McCarthy que decidiu seguir a trilha de Fawcett e também desapareceu, não sem antes, ter escrito uma carta muito misteriosa. A correspondência que chegou via pombo-correio às mãos de um amigo do professor dizia que ele estava muito doente e que a “fria mão da morte” estava muito próxima de tocá-lo, mas mesmo assim, ainda tinha forças para escrever avisando que havia localizado no meio da selva uma cidade de ouro. “É absolutamente inacreditável e maravilhosa, com uma pirâmide de ouro e estranhos templos”. McCarthy enviou, junto com a carta, um mapa com a localização da cidade, mas o seu amigo nunca conseguir encontrar exploradores ou arqueólogos dispostos a montar uma expedição, pois eles achavam que McCarthy havia enlouquecido.
Em seus livros, Leal e Grann dizem que o mapa enviado pelo professor McCarthy acabou sumindo, juntamente com a esperança de encontrar a Cidade Z, como o coronel Fawcett costumava chamá-la.
Grann revela em sua obra que mais de 100 pessoas desapareceram ao longo das décadas em busca de Fawcett. O autor também visitou a Amazônia, descobrindo novas pistas sobre o destino do explorador britânico e mostrando que Z talvez estivesse o tempo todo sob os pés de Fawcett.
O Indy dos cinemas imortalizado por Harrison Ford
Vale lembrar que o brasileiro Hermes Leal pensou em abrir um processo contra Grann, afirmando que o escritor americano plagiou a sua obra “A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”.
Cara, vou lhe dizer uma coisa: deixando essa briga jurídica de lado, li os dois livros há cerca de dois ou três anos e posso dizer que ambos são fantásticos. Enquanto, “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones” parte mais para uma vertente jornalística; “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro” alça vôos mais para o lado aventureiro de Fawcett e de suas estrepolias “À La Indiana Jones’.
E por voltar a ‘falar’ em Indiana Jones, vários jornais americanos e europeus noticiaram nos anos 80 que Spielberg havia criado o seu famoso herói – que ficou marcante na interpretação de Harrison Ford -  após tomar tomar conhecimento de detalhes sobre a vida de Percy Harrison Fawcett, mais conhecido por “Coronel Fawcett”

Tá contado!

2 comentários

  1. Muito bom seu comentario! Eu tambem adorei os dois livros! Ah, sou fa tambem da criacao de Spilberg, sem falar do proprio heroi: Cel.Fawcett!

    ResponderExcluir
  2. E para que esta proposta se sustente, frestas estão abertas, como eixos singelos entre estes gêneros registrados como forma de narrar uma história verdadeira; ainda que o realismo esteja à mercê a todo momento. Falar do Charlie Hunnam significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. Eu amo os charlie hunnam filmesO mesmo aconteceu com esta produção, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.

    ResponderExcluir

Instagram