Os fãs de Agatha Christie devem estar gritando,
urrando, dando cambalhotas, plantando bananeiras e rolando no chão de alegria.
Afinal de contas o emblemático detetive belga idealizado pela escritora está de
volta em uma nova história. – “Pô, mas pêra aí! Hercule Poirot morreu em ‘Cai o
Pano’, livro antológico que literalmente ‘enterra’ o famoso detetive belga!”
Ehehehe... Calma, calma... afinal de contas, esses escritores contemporâneos
sempre encontram um jeito de invocar famosos personagens literários do mundo
dos mortos. Resultado: as pobres almas que estão descansando numa outra
dimensão, acabam sendo obrigadas a voltar para uma derradeira missão... quer
dizer: uma derradeira continuação. E foi assim que aconteceu com Poirot. Ah!
Querem saber quem o chamou, quer dizer quem o invocou, já que Agatha Christie
está completamente fora de questão, já que nos deixou no início de 1976. A
responsável por ‘ressuscitar’ Poirot se chama Sophie Hannah, uma britânica que
ganhou o aval e os elogios dos herdeiros de Christie, em especial de Mathew Prichard, neto da consagrada autora. Veja
só o que ele disse: "A ideia dela (Sophie) para um enredo era tão convincente
e a paixão dela pelo trabalho da minha avó tão forte, que sentimos que era hora
de escrever um novo livro de Christie". É mole ou quer mais? As palavras
do neto de Christie deixam evidente a confiança irrestrita no trabalho da autora.
Mas vamos ao que
interessa, pois imagino que a galera já deva estar a beira de um ataque de
nervos para saber quem é essa tal Sophie Hannah, além, é evidente, de alguns
detalhes sobre o retorno de Poirot. Ok, vamos lá. Primeiramente, vou dar
algumas pinceladas sobre Hannah. A moça, ao que tudo indica, não é nenhuma novata
no ramo, sendo muito elogiada no meio. Logo de cara, em seu primeiro romance
publicado, foi amplamente aclamada pela crítica. “O Pesadelo de Alice” caiu no
agrado dos críticos literários, até mesmo dos mais severos. Logo depois, ela
lançou “Intimidade Perigosa” que também conquistou tanto crítica quanto
leitores. Hannah é especialista no desenvolvimento de thrillers piscológicos,
por isso acredito que se dará muito bem nessa nova história de Poirot.
Agora falando do livro
em si; em “Os Crimes do Monograma”, Hercule Poirot se aposentou da polícia
belga há muitos anos, mas um novo caso acaba chamando a sua atenção. Tudo
começa quando o detetive ao se encontrar num café em Londres, acaba sendo
surpreendido pela entrada dramática de uma mulher certa de seu assassinato
iminente. Mas, para o espanto de Poirot, ela não deseja ajuda: diz que merece o
que está por vir e sai desabalada do local, sem mais explicações.
Enquanto isso, o policial Edward Catchpool se depara com um cenário
perturbador: em quartos diferentes do mesmo hotel, três cadáveres são
encontrados dispostos da mesma maneira cuidadosa e com uma abotoadura de ouro
com as iniciais P.I.J. em cada um. Juntos, Poirot e Catchpool tentarão
desvendar a possível conexão entre aquela estranha mulher e os três crimes,
antes que mais mortes ocorram e seja tarde demais. À primeira vista, o enredo é
bem interessante; não acham?
escritora britânica Sophie Hannah |
Uma decisão tomada por
Hannah causou muita polêmica entre os fãs de Poirot: a ausência do capitão
Hastings, considerado o melhor amigo do detetive e seu parceiro inseparável. No
lugar, estará um novato da Scotland Yard: o Catchpool que citei logo acima.
A autora disse que
criou um caso diferente daqueles que Poirot está habituado a viver e resolver. “Espero
elaborar um quebra-cabeça que vai confundir e frustrar o incomparável Hercule Poirot
por pelo menos alguns capítulos”, declarou Hannah.
“Os Crimes do
Monograma” será lançado no Brasil no dia 10 de outubro, mas já está em
pré-venda nas grandes livrarias virtuais. O livro vem editado pela Nova
Fronteira com 224 páginas e uma capa ‘da hora’.
Aguardemos!
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