Simplesmente, amo livros com plot twists. Aliás, vivo
afirmando isso em minhas postagens, né? Aqueles que acompanham o blog já sabem dessa
minha preferência há muito tempo. Fazer o que; cada um tem o seu fetiche
literário, o meu são os plot twists (rs).
Publiquei há pouco tempo um post sobre livros de
terror com reviravoltas capazes de derrubar o queixo da galera que gosta desse
gênero literário. Achei legal explorar essa vertente porque é difícil vermos
obras de terror com plot twists; digamos... que seja um pouco incomum. Taí H.P.
Lovecraft, Bram Stoker, Edgar Allan Poe e outras lendas do gênero que não me
deixam mentir. Por isso, tive a ideia de escrever preparar aquela postagem
(confira aqui).
Agora, quero direcionar essa vertente para os livros
de “thriller psicológico”. Estes sim, trazem tatuados em seus enredos os tais
plot twists. Alias, acredito que de cada dez livros do gênero, nove tem essa
característica. E o post de hoje é dedicado a eles.
Li vários thrillers psicológicos que me surpreenderam
com as suas reviravoltas. Paralelamente, conheço obras com plot twists apenas
razoáveis, mas por outro lado, a maioria dos leitores amaram. No post de hoje,
selecionei cinco thrillers psicológicos com reviravoltas famosas, daquelas que
os leitores não esquecem. Elas são tão marcantes que a galera pode até não se
recordar em detalhes da trama da história, mas se lembram perfeitamente de seu
plot twist. Vamos conferir.
01
– A paciente silenciosa (Alex Michaelides)
Porque abrir essa lista com um plot twist que a meu
modo de ver foi apenas razoável? Simples: De cada 10 leitores, nove amaram o
twist final do livro de Alex Michaelides; e assim, quem sou eu para
questioná-los. Acredito que a reviravolta na trama de A Paciente Silenciosa foi quase unanimidade entre os leitores: eles
acharam ‘pra lá’ de inesperada. Abro essa top list com ela.
Na trama desenvolvida por Michaelides, uma pintora
famosa chamada Alicia Berenson é acusada de matar o seu marido com cinco tiros
no rosto. Ele é encontrado com os pés e mãos amarrados numa cadeira e com a
cabeça esfacelada. O detalhe é que ela o amava muito. Depois do crime, a
artista nunca mais disse uma palavra.
A sua recusa em falar ou dar qualquer explicação
transformou essa tragédia doméstica em algo muito maior – um mistério que atrai
a atenção do público e aumenta ainda mais a fama da pintora. No entanto, ao
mesmo tempo que seus quadros passam a ser mais valorizados do que nunca, ela é
levada para um hospital psiquiátrico judiciário.
Theo Faber é um psicoterapeuta forense que espera há
muito tempo por uma oportunidade de trabalhar com Alícia. Ele tem certeza de
que é a pessoa certa para lidar com o caso e tentar fazer com que ela volte a
falar e assim, conseguir desvendar os segredos de toda essa tragédia.
A história é narrada no passado e presente. O enredo é
intercalado com as narrativas do diário que Alícia escreveu nos dias que
antecederam o crime e com as colocações de Theo no presente.
02
– Até você ser minha (Samantha Hayes)
Apesar de ter achado o enredo muito, mas muito
cansativo; adorei o final. E que final galera! Jamais imaginava que aconteceria
aquela surpresa nas últimas páginas. Assim, o melhor conselho que posso dar para
aqueles que forem ler Até você ser minha
de Samantha Hayes é o seguinte: por mais cansativo que acharem o desenrolar da
história, não desistam porque o plot twist final arrebenta. Vai derrubar o seu
queixo, com certeza.
Hayes conta a história de uma assistente social
chamada Claudia Morgan-Brown que após vários abortos involuntários está prestes
a realizar o sonho de sua vida: dar à luz uma menininha. Apesar da ausência do
marido ao longo da gravidez – James é um oficial da Marinha que fica semanas e
até meses longe de casa –, ela mal pode esperar para segurar o seu bebê nos
braços após várias tentativas e perdas.
Porém, as diversas atividades de Cláudia, além da
responsabilidade de cuidar dos gêmeos, filhos do primeiro casamento de James,
deixam o casal preocupado, ainda mais com a aproximação de uma nova partida de
James. É então que eles decidem contratar uma babá chamada Zoe que deseja muito
esse emprego. Com as melhores recomendações, ela conquista a confiança da família
e se muda para o lar do casal. Com o passar dos dias, Cláudia teme que a
misteriosa mulher tenha outros motivos para se aproximar de sua família.
Só posso contar até aí para não soltar pistas que
possam comprometer o grand finale, se bem que mesmo que eu contasse todos os
spoilers da trama, acredito que vocês jamais descobririam o final, de tão
absurdo; mas um absurdo no bom sentido.
03
– Por trás de seus olhos (Sara Pinborough)
Achei o final de Por trás de seus olhos tão surreal, tão “fora da casinha” que cheguei a imaginar
que tanto a autora quando a editora, não estavam no seu juízo normal. Pensei
comigo: “Surtaram”! Surtou Sara Pinborought e surtou a Intrínseca”! Confiram a
resenha da obra aqui.
Cara, o final é muito louco, coisa do outro mundo. Se
você ainda não teve a oportunidade de ler o livro, mas assistiu a série de TV
exibida pela Netflix em 2021 sabe do que estou “falando”. E já que entrei
nesses assunto, lei o livro primeiro, é muito melhor que a série.
Por
Trás de Seus Olhos tem três narrativas paralelas, sendo duas
em primeira pessoa e a outra em terceira. Louise, é uma das personagens
narradoras, a outra se chama Adele. Os capítulos narrados por elas são
intercalados com flashbacks do passado de Adele narrados em terceira pessoa.
No enredo do romance publicado pela Intrínseca em
2017, Louise trabalha como secretária e está presa à rotina da vida moderna: ir
para o escritório, cuidar da casa, do filho e tentar descansar no tempo livre.
Em uma rara saída à noite, ela conhece um homem no bar e se deixa envolver.
Embora ele parta logo depois de um beijo, Louise fica muito animada por ter encontrado
alguém.
Ela só não esperava que seu novo e casadíssimo chefe
seria o homem do bar. Ele faz questão de esclarecer que o beijo foi um
equívoco, mas em pouco tempo os dois passam a ter um caso. Em uma terrível
sequência de erros, Louise acaba se tornando amiga da esposa do amante, e
então... aquele final ‘mutcho loco’ chega ‘babando’.
04
- Flores partidas (Karin Slaughter)
Flores partidas é uma leitura muito pesada, por isso, os leitores mais
sensíveis devem ter um certo cuidado por que a trama tem muitos gatilhos.
Quanto ao plot twist final, fantástico.
Karin Salughter conta a saga das irmãs Calire e Lydia.
Claire tem uma vida glamorosa, casada com um milionário de Atlanta. Lydia é mãe
solteira, namora um ex-presidiário e luta para deixar para trás um passado de
drogas e sem direção. A ferida destruidora, no entanto, continua aberta e volta
a sangrar quando o marido de Claire é assassinado.
Separando esses fatos com quase um quarto de século,
nós temos o desaparecimento de uma adolescente e a morte de um homem de meia‑idade.
Qual seria a conexão com as duas irmãs?
autoras de suspense da atualidade.
A narrativa tem um plot muito bom, reviravoltas também
muito boas e personagens com um certo carisma, mas peca e muito num detalhe: a
enrolação que acaba causando a dispersão da leitura. Mesmo assim, pelos plot
twists no decorrer da obra, recomendo a leitura.
05
– Verity (Colleen Hoover)
Em Verity, Colleen
Hoover narra a história de uma escritora medíocre e muito chata (achei isso)
que faz o mínimo do mínimo para sobreviver, mas num golpe de sorte, acaba sendo
contratada para ser coautora de uma saga literária de grande sucesso, já que a
autora chamada Verity Crawford, está incapacitada após ter sofrido um grave
acidente que a deixou completamente debilitada. Então, a coautora medíocre vai
morar na mansão da famosa Verity para poder entender melhor sobre os livros que
ela irá dar continuidade. Bem resumidamente, o plot do livro é esse.
Adorei a história de Hoover com exceção de seu final,
mas como aconteceu no caso de A paciente
silenciosa, novamente eu acabei nadando contra a maré já que a maioria dos
leitores enalteceram o plot final do livro. Por esse motivo, ele está aqui,
nessa lista.
Creio que a carta escrita por um personagem de Verity publicada nos capítulos finais do
livro e que teria por objetivo fechar a contento a trama, na verdade, acabou
plantando uma baita dúvida, dando um nó nos neurônios da galera. “Será que
fulano ou fulana agiu, de fato, dessa forma ou não”? Odeio duvidas desse tipo;
não por ser preguiçoso para imaginar conclusões de finais alternativos, é
que... não gosto de livros “sem finais”. Acredito que faltou conectar o final
da história com um fato importante – aliás bem chocante e violento - que acontece
logo nas primeiras páginas. Mas o que importa nisso tudo é que a maioria das
pessoas que leram “Verity” amaram a história, incluindo o plot twist e Zefini.
Por hoje é só galera!
Postar um comentário