Nós leitores, vivemos de fases ou se preferirem,
enfrentamos essas famosas fases. E quais são essas famosas fases? Anotem aí:
proscratinação, perda de interesse, depressão pós livro, entre outras. Quem é
leitor de carteirinha sabe do que estou falando escrevendo.
Acho que há cerca de três dias entrei numa dessas
fases. De repente me bateu uma vontade enorme, posso até dizer incontrolável,
de reler algumas obras. Assim, acredito que comecei a viver a chamada fase da
“releitura”. Tudo começou quando após um pequeno período de desinteresse pelos
livros decidi, assim meio que de repente, comprar uma obra da Freida McFadden.
Enquanto zapeava por algumas livrarias virtuais “bati” os olhos em Nunca Minta e percebi que após ter lido
a sinopse do enredo, aquela fase de desinteresse ou proscatinação começou a ser
substituída por aquele “comichãozinho”, também tão conhecido por nós leitores,
que nos obriga a colocar nos carrinhos de compra determinado livro que mexeu
com o nosso consciente, subconsciente, com o nosso coração, enfim, com todo o
nosso corpo.
Pois é, não pensei duas vezes e empurrei Nunca Minta para dentro do conhecido
“carrinho da Amazon”. Por falar nisso, a “cegonha” da Amazon já estava
com uma saudade enorme de fazer as entregas dos meus “bebês”. Com certeza,
agora, com o fim dessa fase de desinteresse e proscratinação, ela voltará a ter
trabalho (rs).
Sempre que adquiro novos livros; até que eles cheguem,
tenho o hábito de reler contos curtos. Evito os romances com muitas páginas. No
meu caso, esses contos ajudam a preparar o clima para a chegada dos novos
“bebês. Logo, fui até a minha sala de
leitura e ao me aproximar das estantes de livros para escolher uma historieta
bem curta de algum livro de contos, acabei “batendo” os olhos em Vende-se este Futuro de Bruno Miquelino. Então me
lembrei que havia lido esse livro em 2018 e a-m-a-d-o. Lembrei-me, vagamente,
que o enredo se tratava de uma viagem no tempo, onde uma agente viajava para o
futuro ou para o passado com o objetivo de acertar algumas “coisas”... bem, as
lembranças morriam aí. Mas, nesse momento, veio um impulso muuuuito forte para
reler o enredo de Miquelino. Ah!... esse impulso não parou por aí, como vocês
poderão ver.
“Entonce”... ao ‘correr’ os olhos pelas minhas
estantes, esse tal impulso voltou a aparecer quando vi a trilogia As Crônicas de Artur de Bernard
Cornwell. Ao avistar ali bem acomodada em seu “berço”, aquele “bebê” especial, comecei
a reviver personagens antológicos que marcaram a minha vida de leitor há
aproximadamente 15 anos. Começou a percorrer a minha mente personagens que
contribuíram e muito para que eu me tornasse um devorador de livros: Derfel,
Artur, Guinevere, Nimue, Merlin... Ufa!! Que nostalgia! Lembrei-me também do
início do Livros e Opinião já que a resenha da trilogia de Cornwell foi uma das
primeiras a ser publicadas no blog.
Todos esses fatores contribuíram para a criação dessa
postagem. Disse para Lulu que estava com vontade de reler alguns livros e,
então, ela me perguntou porque eu não selecionava alguns deles e fazia um post.
Eitcha, sempre Lulu me socorrendo com as suas ideias e sugestões.
Vamos lá? Nesta postagem selecionei três livros que
amei de paixão e por isso pretendo relê-los.
01
– Vende-se este Futuro (Bruno Miquelino)
Este será o primeiro da lista; ou melhor, ‘já está
sendo’ o primeiro porque comecei a relê-lo ontem. Cara, como eu amei a
Beatriz!! Esta garota fantástica é a personagem principal do romance de ficção
científica Vende-se este Futuro,
livro de estréia do escritor paulista Bruno Miquelino, publicado em 2018 pela
editora Novo Século.
Beatriz é uma espécie de agente de viagens temporais.
Explicando melhor: ela trabalha para uma agencia que promove viagens no tempo
chamada Déja Vu que surgiu 2097 em São Paulo, numa época em que esse tipo de
viagem era comum. A principal função da Déja Vu é transportar pessoas do
passado para o futuro, para que elas
adquiram outra identidade, longe dos holofotes, da polícia, de seus problemas,
enfim, do que for. No futuro que elas escolhem, então lhes é concedida uma nova
identidade e consequentemente uma nova vida.
O enredo mistura ação, suspense e momentos de
descontração. Achei hiper-legal a ideia do autor de acrescentar na trama personagens
reais. Vê-los interagindo com personagens fictícios deu um “Up” a mais para o
enredo, tornando-o muito mais viciante.
Uma pena que Bruno Miquelino, até agora, não escreveu
um novo livro. Não entendi o motivo. Volta Miquelino! Se possível com uma sequência
de “Vende-se este Futuro” com a nossa incrível Beatriz.
02
– As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)
02
– As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)
Como expus no início desse post, a história da
trilogia As Crônicas de Artur (Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur) se funde com os primórdios do
blog. Foi uma das primeiras trilogias que eu li. Uma saga tão boa, mas tão boa,
que mesmo após quase 15 anos ainda sinto uma baita saudade dela.
Publicada originalmente entre 1995 e 1997, esta
trilogia, escrita pelo britânico Bernard Cornwell, dá uma visão mais realista
para a lenda arturiana. A série desmistifica toda a história como nós
aprendemos a conhecer em nossa infância ou adolescência.
Esqueça a Távola Redonda, Camelot, espada encantada,
donzelas suaves, Santo Graal e um Merlin com poderes mágicos. Se prepare para
ver um Lancelot covarde, um Artur sem coroa, um Mordred aleijado e um Merlin
malandro e charlatão, mas muito inteligente e perspicaz. Você deve estar se
perguntando: “Caramba! O autor arrebentou a história de Artur!!” Aqueles que pensam
dessa maneira, se enganam redondamente. Pelo contrário, Cornwell reescreveu a
história de Artur... do verdadeiro Artur, sem damas do lago, monstros que
propõem soluções de enigmas, cavaleiros galantes e espada encantada que num
passe de mágica sai do meio de uma rocha.
Todo o enredo dos três livros que compõem a As Crônicas de Artur foi escrito baseado
em pesquisas arqueológicas e documentos importantes resgatados das décadas de
540 e 600 d.C. Por isso, aqueles que lêem os livros passam a ter uma idéia mais
realista de quem foi esse grande comandante guerreiro que viveu nos séculos V e
VI e que enfrentou os saxões defendendo a Grã-Bretanha de uma invasão. Como já
disse, uma visão realista da história de Artur, sem fantasia e contos de fadas.
Acredito que seja por isso, que As Crônicas de Artur seja uma das sagas mais
encantadoras do universo literário.
03
– Ponto de Impacto (Dan Brown)
Revelo para a galera que não sou assim... muuuito fã
de Dan Brown.
Dos seus oito livros lançados até agora, lí a metade –
Ponto de Impacto, O Símbolo Perdido, Anjos e Demônios e Inferno.
Amei o primeiro; detestei o segundo e gostei dos dois últimos. Apesar do saldo
positivo, não sei como explicar, mas não fiquei estimulado a encarar outros
títulos do autor. Estranho, né galera?
Mas vamos ao que interessa, desses quatro livros que
eu li, Ponto de Impacto foi o melhor
deles. Como já escrevi acima, amei o enredo. O romance mistura ficção
científica, política, suspense, espionagem militar e ação. Devorei os capítulos
cheios de ação, suspense e aventura. Que é aquilo, meu!!!
Ponto
de Impacto consegue, sem esforço nenhum, prender o leitor da
primeira à última página. E por falar em última página... Putz, putz e
super-putz novamente!! Caraca, que final! Daqueles de derrubar o queixo, mas
afinal de contas, tudo na história é para derrubar não só o queixo, mas a
queixada inteira. Muitas e muitas reviravoltas.
Tudo começa quando a NASA encontra um enorme meteorito
enterrado na geleira Milne, no alto Ártico, contendo fósseis – uma prova
irrefutável da existência de vida extraterrestre - as autoridades políticas
americanas se movimentam para tomar vantagem de tal acontecimento. O fascinante
achado acontece exatamente quando a NASA se tornou uma questão central na
disputa pela presidência que está para acontecer. O candidato à reeleição, o
presidente Zachary Herney, vem perdendo pontos com os ataques de seu oponente,
o senador Sedgwick Sexton, à ineficiência e aos gastos excessivos da agência
espacial.
Nem preciso acrescentar que os dois candidatos veem
nessa descoberta científica a sua tábua de salvação ou então de perdição.
Rever o livro em minha estante, acabou sendo um
reencontro do tipo “amor a primeira vista” ou melhor, “amor a segunda vista”,
já que irei lê-lo pela segunda vez.
Enfim, é isso aí. Vamos aproveitar essa fase de
releituras para depois aguardar a chegada da próxima fase, a qual espero não
seja uma Depressão Pós Livro”.





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