Box ultra luxuoso “O Poderoso Chefão” chega, sem alarde, às livrarias

Anteontem cheguei em casa ‘arrebentado’, mas um ‘arrebentado total’, daqueles que envolvem o físico e o psíquico. Confesso que estou perto do esgotamento. Aliás, isso sempre acontece de quatro em quatro anos quando tenho de mediar debates com candidatos querendo engolir uns aos outros; elaborar esquemas de cobertura de eleições envolvendo apuração, programas especiais e entrevistas; escutar abobrinhas de assessores de candidatos que te acusam de estar favorecendo ciclano ou beltrano e etc e mais etc... E para somar a esse inferno astral existe, também, um site de fofocas – que se auto-denomina de informações – que fica usando o meu nome em vão... Rssssssss!! Essa foi boa! Usar o meu nome em vão! Acredite , estou morrendo de rir enquanto digito essa frase. Não sei de onde tirei essa! Usar o meu nome em vão (rsssssssss). Mas, deixando de lado as gozações e gargalhadas; a verdade é que se não bastasse tanto agito em minha vida, ainda surge um FDP meio careca, com ‘bigodon’ e barrigudo publicando comentários anônimos num site merreca, me caluniando politicamente e particularmente.

Resumindo: cheguei em casa no mais puro estresse e, por isso, para dar uma relaxada, fui acessar a Net para me inteirar sobre algumas novidades literárias. Foi então que vi algo que me fez esquecer o “Estige” pelo qual vinha navegando. Uma novidade maravilhosa, mas tão pouco ou quase nada divulgada: um Box luxuosamente preparado com quatro livros sobre a Máfia, sendo dois escritos por Mário Puzo e os outros dois por Mark Winegardner. O Box da editora Record contem os livros “O Poderoso Chefão” e “O Último Chefão”, de Puzzo e “A Volta do Poderoso Chefão” e “A Vingança do Poderoso Chefão”, ambos escritos por Winegardner.

Dos quatro livros, três são intimamente ligados a saga da família Corleone. São eles: “O Poderoso Chefão”, “A Volta do Poderoso Chefão” e “ A Vingança do Poderoso Chefão”. Já “O Último Chefão”, é uma história à parte, sem nenhuma relação com Don Corleone e o seu clã.

Aqueles que já se habituaram a acompanhar esse blog e leram o post relacionado ao livro “A Volta do Poderoso Chefão” devem estar se perguntando: - “O cara disse que não gostou do livro e agora coloca a obra lá no céu!?” Não é bem assim. Deixe-me explicar. De fato, não gostei nenhum um pouco do livro de Mark Winegardner, como explicitei há algum tempo nesse blog, mas por outro lado amei “O Poderoso Chefão” e só ouvi críticas favoráveis quanto ao “O Último Chefão”. Agora no que se refere aos livros de Winegardner; tudo bem que “A Volta do Poderoso Chefão” me decepcionou, mas não posso tornar a criticar o escritor sem antes ter lido a sua obra seguinte sobre a saga dos Corleone. Poxa, fazer isso seria uma grande injustiça. Vai que o cara tenha acertado a mão em “A Vingança do Poderoso Chefão”? E aí como é que fica? Já vi verdadeiros monstros sagrados da literatura publicar verdadeiras aberrações, mas depois deram a volta por cima e escreveram verdadeiros tesouros. Portanto, vamos com calma com o andor porque o santo é de barro.

Deu prá entender o motivo da minha euforia ao ver esse Box à venda na internet? Pois é, por ter gostado tanto de “O Poderoso Chefão”, fiquei feliz por ter ganhado a oportunidade de adquirir dois livros que ainda não pude ler – “O Último Chefão”e “A Vingança do Poderoso Chefão” - além de ver um Box ultra luxuoso em minha estante por um preço mais do que módico.

Hmmmm... Pera aí, se essa justificativa não colocou, deixe-me tentar outro argumento. Está bem, vamos lá... O livro “O Último Chefão” não existe mais! Taí, pronto! É isso aí! O livro, pelo menos no seu tamanho standart, se esgotou das livrarias. Você só vai encontrá-lo naquelas ‘mirradinhas’ edições de bolso, bem ‘pequititas’; tão pequetititas que para ler as letrinhas, você vai precisar de bons óculos. Sem contar, que – com todo respeito – não dá pra sentir tesão com essas edições diminutas. É a mesma coisa que colocar na sua frente uma Gisele Bundchen pronta pra entrar na passarela, só de biquini e uma... uma... sei lá, uma Susan Boyle logo depois do despertar de uma noite mal dormida. Me desculpem os que pensam o contrário, mas essas edições de bolso não fazem o meu tipo, prefiro a edições “normais’. É algo meu, fazer o que...

Bem, deixando de divagar e voltando ao assunto, os leitores interessados só irão encontrar “O Último Chefão” em sebos. E você sabe como é. Neste caso, é torcer para encontrar um exemplar que tenha pertencido a um dono cuidadoso.

Pra ser sincero, não dá para evitar. Pare e pense. O preço normal do Box “O Poderoso Chefão” é R$ 186,70!! Perdeu o fôlego? Espera aí que você vai recuperá-lo. Ocorre que o pacote com os quatro livros está numa baita promoção: apenas R$ 99,90. Isto significa que você vai economizar R$ 86,80!! Sem contar a opção de poder comprar o produto parcelado, nas livrarias virtuais, em até 10 ou 12 vezes, dependendo do seu cartão de crédito.

E então? Não são muitos os motivos para adquirir esse Box? Mas vamos falar escrever um pouco sobre o enredo dos livros para que vocês tenham uma noção do Box num todo. Como já deixei explícito acima, “O Último Chefão” é a ovelha negra dos quatro livros – no bom sentido, é claro – já que não tem nenhuma ligação com a saga dos Corleone. Puzo escreveu a obra quase 30 anos depois de “O Poderoso Chefão” e o enredo - de acordo com as minhas pesquisas, já que não li o livro – é mais violento do que “o seu antecessor. Segundo reportagem publicada na Revista Veja, em 1997, época do lançamento do livro, Puzo escreveu uma história tão violenta e com personagens, também, tão violentos que faz  o clã dos Corleone parecer um bando de freiras no claustro.

A história é ambientada nos anos 80 e conta a saga da família mafiosa Clericuzio que domina o Bronx, subúrbio de Nova York, mas circula com igual desenvoltura pelo cinema em Hollywood. Mas é em Hollywood que a família mantém os seus negócios mais escusos. A história já começa quente quando os Clericuzio eliminam seus principais rivais, os Santadio. A partir daí, o patriarca don Clericuzio redistribui funções entre filhos e sobrinhos para perpetuar o poder do seu clã. Mero engano, porque após essa redistribuição de poder, o negócio fica ‘tenso’ e cada um dos Clericuzio passa a brigar para ter maior autoridade do que o seu “rival”. A briga se torna inescrupulosa e atinge a meca do cinema em Hollywood, os cassinos em Las Vegas, o turismo na Flórida e também políticos famosos.

Comentando, agora, os três livros que compõem o núcleo da família Corleone e, por isso mesmo, ligados entre si. Em “A Volta do Poderoso Chefão”, a coisa foi ‘braba’. Mark Winegardner gag... e sentou em cima. Nem vou comentar. Aqueles que quiserem saber a minha opinião, acessem o post onde comento a obra. Com relação “A Vingança do Poderoso Chefão”, como já opinei, não sei se Winegardner se redmiu ou novamente ‘sentou em cima’. Só lendo para saber e é o que pretende fazer brevemente. Acredito que os personagens carismáticos criados por Puzo merecem uma nova chance por parte dos leitores, mesmo após terem sido massacrados por Winegardner. “A Vingança do Poderoso Chefão” encerra a saga da família Corleone, definindo o destino de cada um dos personagens que permaneceram vivos após as tramas e conspirações dos dois primeiros livros, um de Puzo e o outro de Winegardner.

Quanto ao “Poderoso Chefão”, que completa o Box lançado pela Record, falar ou escrever o quê?? Restrinjo-me a dizer que é uma obra prima sem precedentes e zefini!!