Durante as minhas zapeadas nas livrarias virtuais -
à procura de algo que me interessasse – acabei descobrindo um livro que trouxe
velhas e saborosas lembranças do meu passado. Para ser mais específico, da
minha pré-adolescência quando vivia fuçando o armário de livros do meu irmão
(ver aqui).
Naquela época eu era fissurado nos livrinhos de
bolso da Monterrey. Tão fissurado que até hoje ainda guardo os nomes de algumas
séries lançadas pela editora: Feras do
Oeste, Chumbo Mortal, Colorado, entre outras. Cara, esses livrinhos traziam
histórias que cuspiam balas em duelos memoráveis no velho oeste. O selo que eu
mais gostava era “Chumbo Quente” que tinha enredos mais elaborados. Tudo bem
que eles eram estereotipados ao ‘máximo do máximo’ e que tanto vilões quanto
mocinhos atingiam o ápice da caricatura, mas mesmo assim, eu adorava as tais
histórias. Brigitte Montfort ou os tiroteios de Chumbo Quente eram os meus passatempos
preferidos.
Ontem à noite, após encontrar numa livraria virtual,
um livro chamado “Os Melhores Contos de Faroeste”, de repente, me vi ‘caçando’
nas redes sociais mais informações sobre a obra. Então, percebi que ainda
continuo fã das velhas histórias de faroeste.
Não pensem que se trata de um livro novo, já que “Os
Melhores Contos de Faroeste” foi lançado em 2004, portanto, há mais de uma
década. E, talvez, por isso, encontre-se esgotado em praticamente todas as
livrarias. Pelo que eu vi, apenas alguns sebos ainda dispõem da obra em seus
acervos, mas poucos.
A coletânea de histórias foi lançada pela José
Olympio Editora e reúne 17 contos clássicos ambientados no velho oeste
americano, escritos por verdadeiras feras, entre os quais: Elmore Leonard, Jack
London, Stephen Crane e até mesmo Mark Twain – juro que eu não sabia que ele
também tinha escrito temas de bang-bang. Vendo os nomes dos autores, percebe-se
que a qualidade dos contos devem ser bem melhores do que aquelas histórias dos
antigos selos da Monterrey. Prova disso é que faz parte da antologia um dos
maiores clássicos do velho oeste. Estou me referindo ao conto “Um Homem Chamado
Cavalo” de Dorothy M. Johnson que no início dos anos 70 foi adaptado para os
cinemas. O filme homônimo tinha no papel principal o saudoso ator Richard
Harris (o Dumbledore de Harry Potter) que vivia um aristocrata iunglês (John
Morgan), de modos refinados, que fazia parte de uma expedição em Dakota em
1821, quando acaba sendo capturado por
indios Sioux.
Cena antológica de Um Homem Chamado Cavalo |
Morgan passa a ser tratado como um animal,
entretanto ao contrário dos outros homens brancos, ele passa a respeitar a
cultura dos seus captores, ao mesmo tempo em que inicia um aprendizado sobre os
seus costumes. Desta maneira, o aristocrata vai ganhando, aos poucos, o respeito
dos índios. Apesar de ter assistido ao filme ainda moleque me recordo do teste
final pelo qual o personagem decide enfrentar para poder se casar com uma
mulher da tribo dos Sioux. Brrrr..
A presença dessa história em “Os Melhores Contos de
Faroeste” chamou-me a atenção devido a sua raridade. O conto de Johnson nunca
veio a ser lançado no Brasil. Ele apareceu pela primeira vez na revista Coller,
em 7 de janeiro de 1950, depois foi reeditado em 1968, como uma pequena
história dentro do livro “Indian Country”, também de autoria da escritora
americana.
Tudo indica que a antologia de 17 contos selecionada
por John E. Lewis ainda traga outras pérolas da literatura sobre o velho oeste.
Digo ‘tudo indica’ porque ainda não li o livro, mas como já disse durante esse
post, se levarmos em conta a qualidade dos nomes dos autores, os contos
selecionados, com certeza, irão prender a atenção dos leitores do início ao
fim.
Ah! Antes que me esqueça... já comprei “Os Melhores
Contos de Faroeste” num dos sebos cadastrados no portal da Estante Virtual. Em
todo o portal, acho que restaram apenas quatro exemplares por preços módicos.
E aí? Interessou? Então não demore.
Um comentário
Li mais de 2000 bolsilivros na época, era viciado neles, conheci nos Estados Unidos quase todas ás Cidades, pois cada história era de um Estado ou Cidade, quem gostava "viajava" nas historias do velho Oeste, era á guerra Civil Americana, do Norte contra o Sul, e os pistoleiros fugiam de um lado pro outro, Muito shou.kkk
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