A Sombra do Vento (1º volume da saga O Cemitério dos Livros Esquecidos)

12 outubro 2014


“A Sombra do Vento” literalmente te engole. Não dá pra parar de ler. É o tipo do livro que você gruda e não quer mais largar. Resultado: noites mal dormidas, mau rendimento no trabalho, almoço rifado, jantar comido as pressas e por aí se vai. É verdade, galera; o livro de Carlos Ruiz Zafon tem esse poder. Se você resolver lê-lo durante a semana, com certeza, ele vai destruir o seu dia, já que a sua produtividade profissional irá por ralo abaixo, mas por outro lado, o ‘sortudo’ ganhará uma leitura prazerosa.
Em sua obra-prima, Zafon nos transporta para a Barcelona de 1945, onde conhecemos um garoto de 11 anos, chamado Daniel Sempere. No dia de seu aniversário, seu pai o leva ao Cemitério dos Livros Esquecidos, uma biblioteca gigante e labiríntica localizada no coração histórico da cidade. Lá, o garoto – apaixonado por livros – entra em contato com um dos poucos exemplares existentes no mundo de “A Sombra do Vento”, de autoria de um misterioso escritor chamado Julián Carax. Após a leitura do romance, Sempere fica tão apaixonado pela história que passa a investigar todos os detalhes sobre a vida de seu autor. E é a partir desse momento que Zafon começa abrir a sua ‘mala de ferramentas’, ou melhor, a sua ‘mala de surpresas’. Caraca! Quanta reviravolta! É algo alucinante. Quando você pensa que está tudo se encaminhando para uma situação próxima a normalidade. Pimba! Vem a reviravolta e uma daquelas reviravoltas que deixam o protagonista e principalmente o leitor completamente atordoados.
Cada vez mais que Sempere vai se aprofundando nas investigações sobre Carax, novas surpresas de derrubar o queixo dos leitores vão surgindo.
É claro que não vou revelar quais são essas surpresas, mas prestem atenção no capítulo “Núria Monfort: Memória dos Desaparecidos”, onde todos os mistérios referentes a Julian Carax são desvendados. Definitivamente, não dá pra parar de ler, pior que isso: você começa a engolir as letras e palavras do referido capítulo no desespero de chegar à página seguinte. Caramba!!
Durante o seu romance, Zafon vai mostrando o crescimento do pequeno Daniel Sempere que passa a conhecer o amor e a amizade incondicional ao conhecer, respectivamente, Beatriz - a doce e corajosa Bea - e o ex-mendigo metido a intelectual Fermin.
Com o desenrolar dos acontecimentos, descobrimos que a vida de Sempere, pelo menos no setor sentimental, é praticamente um espelho da vida de Carax. Talvez, por isso, ele tenha se afeiçoado tanto com o misterioso escritor.
É  isso aí! “A Sombra do Vento” é uma verdadeira obra-prima. Um livro tão bom, mas tão bom que ficamos com receio de destruir a sua magia revelando detalhes importantes quando escrevemos uma simples resenha. Por isso, vou para por aqui com a recomendação expressa de que leiam a obra de Zafon sem medo e de preferência durante um final de semana para que o livro não interfira na produtividade de seus afazeres profissionais e em outras coisas também.
Indo galera!

2 comentários

  1. Olá, comprei o box desses livros no Submarino há algumas semanas por apenas 20 reais. Estou muito ansiosa para ler os livros, mas estou aguardando as férias, ou pelo menos, até depois do ENEM. Fico muito feliz que esta obra de Zafón seja tão avassaladora, porque estava mesmo buscando um livro para ser meu preferido.
    PS: estava lendo uma resenha sobre Senhor dos Anéis e também achei fantástico o modo como você defendeu a escrita descritiva de Tolkien. Ler a trilogia dele também é um dos meus objetivos para as férias.

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    1. Cris, você está com dois verdadeiros tesouros literários em mãos ("A Sombra do Vento" e a trilogia de Tolkien). Agora é só começar a devorá-los e sentir-se a leitora mais feliz do mundo (rs).
      Abcs!!

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