A história de uma estante de livros e de um cara que detesta limpá-la

08 novembro 2022

Olá galera, e aí? Tudo na paz? Hoje, na falta de assunto, já que não tenho nenhuma leitura concluída para publicar uma resenha, sem contar que algumas listas literárias ainda estão na fase de pesquisa, resolvi falar da minha estante. Talvez, alguns leitores dessa postagem estejam vivendo situação similar à minha.

Amo, mas amo de paixão a minha estante, afinal de contas é lá que estão acomodados os meus bebês.  Ela começou ocupando apenas a metade de um lado da parede da sala de leitura, depois tomou conta da outra metade e hoje, domina quase duas paredes: toda a lateral e metade da parede central.

Planejei com muito cuidado e carinho a sua extensão, juntamente com Lulu. Aliás se tivesse seguido os seus conselhos, acredito que seria diferente, mas um “diferente” para melhor. Verdade. Lulu vivia dizendo – Vamos pedir para o marceneiro fazer primeiramente apenas um prolongamento da estante lateral – Na sua opinião somente esse prolongamento seria o suficiente para acomodar todos os meus 400 livros, mas o teimoso, aqui, bateu o pé e insistiu na montagem de mais meio “caixote” que ocupasse a parede central -  Vai ficar bonito e além do mais terei um espaço maior para acomodar essa nova coleção que ganhei – insisti, me referindo a “uns” 40 ou 50 livros, a maioria da coleção Agatha Christie, que havia ganhado de um amigo. – Ok, a decisão é sua, mas não me peça para ficar comprando bibelôs, elefantes de gesso e vasinhos de flor para preencher os espaços vazios que certamente irão aparecer na estante – disse Lulu com um sorriso zombeteiro no rosto, já profetizando o que, de fato, acabou acontecendo.

Pois é, acabou prevalecendo a opinião do teimoso que escreve essa postagem e adivinhem o que aconteceu? Pimba! A profecia de Lulu vingou. A nova estante não ficou feia, loooonge disso; pelo contrário, ficou muito bonita e mudou completamente o visual da sala de leitura, mas por outro lado, está sobrando espaço, mas sobrando para nadar de braçadas. Só de birra, para não dar o braço a torcer para a minha profetisa, não coloquei nenhum bibelô nesses espaços, muito menos elefantinhos de gesso (rs). Vou preencher essas lacunas com livros, mesmo que isso demore até que eu chegue na 5ª idade, o que não está tão longe – Ehehehe.... brincadeirinha, sou velho, mas não tanto.

Confesso que o maior problema para aqueles que tem estantes de livros é a hora de limpá-la. Aí.... Jesus! Tudo bem, pode ser que algum seguidor do blog me diga que o verdadeiro devorador de livros é aquele que também adora limpar os seus bebês e os “berços” onde eles estão acomodados, mas eu: NÃO – e aqui vale um não maiúsculo, em negrito e ainda por cima, sublinhado, com todas letras garrafais.

Olha, na boa; antes que alguém me crucifique, entendam que eu detesto limpá-los, mas nem por isso vou deixar de cumprir o meu dever. Eu não citei: Não gosto e não faço; portanto, esqueçam o não faço. Aliás, duvido que... não todos os leitores – vá lá – mas a grande maioria não iria amar ficar espanando a sua estante enorme e depois, ainda por cima, passar um paninho com todo o esmero em 450 livros ou pouco mais, um por um.

Ah! E aqui vale lembrar de um detalhe importante: limpar a cabeceira das estantes rende uma aventura tresloucada porque você vai depender de uma escada e também de uma pessoa para segurá-la.

Ok. Terminou de limpar obra por obra e também o “berçário” dos “bebês”? Agora vamos, então, para a fase final: devolver cada bebê para o seu devido lugar. Ufaa!! Terminou.

Galera vamos ser sinceros? No meu caso, gosto mesmo é de ler, ficar vasculhando nas livrarias virtuais e escolhendo novas aquisições, atravessar noites e madrugadas mergulhado numa trama literária, além de “otras coisitas mas’ como: cheirar livro novo, explorar sebos e bibliotecas públicas, indicar livros para novos leitores e etc e mais etc. Mas me perdoem: limpar estantes e bebês... sinceramente judia demais; como na música do Zeca Pagodinho, Judia de Mim.

Para finalizar, confesso que já faz dois meses que não limpo a minha estante ou como minha mãe diria se estivesse viva: “já faz um bocado de tempo que ele não ‘tira o pó’ das prateleiras de livros”. Pretendo fazer isso daqui duas semanas quando entrarei em período de férias na empresa onde trabalho. Então... bebês me aguardem (rs).

 

2 comentários

  1. Olá, José Antônio; também não gosto de limpar a minha estante. Como resido em MG e em uma região de exploração de minério, o pó acumulado aqui é demais. O estresse era tanto e a falta de tempo tão pouca que decidi comprar um fardo daqueles plásticos autoadesivos (o grande e o pequeno). Assim posso retirar as obras embaladas, espanar as prateleiras sem o risco de danificar as páginas e, quando quero ler ou reler os livros, retiro e depois o guardo novamente na mesma embalagem, sem desperdício. Sugiro que faça o mesmo, dá trabalho embalar tudo, porém foi a solução para o problema que eu tinha. Se quiser, depois lhe envio uma foto. Abraços!

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    1. Olá minha amiga! É estressante mesmo, né? Mas o importante, nisso tudo, é o nosso amor pelos livros. Imagino como você ficava vendo a sua estante coberta de pó, poucos dias após limpá-la, por causa das características climáticas da sua região. Quanto a sua dica, Uhauuuuu!!! Me interessa e muito! Por favor, me envie uma foto; gostaria demais. Se desejar, pode me enviar pelo email. Obrigadoooo!!!

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