3 livros que amei e agora quero rele-los nesta minha fase de “releituras”

29 outubro 2025

Nós leitores, vivemos de fases ou se preferirem, enfrentamos essas famosas fases. E quais são essas famosas fases? Anotem aí: proscratinação, perda de interesse, depressão pós livro, entre outras. Quem é leitor de carteirinha sabe do que estou falando escrevendo.

Acho que há cerca de três dias entrei numa dessas fases. De repente me bateu uma vontade enorme, posso até dizer incontrolável, de reler algumas obras. Assim, acredito que comecei a viver a chamada fase da “releitura”. Tudo começou quando após um pequeno período de desinteresse pelos livros decidi, assim meio que de repente, comprar uma obra da Freida McFadden. Enquanto zapeava por algumas livrarias virtuais “bati” os olhos em Nunca Minta e percebi que após ter lido a sinopse do enredo, aquela fase de desinteresse ou proscatinação começou a ser substituída por aquele “comichãozinho”, também tão conhecido por nós leitores, que nos obriga a colocar nos carrinhos de compra determinado livro que mexeu com o nosso consciente, subconsciente, com o nosso coração, enfim, com todo o nosso corpo.

Pois é, não pensei duas vezes e empurrei Nunca Minta para dentro do conhecido “carrinho da Amazon”. Por falar nisso, a “cegonha” da Amazon já estava com uma saudade enorme de fazer as entregas dos meus “bebês”. Com certeza, agora, com o fim dessa fase de desinteresse e proscratinação, ela voltará a ter trabalho (rs).

Sempre que adquiro novos livros; até que eles cheguem, tenho o hábito de reler contos curtos. Evito os romances com muitas páginas. No meu caso, esses contos ajudam a preparar o clima para a chegada dos novos “bebês. Logo, fui até a  minha sala de leitura e ao me aproximar das estantes de livros para escolher uma historieta bem curta de algum livro de contos, acabei “batendo” os olhos em Vende-se este  Futuro de Bruno Miquelino. Então me lembrei que havia lido esse livro em 2018 e a-m-a-d-o. Lembrei-me, vagamente, que o enredo se tratava de uma viagem no tempo, onde uma agente viajava para o futuro ou para o passado com o objetivo de acertar algumas “coisas”... bem, as lembranças morriam aí. Mas, nesse momento, veio um impulso muuuuito forte para reler o enredo de Miquelino. Ah!... esse impulso não parou por aí, como vocês poderão ver.

“Entonce”... ao ‘correr’ os olhos pelas minhas estantes, esse tal impulso voltou a aparecer quando vi a trilogia As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell. Ao avistar ali bem acomodada em seu “berço”, aquele “bebê” especial, comecei a reviver personagens antológicos que marcaram a minha vida de leitor há aproximadamente 15 anos. Começou a percorrer a minha mente personagens que contribuíram e muito para que eu me tornasse um devorador de livros: Derfel, Artur, Guinevere, Nimue, Merlin... Ufa!! Que nostalgia! Lembrei-me também do início do Livros e Opinião já que a resenha da trilogia de Cornwell foi uma das primeiras a ser publicadas no blog.

Todos esses fatores contribuíram para a criação dessa postagem. Disse para Lulu que estava com vontade de reler alguns livros e, então, ela me perguntou porque eu não selecionava alguns deles e fazia um post. Eitcha, sempre Lulu me socorrendo com as suas ideias e sugestões.

Vamos lá? Nesta postagem selecionei três livros que amei de paixão e por isso pretendo relê-los.

01 – Vende-se este Futuro (Bruno Miquelino)

Este será o primeiro da lista; ou melhor, ‘já está sendo’ o primeiro porque comecei a relê-lo ontem. Cara, como eu amei a Beatriz!! Esta garota fantástica é a personagem principal do romance de ficção científica Vende-se este Futuro, livro de estréia do escritor paulista Bruno Miquelino, publicado em 2018 pela editora Novo Século.

Beatriz é uma espécie de agente de viagens temporais. Explicando melhor: ela trabalha para uma agencia que promove viagens no tempo chamada Déja Vu que surgiu 2097 em São Paulo, numa época em que esse tipo de viagem era comum. A principal função da Déja Vu é transportar pessoas do passado para o futuro, para que elas  adquiram outra identidade, longe dos holofotes, da polícia, de seus problemas, enfim, do que for. No futuro que elas escolhem, então lhes é concedida uma nova identidade e consequentemente uma nova vida.

O enredo mistura ação, suspense e momentos de descontração. Achei hiper-legal a ideia do autor de acrescentar na trama personagens reais. Vê-los interagindo com personagens fictícios deu um “Up” a mais para o enredo, tornando-o muito mais viciante.

Uma pena que Bruno Miquelino, até agora, não escreveu um novo livro. Não entendi o motivo. Volta Miquelino! Se possível com uma sequência de “Vende-se este Futuro” com a nossa incrível Beatriz.

02 – As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)

02 – As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)

Como expus no início desse post, a história da trilogia As Crônicas de Artur (Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur) se funde com os primórdios do blog. Foi uma das primeiras trilogias que eu li. Uma saga tão boa, mas tão boa, que mesmo após quase 15 anos ainda sinto uma baita saudade dela.

Publicada originalmente entre 1995 e 1997, esta trilogia, escrita pelo britânico Bernard Cornwell, dá uma visão mais realista para a lenda arturiana. A série desmistifica toda a história como nós aprendemos a conhecer em nossa infância ou adolescência.

Esqueça a Távola Redonda, Camelot, espada encantada, donzelas suaves, Santo Graal e um Merlin com poderes mágicos. Se prepare para ver um Lancelot covarde, um Artur sem coroa, um Mordred aleijado e um Merlin malandro e charlatão, mas muito inteligente e perspicaz. Você deve estar se perguntando: “Caramba! O autor arrebentou a história de Artur!!” Aqueles que pensam dessa maneira, se enganam redondamente. Pelo contrário, Cornwell reescreveu a história de Artur... do verdadeiro Artur, sem damas do lago, monstros que propõem soluções de enigmas, cavaleiros galantes e espada encantada que num passe de mágica sai do meio de uma rocha.

Todo o enredo dos três livros que compõem a As Crônicas de Artur foi escrito baseado em pesquisas arqueológicas e documentos importantes resgatados das décadas de 540 e 600 d.C. Por isso, aqueles que lêem os livros passam a ter uma idéia mais realista de quem foi esse grande comandante guerreiro que viveu nos séculos V e VI e que enfrentou os saxões defendendo a Grã-Bretanha de uma invasão. Como já disse, uma visão realista da história de Artur, sem fantasia e contos de fadas. Acredito que seja por isso, que As Crônicas de Artur seja uma das sagas mais encantadoras do universo literário.

03 – Ponto de Impacto (Dan Brown)

Revelo para a galera que não sou assim... muuuito fã de Dan Brown. 

Dos seus oito livros lançados até agora, lí a metade – Ponto de Impacto, O Símbolo Perdido, Anjos e Demônios e Inferno. Amei o primeiro; detestei o segundo e gostei dos dois últimos. Apesar do saldo positivo, não sei como explicar, mas não fiquei estimulado a encarar outros títulos do autor. Estranho, né galera?

Mas vamos ao que interessa, desses quatro livros que eu li, Ponto de Impacto foi o melhor deles. Como já escrevi acima, amei o enredo. O romance mistura ficção científica, política, suspense, espionagem militar e ação. Devorei os capítulos cheios de ação, suspense e aventura. Que é aquilo, meu!!!

Ponto de Impacto consegue, sem esforço nenhum, prender o leitor da primeira à última página. E por falar em última página... Putz, putz e super-putz novamente!! Caraca, que final! Daqueles de derrubar o queixo, mas afinal de contas, tudo na história é para derrubar não só o queixo, mas a queixada inteira. Muitas e muitas reviravoltas.

Tudo começa quando a NASA encontra um enorme meteorito enterrado na geleira Milne, no alto Ártico, contendo fósseis – uma prova irrefutável da existência de vida extraterrestre - as autoridades políticas americanas se movimentam para tomar vantagem de tal acontecimento. O fascinante achado acontece exatamente quando a NASA se tornou uma questão central na disputa pela presidência que está para acontecer. O candidato à reeleição, o presidente Zachary Herney, vem perdendo pontos com os ataques de seu oponente, o senador Sedgwick Sexton, à ineficiência e aos gastos excessivos da agência espacial.

Nem preciso acrescentar que os dois candidatos veem nessa descoberta científica a sua tábua de salvação ou então de perdição.

Rever o livro em minha estante, acabou sendo um reencontro do tipo “amor a primeira vista” ou melhor, “amor a segunda vista”, já que irei lê-lo pela segunda vez.

Enfim, é isso aí. Vamos aproveitar essa fase de releituras para depois aguardar a chegada da próxima fase, a qual espero não seja uma Depressão Pós Livro”.

 

 

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