03 agosto 2025
Faltam ainda dois livros raros de Stephen King para serem relançados. Quando a Suma colocará nas livrarias: “Depois da Meia-Noite” e “Os Estranhos”?
Após quase uma semana sem postar, cá estou novamente
para “falar” sobre livros. Os últimos dias estiveram agitados por aqui; mas uma
agitação muito boa, muito legal e que acabou provocando um certo atraso nos
textos literários do blog. Recebi a vista de alguns familiares de Lulu que
moram em outra cidade para passar alguns dias em casa. Foi ‘muito da hora’.
Eles são gente boa, ao máximo.
Dada as devidas explicações pelo atraso nos posts,
vamos parar de divagações – aliás, faz tempinho que eu não divago por aqui, né?
(rs) – e irmos ao que interessa: escrever sobre livros.
Pois é, galera... gostaria de iniciar essa postagem
fazendo uma pergunta para uma editora, especificamente para a Suma que tem os
direitos de publicação das obras de Stephen King. “Por que somente duas obras
raras do mestre do terror não foram relançadas? Aliás, aproveitando o ‘gancho’
dessa dúvida, pergunto também por onde ‘andam’ os livros da série Bibblioteca
Stephen King? Ah! Vocês devem estar perguntando os nomes desses dois livros ‘tipo
figurinhas difíceis’. Ok, eu respondo. Anotem aí: Depois da Meia-Noite e Os
Estranhos.
Que eu me lembre, parece que praticamente todos os livros de SK considerados raros já foram relançados – a maioria na coleção ‘Biblioteca Stephen King’ – com exceção dos dois citados acima. Vamos conferir juntos: A Hora do Lobisomem, Cão Raivoso (Cujo), A Metade Negra (relançado como A Metade Sombria), Trocas Macabras, A Incendiária, Eclipse Total (relançado com o título de Dolores Clariborne), além dos contos A Longa Marcha, A Auto-Estrada e O Concorrente que fazem parte do raríssimo Os Livros de Bachman. Desse livro só não foi relançado o conto Fúria que foi proibido pelo próprio King após uma cópia da obra ter sido encontrada dentro do armário do estudante que cometeu o massacre de Columbine onde um professor e 12 alunos foram mortos em um ataque a tiros que chocou os Estados Unidos. Fúria é um dos únicos livros do mestre do terror que permanece fora de catálogo a pedido dele próprio, pois houve pelo menos quatro tiroteios em escolas que foram inspirados na obra, o que ele achou preocupante demais.
Com exceção de Fúria
todas as outras obras consideradas “figurinhas difíceis” do autor foram
relançadas; repito: com exceção de Depois
da Meia-Noite e Os Estranhos.
Cara, acho isso muito estranho. Será que a liberação dos direitos para
publicação dessas duas obras está assim, tão difícil? Ou Não estão encontrando
profissionais ideais para o trabalho de tradução? Sei lá, na minha opinião, são
dificuldades pequenas para uma editora do porte da Suma.
Também não dá para entender como a editora cria um
selo com a finalidade de publicar apenas obras raras do autor que estão fora de
católogo, no caso o selo “Biblioteca Stephen King”, e acaba incluindo nesse
pacote histórias como Carrie e O Iluminado que podem ser encontradas a
preços módicos em qualquer livraria ou sebo. Mas como esperança é a última que
morre, vamos torcer para que a Suma atenda os clamores dos fãs de King e
coloque esses dois livros raros novamente no mercado literário.
Eu acredito que Depois
da Meia-Noite é considerado o sonho de consumo de 10 em cada 10 fãs de
Stephen King. O livro de 667 páginas e que reúne quatro noveletas – Os Longoliers, Janela Secreta, Secreto Jardim, O
Policial da Biblioteca e O Cão da
Polaroide - foi lançado pela editora
Francisco Alves em 1992 e depois disso não teve nenhuma outra edição.
Pesquisei bastante na internet e só consegui encontrar
sete nove exemplares usados à venda: quatro na Estante Virtual por R$ 600,00, R$
590,90, R$ 590,00 e R$ 521,00; outros quatro no Mercado Livre por R$ 699,00, R$
587,00, R$ 500,00 e R$ 499,00; e um na Amazon, R$ 5889. Lembrando que havia um
outro exemplar no marketplace Enjoei por R$ 300,00, mas ele acabou sendo
arrematado por um leitor que devia estar muito ansioso para ler o livro.
Portanto, galera, se uma obra com valores nesses
patamares não for considerada rara, certamente, nem uma outra será.
Quanto a Os
Estranhos, apesar dos preços mais baratos se compararmos com Depois da Meia-Noite, eles também
assustam. Encontramos cinco na Estante Virtual com preços que vão de R$ 190,00
à R$ 300,00; um exemplar no Mercado Livre por R$ 310,00; seis no Enjoei na
média de R$ 110,00 à 600,00; e por fim, um na Amazon pela “bagatela” de R$ 680,00.
O meu primeiro e único contato com Os Estranhos foi através de uma fita VHS
lançada em 1993. Naquela época eu estava no início da minha era balzaquiana e
tinha o habito de assistir com frequência as saudosas fitonas de vídeo.
Lembro-me até hoje, do filme baseado na obra literária de King se chamava
“Tommyknockers – Tranquem Suas Portas” (título que recebeu ao ser lançado no
Brasil pela Warner Home Video). A versão lançada por aqui foi editada em forma
de filme, já que originalmente Os
Estranhos ou
Tommyknockers
foi uma minissérie de 181 minutos produzida para a TV norte-americana.
O livro, à exemplo de O Apanhador de Sonhos e Sob a
Redoma, é mais uma história do autor com toques alienígenas. A pacata
cidadezinha de Haven se vê abalada por estranhos acontecimentos, crianças
desaparecem, bonecas ganham vida e um rastro de morte se espalha. Tudo isso
começa a acontecer logo após uma nave alienígena ter caído numa floresta perto
da cidade.
Taí galera! Vamos torcer para que a Suma tenha
“piedade” dos fãs de King – dos quais, também, faço parte – e se esforce para
colocar no mercado esses dois livros raríssimos do ‘tio’.
Suma tenha dó da gente.
26 julho 2025
Mister Magic
Foi Trash, muito trash. Me desculpem galera, mas não
posso mentir para todos aqueles que seguem o blog, “dizendo” que gostei de “Mister
Magic” de Kiersten White. Aliás, pensando melhor; gostei sim. Gostei da premissa
do enredo e dos capítulos iniciais, mas depois... como diz o velho ditado
popular: “a maionese desandou”.
Veja se um plot com essas características não consegue
prender a sua atenção. Vamos lá: Pense num programa infantil de televisão de
grande sucesso – um verdadeiro fenômeno de audiência – apresentado por seis
crianças e um sujeito que faz o papel de um mágico misterioso que “funciona”
como mentor dessas crianças em suas brincadeiras. Ninguém vê o rosto desse
homem misterioso. Dentre os seis apresentadores mirins – três homens e três
mulheres – uma delas é a que mais se destaca. Ela se chama Valentine ou simplesmente
Val, mas por um motivo (motivo esse que só é revelado perto do final da trama) o
seu pai a sequestra e foge com a filha para um lugar bem isolado e ainda a proíbe
de falar com outras pessoas e de ir até a cidade sozinha. Este processo de
ruptura com o programa que ocorreu há 30 anos foi tão abrupto que acabou
criando um trauma em Val, hoje já adulta, que não se lembra absolutamente nada
do que aconteceu naquela época e nem do motivo que levou o seu pai a ter essa atitude.
Ela só acredita que algo muito grave aconteceu com o tal programa que se chamava
“Mister Mágic” e agora, após mais de três décadas, ela quer desvendar esse
mistério. Paro por aqui para não entregar mais detalhes e implodir o enredo com
spoilers.
Agora me respondam se esse plot não despertou o seu
interesse? Cara, eu fiquei curiosíssimo para descobrir “N” coisas. Primeiro:
por que a criança foi sequestrada pelo
seu próprio pai e se manteve incomunicável com o mundo exterior durante 30
anos? Segundo: por que o programa terminou de uma maneira tão rápida e
misteriosa? Terceiro: porque ninguém encontra nenhuma notícia de “Mister Magic”
nas redes sociais? Quarto: porque o tal apresentador misterioso nunca mostrou o
seu rosto? Além de outros questionamentos que vão surgindo no decorrer da
trama.
Mas então, conforme você vai virando as páginas, esse
plot super interessante empaca; trava, literalmente, porque fica dando voltas
em torno de si mesmo. Em resumo, o enredo não se desenvolve e com isso passa a
prevalecer diálogos e descrições desnecessárias. Essa enrolação prossegue até
perto dos capítulos finais quando finalmente o mistério do programa de TV
começa a ser desvendado e, na minha opinião, da pior maneira. A autora misturou
magia negra com cultos estranhos e forte pitada de sobrenatural. Juro que eu
estava esperando um final racional para a história sem espaço para o
sobrenatural, mas... não foi isso que aconteceu. E a solução sobrenatural,
escolhida por Kiersten, para explicar os mistérios da trama foi muito
esquisito; aliás um sobrenatural além de esquisito; confuso e sem graça.
Se eu fosse fazer uma analogia iria comparar “Mister
Magic” com uma maionese caseira que desandou. Daquelas em que você vai batendo,
batendo, então ela vai ficando bonita, cremosa e de repente, por causa de algum
problema, ela começa a desandar. O cremoso que tinha tudo para se transformar
numa maionese deliciosa acaba ficando xôxa e azeda.
Inté!
22 julho 2025
“Pelas Entranhas” e “No Meio da Noite”: dois novos livros de terror e suspense que chamaram a minha atenção
Cada leitor tem uma relação própria com livros. Alguns
são do tipo: “olhei pra capa, gostei, comprei”; outros são metódicos e só
compram uma obra depois de lerem uma infinidade de resenhas e mesmo assim,
ainda saem à caça de amigos que leram a tal obra para saber se, de fato, ela é
boa. No meu caso, procuro buscar um equilíbrio entre essas duas situações, mas
confesso que tenho uma queda que está mais para “quedona” do que para
“quedinha” pela capa.
Quando vejo uma capa que me desperta o interesse,
procuro logo na sequência ler a resenha da história publicada pela editora. Se
essa resenha chamar a minha atenção da mesma forma que a capa do livro, aí sim,
vou ler algumas opiniões.
Foi assim, que duas obras me chamaram a atenção e
acabaram entrando para a minha lista de leituras. Pelas Entranhas de Triz Parizotto e No Meio da Noite de Riley Sager – a primeira, lançada em agosto de
2024 e a segunda, com previsão de lançamento para o dia 4 de agosto de 2025 –
mexeram muito com a minha curiosidade. Posso dizer que foi “amor a primeira
vista (rs).
No caso de Pelas
Entranhas, três detalhes chamaram a minha atenção a atenção, instigando a
sua compra. O primeiro deles foi a sua capa que achei fantástica, provando que o
layout de um livro para chamar a atenção dos leitores não precisa ser todo
rebuscado. Pelas Entranhas faz jus a
essa máxima. Sua capa tem apenas três matizes de cores: branco, preto e
vermelho. Algumas pessoas podem até achar o seu layout rebuscadão; eu não; pelo
contrário, achei simples e chamativo.
Na capa, a cor predominante é o fundo branco onde se
sobressai o título da obra em vermelho combinando com o sangue de um animal
(parecido com um lobo) que é sacrificado por uma criatura misteriosa. Tanto
essa criatura quanto o lobo, além do nome da autora e de algumas árvores secas
que compõem a paisagem são da cor preta. Cara, ficou perfeito! Tudo combina! E
para completar, adivinhem só? Todo esse layout viciante em capa dura; pode?!!
Portanto, só do “menino”, aqui, bater o olho nessa capa, o coração já disparou.
Logo na sequência, fui ler a resenha e... adorei. Sou fã de contos de terror, e
Pelas Entranhas é exatamente uma
coletânea com três histórias curtas do gênero que me fisgaram.
A primeira delas se chama Carne e conta a história de Lucas, um estudante de biologia, que
revela detalhes do suicídio de seu amigo, Isaque, e da subsequente decisão de
realizar o último desejo do garoto: ser devorado por seu amigo. O release
distribuído pela editora Maquinaria Editorial (mqnr) diz que se trata de uma
história que desafia as convenções morais, confrontando o leitor com a
fragilidade da vida e a complexidade da mente humana.
O segundo conto se chama Baço e nele conhecemos Bertoldo, um professor solitário em
Araguaia, que se vê envolvido em uma série de eventos perturbadores: animais
começam a aparecer mortos e grotescamente mutilados em sua vizinhança. Barros,
o oficial da lei da cidade, pede sua ajuda na investigação, mergulhando-os em
um mistério que desafia a lógica e a sanidade.
E por fim, temos Olhos
onde Lucia, uma garota recém-formada, que enfrenta o luto pela perda de sua
mãe, até que se vê diante de uma possibilidade chocante: o suposto acidente que
tirou a vida da mulher, pode ter sido, na verdade, uma decisão desesperada para
escapar de uma existência de dor, causada por alguém próximo e, por sua vez, vivo.
Achei as três histórias interessantes, apesar da
primeira ter um tom bem macabro.
E por fim, dei uma “olhada” nas resenhas de vários
portais literários, entre eles Amazon e Skoob; a maioria delas favoráveis. Na
Amazon, a classificação chegou praticamente a cinco estrelas e no Skoob, quatro;
ou seja, passou no teste.
Este é o primeiro livro da escritora brasileira Triz
Parizotto, de 23 anos. Ela é conhecida por seu trabalho como atriz, incluindo
sua participação na novela "Carrossel" quando ainda era criança. Além
disso, Triz se destaca como modelo e produz conteúdo para a internet.
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Escritor Riley Sager |
Quanto a No Meio
da Noite o que primeiro despertou a minha atenção foi a resenha instigante
da história publicada nas redes sociais e livrarias virtuais. De acordo com o
release fornecido pela editora Intrínseca: “em uma noite quente de julho de
1994, Ethan Marsh, com dez anos na época, e seu melhor amigo, Billy Barringer,
acampavam no gramado de sua casa, na sossegada rua sem saída de Nova Jersey. Na
manhã seguinte, Ethan acordou com a luz do sol no rosto e percebeu que estava
sozinho. Durante a noite, alguém cortou a lateral da barraca com uma faca e
levou Billy. O menino nunca mais foi visto.
Trinta anos se passam, e, com a mudança repentina dos
pais, Ethan volta a morar na casa onde cresceu. Atormentado pela insônia e
sempre pelo mesmo pesadelo que passou a ter depois do desaparecimento do amigo,
ele começa a notar que coisas estranhas vêm acontecendo no meio da noite. Luzes
com sensor de movimento na garagem dos vizinhos se acendendo e se apagando,
bolas de beisebol surgindo no quintal, objetos em lugares que ele não se lembra
de ter colocado... Estaria alguém lhe pregando uma peça de mau gosto? Ou será
que Billy, dado como morto por muitos, teria retornado a Hemlock Circle?
Incapaz de ignorar esses eventos misteriosos e o fato
de vir sentindo a presença de Billy durante a madrugada, Ethan dá início a uma
investigação própria para tentar se lembrar dos mínimos detalhes daquela
fatídica noite”. Se levarmos em conta o plot principal, o enredo promete, não
acham?
Outro ponto que coçou os meus dedos para colocar o
livro no carrinho de compras foi o fato dele ter sido escrito por Riley Sager.
O motivo? Eu com to: li “As Sobreviventes” e gostei da história (confira
resenha aqui).
No próximo final de semana vira o mês de pagamento do
meu cartão de crédito e então... partirei para o abraço desses dois livros, um
abraço o qual espero ser correspondido.
Inté galera!