06 julho 2025
10 livros de terror com poucas páginas que irão agradar os leitores que detestam calhamaços
Gosto muito de livros de terror, mas nem sempre estou
disposto a encarar um calhamaço do gênero. Só leio aquelas infinitudes de
páginas quando estou com tempo sobrando e principalmente disposto. No mais,
preferido as histórias com um número menos “assustador” de páginas, e se for
daquelas com menos de 200 páginas, melhor ainda.
Galera, gosto de ler sim e faço jus aquele ditado de
que o “verdadeiro leitor não se assusta com o número de páginas de um livro”,
acontece que estou vivendo uma fase mais do que corrida na minha vida
profissional; correria essa, que começou no início do ano e provavelmente
continuará até perto de 2025. Sabem que lance de novos projetos que precisam
ser criados, avaliados e rotulados? Pois é, estou vivendo esse clima. Agora
imaginem, além disso, ter um blog para atualizar e livros para ler. Portanto,
resolvi maneirar nos calhamaços, só se me interessar muito.
Por viver essa situação atípica, tive a ideia de
escrever um post explorando esse contexto, ou seja, dos livros de terror
com poucas páginas; daqueles que só
assustam os leitores com o seu enredo e não com o número “fenomenal” de
páginas.
Se você se enquadra na categoria de leitores amantes
do gênero terror mas tem pavor de encarar obras que são verdadeiros
calhamaços... está no lugar certo. Este post é prá você.
Selecionei 10 livros de terror muito elogiados pela
galera e que dispensam o apelido de “mil folhas”; pelo contrário, eles são
muito pequenos no quesito número de páginas. Vamos a eles.
01
– O Chamado de Cthulhu (H.P. Lovecraft)
Esta história que a maioria dos leitores consideram a
mais icônica de H.P. Lovecraft, geralmente está presente em coletâneas do
autor. É muito difícil encontra-la como história solo devido ao seu pouco
número de páginas, mas a DarkSide resolveu dar um “presentaço” para os fãs de
um dos mestres do terror: uma publicação solo de O Chamado de Cthulhu ilustrada e em capa dura. Uma edição pra lá de
luxuosa. Digna de colecionador.
O conto foi escrito em 1926 e publicado pela primeira
vez na revista Weird Tales em 1928, e hoje, é considerado um clássico absoluto.
Agora, o artista francês François Baranger apresenta a
versão ilustrada definitiva da história. Esta edição foi publicada originalmente
através de financiamento coletivo, que conseguiu arrecadar nove vezes mais do
que o autor havia solicitado. A arte de Baranger consegue evocar como poucos o
universo sombrio, etéreo e nebuloso descrito por Lovecraft.
São apenas 64 páginas de uma história marcante e
horripilante. O Chamado de Cthulhu narra a investigação de um sobrinho sobre a
misteriosa morte de seu tio, um professor que estudava uma entidade cósmica
maligna chamada Cthulhu. A história é contada através de três narrativas
interligadas, revelando a existência de cultos antigos que adoram Cthulhu e
buscam trazê-lo de volta à Terra, evento que traria o fim da humanidade.
Data da publicação: 16 novembro 2021
Capa: Dura
Número de páginas: 64 páginas
Dimensões: 23.2 x 1 x 30.6 cm
02
– A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Washington Irving)
A história é uma das mais antigas da ficção
norte-americana. A partir da lenda de um homem decapitado montado em seu
cavalo, tradicional referência no antigo folclore europeu, Irving estruturou a
obra A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
considerada uma das primeiras histórias de fantasmas da literatura dos Estados
Unidos.
Ainda que sua aparição inicial tenha acontecido no
século XIX, há 202 anos, o cavaleiro sem cabeça, criado por Irving, gerou um
grande impacto cultural que continua ecoando nas mídias artísticas, seja no
cinema, teatro e na literatura. Dentre as variadas versões inspiradas no conto,
evidenciam-se o filme mudo “The headless horseman” (1922), a animação da Disney
“As aventuras de Ichabod e Sr. Sapo” (1949) e a adaptação cinematográfica de
1999, dirigida por Tim Burton.
No romance, o leitor encontra suspense, terror,
intrigas e comicidade. E tudo isso, em pouco mais de 70 páginas com
ilustrações. A obra conta a história de Ichabod Crane, que há pouco havia se
mudado para um pacato lugarejo. Mas a aparente calma daquela comunidade
escondia um segredo macabro: a presença ameaçadora de um cavaleiro sem cabeça
vagando pelos campos à noite.
Data da publicação: 15 maio 2009
Capa: Brochura
Número de páginas: 64 páginas
Dimensões: 20.83 x 14.22 x 0.76 cm
03
– A Hora do Espanto: A Cadeira de Balanço (Edgar J.
Hyde)
Hora
do Espanto de Edgar J. Hyde é uma série de livros infanto-juvenis
de terror. Cada um tem uma história própria e independente, sem uma ordem cronológica
de leitura. Se não me engano já foram lançados nove livros da série. A Cadeira de Balanço é o sexto.
A história desenvolvida por J. Hyde recebeu vários
elogios de leitores nas redes sociais. A maioria foi quase unânime em afirmar
que a história é muito bem desenvolvida, simples mas intrigante, além de rapidinha.
Muitos também afirmaram que mesmo sendo uma história infanto-juvenil, ela
arrepia.
No enredo desenvolvido por J. Hyde, um jovem chamado
Gerry Tooms, que mora em frente a uma casa abandonada, observa um homem velho
sentado em uma cadeira de balanço na varanda. O velho começa a se comunicar com
Gerry através de mensagens em jornais, prevendo eventos perigosos que podem
acontecer com a cidade. A história gira em torno do mistério de quem é o velho.
Em resumo; a trama envolve uma casa abandonada, um
homem misterioso em uma cadeira de balanço que prevê o futuro, e um jovem que
precisa usar essas predições para evitar uma ameaça à cidade.
Data da publicação: 1 janeiro 2015
Capa: Brochura
Número de páginas: 112 páginas
Dimensões: 20.2 x 13.6 x 0.1 cm
04
– Sete Gritos de Terror (Edson Gabriel Garcia)
E tem autor canarinho na área. Juro que fico muito
feliz quando autores brasileiros publicam obras que são muito elogiadas pela
galera; obras de qualidade. Afinal de contas, temos de torcer pelo o que é da
nossa terrinha. E cá, entre nós, temos muito escritores de alto nível, principalmente
no gênero terror. Taí César Bravo, André Vianco, Raphael Montes e Bruno
Ribeiro, entre outros, que não me deixam mentir.
O gênero terror se tornou tão popular entre os
escritores brasileiros que até mesmo aqueles que não estão acostumados a
escrever enredos com essa peculiaridade, se aventuraram por esse caminho pelo
menos “uma vez na vida”. Prova disso é o escritor Edson Gabriel Garcia, natural
de Nova Granada – atualmente residindo em São Paulo - e pós-graduado em
Educação e Comunicação. Ele que já foi professor por mais de 30 anos, publicou mais
de dez livros, alguns já traduzidos para outros idiomas. Dos 12, apenas um do
gênero terror; e muito elogiado.
Durante as minha zapeadas na “net” vi vários comentários
positivos para esse livro.
O release promocional da editora Elementar explica que
o livro é uma coletânea de histórias recolhidas da memória das pessoas e de
diversos lugares, reconstituídas dramaticamente e que causam susto, medo e
pavor.
O release prossegue expondo que o leitor sentirá calafrios
ao se envolver nas aventuras assustadoras vivenciadas pelos personagens dos
contos, entre eles: A mais bela noite de
Margarida; O casal de velhos; O anel da falecida; O jardim de inverno do Barão; Uma
aposta de muito medo; Os dentes de
Madalena; A última história.
A nota promocional da editora termina acrescentando
que “estas sete histórias envolvem o leitor do início ao fim, enredado em
sustos e pavores que o instigam a querer ler sempre mais”.
Pronto! Entrou para a minha lista de compras: culpa desse
release chamativo (rs).
Editora:
Elementar
Data
da publicação: 30 de setembro de 2011
Capa:
Brochura
Número
de páginas: 104 páginas
Dimensões:
20.6 x 13.8 x 0.4 cm
05
– Sete Ossos e uma Maldição (Rosa Amanda Strausz)
Ôba! Tem mais terror brasileiro na área! Agora a ‘bola
da vez’ dessa top list é a jornalista e escritora carioca Rosa Amanda Strausz.
No post que escrevi há quase 10 anos, quando li “Sete Ossos e uma Maldição” (ver
aqui) opinei que os contos possuem finais devastadores, mas não todos. Quatro
histórias – Crianças à venda. Tratar aqui,
Dentes tão brancos, O fruto da figueira e Morte na estrada – são verdadeiras obras
primas do gênero terror. Eles arranham, machucam, enfim, deixam o leitor
incomodado com aquele calafrio que começa na nuca e termina na base da espinha.
E para que uma história de terror, seja no formato conto ou livro, possa ganhar
o status de ‘obra-prima’, ela deve, antes de tudo, incomodar; mexer com aquele
medo secreto que todos nós temos e que fica muito bem escondido em nosso
íntimo. E estes quatro contos de Strausz fizeram isso comigo.
Quanto aos outros seis, não. Até achei o
desenvolvimento dos seus enredos convincentes, mas quando chegou a hora da
conclusão, de fato, não me convenceu. Achei os finais dos contos: Devolva minha aliança, Os três cachorros do senhor Heitor, O chapéu de guizos, Sete ossos e uma maldição, A
procissão e O elevador pouco
atraentes. Mas isso não tira o mérito da obra. Não gostar de finais de enredos
é algo muito pessoal; pode ser que eu não goste, mas a maioria goste. O que vale,
na realidade, é o desenvolvimento do enredo, e os contos escritos por Amanda Strausz são muito fluidos e
conseguem prender a atenção.
Outros pontos positivos são os diálogos impecáveis e o
layout, incluindo as ilustrações internas (cada conto com direito a uma
ilustração). Que show!
Data da publicação: 1 de janeiro de
2013
Capa: Brochura
Número de páginas: 112 páginas
Dimensões: 22.8 x 15.6 x 0.6 cm
06
– Terra Amaldiçoada (Douglas Lobo)
Um enredo de terror de qualidade e assustador com apenas
146 páginas. Um livro ideal para os leitores muito atarefados e sem tempo para
encarar os famosos calhamaços.
O autor narra em Terra Amaldiçoada a saga de Fabrício Machado que após ter
sido demitido de seu emprego em São Paulo, decide retornar na sua terra natal,
no interior do Piauí. Ali, espera reavaliar sua vida para decidir o rumo a
seguir. Logo porém ele descobre que o ambiente rural arcaico onde cresceu está
em extinção. O progresso chegou, ameaçando sua fazenda, sua família e todo um
modo de vida.
Quando uma série de assassinatos começa a ocorrer,
Fabrício desconfia que uma presença sobrenatural assombra sua terra. Uma força
aterrorizante que não cessará de matar até que se vingue do mundo que a criou.
Não se trata apenas de uma simples história de terror,
mas também de um drama rural cheio de segredos e todos esses segredos
diretamente ligados ao plano de compra das fazendas desenvolvido por uma misteriosa
empresa e também ao ataque dessa força desconhecida e aterrorizante. Todas
essas tramas muito bem amarradas e com um final fantástico graças a um plot
twist que acredito pegará os leitores de surpresa.
Editora:
Douglas
Hamilton Santos Lobo
Data da publicação: 1 de janeiro de
2013
Capa: Brochura
Número de páginas: 146 páginas
Dimensões: 15.24 x 0.91 x 22.86 cm
07
– O Vilarejo (Raphael Montes)
Livraço! Muito bom mesmo. O Vilarejo traz sete contos assustadores distribuídos em apenas 96
páginas. Cada um dos sete contos do livro de Raphael Montes representa um
pecado capital, todos eles cometidos pelos moradores de um vilarejo localizado
num lugar distante e que acaba ficando isolado após a chegada da guerra e do
inverno.
As narrativas exploram as profundezas mais sombrias da
alma dos habitantes desse vilarejo numa velha disputa entre o bem e o mal, a
vida e a morte, a tentação e a salvação.
Apesar de serem sete narrativas diferentes, a medida
em que o leitor vai lendo todos os contos, eles vão se transformando numa única
história e com um final que “amarra” tudo, não deixando nenhuma ponta solta.
Por isso, aconselho que – apesar de serem histórias independentes - os sete
contos sejam lidos na sequência.
Conforme fui lendo o livro percebia, por exemplo, que
a sétima história mudava o final da primeira; a quarta fazia com que eu odiasse
o personagem que tinha amado na segunda, e assim, sucessivamente. Tipo um
quebra cabeças, cujas peças vão se juntando, conforme você avança na leitura.
Cara, achei isso incrível, super original.
Data da publicação: 14 de agosto de
2015
Capa: Brochura
Número de páginas: 96 páginas
Dimensões: 22.8 x 15.4 x 0.8 cm
08
– Joyland (Stephen King)
Todos os fãs do mestre do terror sabem que ele adora
escrever aquelas obras quilométricas. Taí It(A Coisa) e A Dança da Morte para
comprovar tal afirmação. Mas, ele também escreve livros digamos... dentro de um
padrão normal de páginas. Joyland, um
livro muito elogiado tanto pela crítica especializada quanto pelos leitores tem
apenas 240 páginas, o que para o estilo “King de ser” pode ser considerado bem
atípico.
No enredo, uma moça muito bonita chamada Linda Gray
foi morta, há anos, num parque de diversões chamado Joyland. Diz a lenda que
seu espírito ainda assombra o trem fantasma, uma das principais atrações do
parque. A partir daí um personagem chamado Devin decide embarcar em sua própria
investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso.
Em 2016, época em que havia lido o livro, escrevi uma
resenha da história. (Veja aqui).
09
– A Loteria (Shirley Jackson)
Muitos dizem que esse conto publicado originalmente em
1948 na revista New Yorker, é uma das histórias mais brutais e influentes da
literatura contemporânea. O enredo conta com várias ilustrações de Miles Hyman,
especialista em graphic novels e em adaptações de literatura clássica.
O texto de Shirley Jackson e as ilustrações de Hyman
compõem uma visão misteriosa de um vilarejo onde a história se desenrola e o
ritual bizarro que seus habitantes colocam em movimento. Os quadros coloridos e
meticulosamente detalhados pelo ilustrador criam uma atmosfera tensa e
inquietante. O impacto para os leitores foi tamanho que muitos se questionaram
se havia cidades com aqueles hábitos estranhos que a autora narrara.
Em A Loteria
a autora conta a rotina de uma aldeia fictícia que vai se reunindo na praça da
cidade para um momento comunitário sobre o qual não sabemos muito. Tudo parece
tranquilo, as famílias interagem, até que os homens que representam as famílias
passam a sortear nomes, e é aí que o clima da situação começa a ganhar
características ritualísticas macabras. A maioria dos leitores e também a
crítica literária especializada consideram um conto bastante cruel que narra
uma cerimônia tradicional que ninguém sequer pensa em contestar. Quando a
vítima desse momento é escolhida, é bem triste ver sua reação.
São 160 páginas ilustradas que merecem ser lidas,
principalmente pelos amantes do gênero terror.
Editora:
Darkside
Books - Graphic Novel
Data da publicação: 7 de junho de 2023
Capa: Dura
Número de páginas: 160 páginas
Dimensões: 16 x 2 x 23 cm
10
– Mergulhe na Escuridão (Scott Cawthom e Elley Cooper)
A partir do lançamento do primeiro jogo, em 2014, Five Nights at Freddy’s rapidamente se tornou um
fenômeno mundial e muito elogiado pelo público e críticos especializados.
O jogo se passa em uma pizzaria fictícia chamada
"Pizzaria Freddy Fazbear", onde o jogador assume o papel de um
segurança que deve se defender de personagens animatrônicos do restaurante que
se tornam móveis e homicidas à noite.
Não demorou para Five Nights at Freddy’s virar uma
franquia de sucesso, contando com nove jogos da série original, spin-offs,
livros e, mais recentemente, uma produção cinematográfica.
Os livros são escritos pelo criador do game, Scott
Cawthon, e a editora Intrínseca já publicou anteriormente no Brasil a trilogia
de livros de Five Nights at Freddy’s, onde a história se passa dez anos após os
assassinatos que ocorreram na pizzaria Freddy Fazbear e apresenta novos
personagens. Agora, a Intrínseca enfim traz a nova série de livros baseado no
universo de FNaF e tão pedida pelos fãs brasileiros, intitulada Pavores de Fazbear. A coletânea contará
com doze livros, cada um com três histórias independentes entre si, e não
possuem continuidade direta com a trilogia original.
O primeiro volume, Mergulho
na Escuridão que tem apenas 192 páginas, começa com o conto que dá nome ao
livro. Ele conta a história de Oswald, um garoto entediado que decide se
esconder em uma piscina de bolinhas interditada. Ao mergulhar, ele é
transportado para o passado, mais precisamente para os dias de glória da
Pizzaria Freddy Fazbear's. Ao retornar ao presente, Oswald descobre que um
coelho sinistro também viajou com ele e agora o assombra.
Editora:
Intrínseca
Data
da publicação: 4 de março de 2024
Capa:
Brochura
Número
de páginas: 192 páginas
Dimensões:
13.5 x 1.3 x 21 cm
Espero que galera que procura uma história de terror
de qualidade mas com poucas páginas encontre nessa lista algumas sugestões de
leitura.
Inté!
01 julho 2025
Chega ao Brasil em agosto o novo livro de Stephen King: "O Garoto do Colorado"
Pois é galera, e aproveitando o post anterior sobre Não Pisque, aquele livro de Stephen King
que me fez comer uma bronha danada (leiam aqui e entenderão melhor) já emendo
uma outra postagem sobre um outro lançamento do mestre do terror que deve aterrissar
nas livrarias brasileiras no mês de agosto; para ser exato no dia 5 de agosto. Já ouviram ‘falar’ de The Colorado Kid ou O rapaz do Colorado (na tradução literal)? Entonce... a editora
Suma – que publica os livros do autor no Brasil - já vinha prometendo em suas
redes sociais o lançamento dessas duas histórias de King para 2025: Não Pisque para o primeiro semestre e Colorado Kid para o segundo. O primeiro
chegou em maio e The Colorado Kid
está prometido para esse segundo semestre do ano, mas sem uma data exata.
Detalhe: a tradutora das duas obras é a excelente Regiane Winarski.
The
Colorado Kid é um romance do gênero policial,
publicado originalmente pela editora Hard Case Crime em 2005. O livro foi
lançado inicialmente em uma edição de bolso pela editora especializada em
crimes e mistério. Oito anos depois, em 2013, King lançaria também pela Hard
Case, Joyland. Devido a boa
aceitação, na época, a editora decidiu relançar The Colorado Kid em uma edição de bolso ilustrada em maio de 2019.
A história se passa em uma pequena ilha no Maine e é narrada por dois jornalistas veteranos, Vince Teague e Dave Bowie, que compartilham com a jovem estagiária Stephanie McCann o intrigante caso do “Colorado Kid”. O mistério gira em torno de um homem desconhecido encontrado morto em uma praia em 1980, cuja identidade e circunstâncias da morte só foram parcialmente descobertas depois de anos de investigação. Apesar dos avanços no caso, várias perguntas essenciais permanecem sem resposta, e é essa ausência de conclusão que forma o cerne da narrativa.
De acordo com o portal stephenking.com.br, o livro
também levanta questões sobre a natureza do jornalismo e da busca pela verdade.
Vince e Dave, com sua longa experiência na profissão, entendem que nem todos os
mistérios podem ser resolvidos, e seu relato serve como um lembrete de que a
busca pela verdade é muitas vezes mais importante do que as respostas que
encontramos. Stephanie, representando uma nova geração, é inicialmente
frustrada pela falta de um desfecho, mas sua interação com os veteranos sugere
uma passagem de sabedoria, uma aceitação gradual de que a vida é composta de
mistérios sem solução.
Por fim, trata-se de um livro bem curto e que foge aos
padrões do autor que adora escrever verdadeiros calhamaços (rs). The Colorado Kid tem apenas 179 páginas. E deixei o melhor dessa postagem para o final: o livro já está em pré-venda em algumas livrarias virtuais. Eu vi lá na Amazon. E aí? gostaram?
28 junho 2025
Apesar do atraso, jamais poderia esquecer de um lançamento do tio King. “Não Pisque” já está nas livrarias
Galera, ser jornalista mesmo que em cidades médias ou
pequenas não é fácil, ainda mais quando você tem um blog literário e... também...quando
resolve se engajar numa causa que você julga justa e que irá beneficiar
milhares de pessoas que, de fato, precisam dessa ajuda. Taí o meu caso: tenho
os meus afazeres profissionais diários, que não são poucos; tenho o meu blog
literário e por isso tenho de encontrar tempo para ler e escrever resenhas ou
montar listas; e por fim, decidi me unir a milhares de pessoas e lutar pela
derrubada de um veto do governo federal que achei injusto prá caralh... Aliás
ainda continuo lutando ao lado dessas pessoas porque apesar do Veto 38 ao PL
5332 (ver aqui, aqui, mais aqui e novamente aqui) ter sido derrubado, o nosso digníssimo presidente do Senado, Davi
Alcolumbre resolveu virar as costas para milhares de aposentados por invalidez
permanente - incluindo muitos do BPC Loas - e “travar” a assinatura da minuta
da lei que encontra-se em cima de sua mesa. Basta ele pegar uma caneta, assinar
e com isso beneficiar uma infinidade de pessoas necessitadas, das quais muitas,
inclusive, votaram nele. Portanto, temos um veto derrubado mas não assinado; é
mole? E assim, a luta continua.
Com tantas preocupações acabei me esquecendo de algo
que, certamente, eu não me esqueceria em condições normais: o lançamento de um
livro do meu autor preferido: Stephen King. Acreditem galera, eu cometi essa
“ojeriza literária”. O livro do mestre do terror chegou as livrarias no dia 27
de maio e eu fiquei sabendo da novidade no início dessa semana.
E, assim, na esperança de que exista alguém tão
desinformado como eu nesse assunto (rs) resolvi escrever algumas linhas sobre Não Pisque; esse é o título do novo
livro do tio King.
A obra traz de volta uma personagem clássica e porque
não, também, antológica do chamado “Universo Kingniano”. Estou me referindo a
detetive Holly Gibney, personagem já conhecida por leitores fiéis do autor,
tendo aparecido em outros seis livros como Mr.
Mercedes e O Instituto.
Na trama, Izzy Jaynes é uma investigadora experiente
de Buckeye City que, ainda lidando com traumas de ocorrências pregressas. Ela
acaba se deparando com uma carta contendo uma grave ameaça: em breve, o texto
alerta que pessoas inocentes serão assassinadas. Buscando desvendar o caso e
descobrir quem está por trás disso, ela recorre à detetive e amiga Holly
Gibney. Em pouco tempo, no entanto, a ameaça se torna real: uma mulher é morta
de forma aleatória num parque de subúrbio, e elas têm de correr para que o
assassino não execute outras pessoas.
Enquanto isso, uma controversa defensora dos direitos
das mulheres está em turnê pelos Estados Unidos para promover seu trabalho, mas
há alguém em seu encalço que não concorda com suas ideias. Quando a perseguição
começa a ficar mais perigosa, Holly Gibney é convocada para cuidar de sua
segurança, mas o trabalho logo se torna um risco que ela não calculava, e a
detetive se vê no centro de uma caçada assustadora.
Tai galera, antes tarde do que nunca. Mesmo com a
cabeça a mil, jamais poderia me esquecer de um lançamento literário do tio
King; mesmo com um pouco de atraso.