27 abril 2025
Os seis livros e os seis filmes favoritos do papa Francisco
Neste momento em que todos os veículos de comunicação
– com poucas exceções – estão com os seus holofotes direcionados para a morte
do papa Francisco – eu, também, não poderia deixar de prestar a minha homenagem
a esse grande homem.
Acredito que para ser um líder religioso respeitado –
independentemente do credo desse líder – antes de tudo, mas antes de
‘absolutamente’ tudo, é preciso respeitar e ouvir todas as outras religiões por
mais diferentes ou conflituosas que elas sejam se comparadas com a desse líder.
Francisco fez isso. Também é preciso que esse líder quebre alguns paradigmas
obsoletos que impedem o crescimento dessa religião. O papa também fez isso. E
por fim, é preciso ter coragem para encarar situações conflituosas e difíceis
em prol dos excluídos. O grande Francisco sempre pensou nos excluídos e também
nos mais vulneráveis.
Foi ele que aprovou uma nova adição às doutrinas da
igreja católica para permitir que sacerdotes e cardeais abençoem casais
homoafetivos; antes, pensar num gesto desses seria uma heresia para a igreja.
Pois é, o papa foi lá e com coragem rompeu esse paradigma que representava
exclusão em letras garrafais. É importante frisar que no entanto, a nova
resolução do papa destaca que a doutrina exclui ‘qualquer ritualização que
imite o matrimônio’; mas tudo bem, mesmo assim, foi um grande avanço.
Francisco foi o primeiro a posicionar mulheres em
funções de liderança na Cúria Romana. Em 2021, o pontífice nomeou pela primeira
vez uma secretária mulher, a religiosa italiana Alessandra Smerilli, que passou
a atuar no Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. Aquele
era o cargo mais alto já ocupado por uma mulher na época. Cara, esse papa que
nos deixou e foi morar com Deus, teve a coragem de criticar o machismo e
elogiar mulheres na gestão do Vaticano. Quando um outro papa fez isso?
Quer mais? Que tal essa: foi o primeiro a assinar uma
Declaração acerca da fraternidade universal com uma liderança islâmica. O
documento é considerado um marco na relação entre cristianismo e islamismo. O
compromisso firmado entre o Papa Francisco e o Grande Imame de Al-Azhar, Ahmad
Al-Tayyib, indica uma valorização da cultura do diálogo, da colaboração comum e
do conhecimento mútuo. O documento é um apelo para pôr fim às guerras e condena
os flagelos do terrorismo e da violência, especialmente os que têm motivos
religiosos.
Estas são apenas algumas das atitudes ousadas, mas
acima de tudo humanas de Francisco; o papa dos mais vulneráveis e excluídos. Eu
pergunto: como não gostar de um líder religioso com todas essas virtudes? Galera,
isso é impossível.
Eu sempre dizia que o papa Francisco tinha o dom de
cativar todos os credos. Até mesmo as pessoas que seguem outras religiões
tinham um respeito enorme por ele. Tive essa prova, certo dia na empresa onde
trabalho. Logo no saguão de entrada temos uma foto do papa; certo dia um
cliente apareceu por lá e ao ver o retrato do santo padre se virou para a nossa
secretária e tascou: “Olha moça, eu não sou católico, sigo uma outra igreja,
mas como eu gosto desse sujeito!”. É galera... esse papa era muito especial.
E por ser tão especial, tive a ideia de homenageá-lo,
aqui, no Livros e Opinião, mas como? Poderia publicar uma lista com alguns
livros sobre a sua vida e, acredite, foram publicados muitos deles; mas eu
queria sair um pouco da rotina, por isso, resolvi fazer um post com os livros
de cabeceira do papa, as obras que ele leu e gostou. Na esteira dessa ideia
decidi publicar alguns filmes favoritos de Francisco. Tudo bem que a vertente
principal do blog são os livros, mas... poxa vida, ele foi um papa tão especial
e que rompeu tantos paradigmas que resolvi, também, romper um paradigma, aqui,
do blog. São seis livros e seis filmes que o papa admirava. Vamos a eles.
Livros
01
– Para o lado de Swann: À procura do tempo perdido, vol. 1 (Marcel Proust)
Publicado em 1913, o livro é o primeiro dos sete que
compõem o romance À procura do Tempo
Perdido, um clássico da literatura, e fala sobre temas como tempo, arte,
amor e existência. A obra contempla o famoso episódio das madalenas: o narrador
é tomado por uma alegria imensa ao provar um bolinho, o que simboliza o poder
de memórias involuntárias antes esquecidas.
Utilizando, portanto, de múltiplos personagens e nos
contando suas histórias, Proust compõe a sua; desde o detestável casal
Verdurin, às cômicas avós do escritor, a mãe tão amada e o pai circunspecto.
02
– A Divina Comédia (Dante Alighieri)
O papa Francisco revelou que via em A Divina Comédia uma profunda jornada
espiritual, refletindo sobre o pecado, a redenção e a busca pela união com
Deus. Em 2015, no centenário da morte de Dante Alighieri, o pontífice publicou
uma carta em nome da Igreja Católica em homenagem ao célebre autor.
Dante é autor, narrador e personagem principal do seu
livro, dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Assim, Dante,
guiado pela alma do poeta Virgílio, atravessa o Inferno e o Purgatório até
chegar ao Paraíso, onde encontra a alma de sua querida Beatriz, que busca a
salvação para o seu amado.
03
– Os Noivos (Alessandro Manzoni)
Os
Noivos pode ser considerado uma leitura recorrente para o
papa desde a sua infância. Ele contou em um de seus discursos que foi
influenciado por sua avó a decorar o início do livro.
No enredo de Alessandro Manzoni, um casal humilde
tenta se casar, mas é impedido por forças corruptas e violentas. A história,
ambientada na Lombardia do século 17, combina romance, crítica social e fé
cristã. A peste, a fome e a guerra são retratadas com realismo pungente. No
centro da narrativa está a busca por justiça em um mundo dominado pelo abuso de
poder. Mas há também compaixão e esperança.
O estilo combina erudição e acessibilidade. A
travessia dos protagonistas torna-se símbolo da resistência humana diante da
opressão. Muitos críticos literários consideram Os Noivos, um clássico que moldou a literatura italiana moderna.
04
- Os Irmãos Karamázov (Fiódor Dostoiévski)
Um parricídio serve de pretexto para um mergulho
profundo nas contradições humanas. Três irmãos encarnam facetas opostas da
alma: fé, razão e instinto.
O pai, figura grotesca, é mais do que um homem — é
símbolo de uma Rússia em crise espiritual. O julgamento é apenas o palco
visível; o conflito real se dá entre Deus e o niilismo.
Cheia de peripécias, a narrativa põe em foco esses três
protagonistas irmãos, representantes dos mais diversos aspectos da realidade
russa – o libertino Dmítri, o niilista Ivan e o sublime Aliocha –, a fim de
alumiar as profundezas insondáveis do coração entregue ao pecado, corrompido
por dúvidas ou transbordante de amor.
A obra escrita em 1879 continua sendo aclamada pela
crítica.
05
- Borges Oral & Sete Noites (Jorge Luís Borges)
O livro de Jorge Luís Borges reúne palestras de Borges
sobre temas como literatura, poesia, sonhos, labirintos e o infinito. O poeta
argentino, morto em 1986, compartilha nessa obra reflexões sobre o ato de ler,
escrever e os grandes temas da cultura.
Borges
Oral & Sete Noites é um livro excelente para se
conhecer o escritor e as ideias que o perseguiram durante toda sua vida. Essas
ideias são, em suma, os cinco temas sobre os quais ele palestrou na
Universidade de Belgrano (Buenos Aires).
O autor foi uma das grandes inspirações de Jorge Mario
Bergoglio, o papa Francisco, que antes de sua trajetória no Vaticano atuou como
professor de língua e literatura. Em seu trabalho no Colegio del Salvador, em
1966, Bergoglio convidou Borges para ministrar uma palestra para seus alunos.
06
– Um Experimento em Crítica Literária (C.S. Lewis)
Na década de 1960, Lewis propôs uma nova forma de
crítica literária, focada na experiência do leitor, e não apenas na intenção do
autor. Nesta década, quase tudo estava sendo questionado, e não foi diferente
com a chamada “crítica literária”.
Como acadêmico ilustre e leitor ávido, C.S. Lewis não
se furtou à discussão e, contrapondo-se à ortodoxia de seus pares, propôs uma
maneira diferente de analisar livros: a partir da experiência de quem lê, e não
de quem escreveu. O resultado dessa “crítica à crítica” está nas páginas de Um
experimento em crítica literária.
Francisco ecoava essa visão, afirmando que o ato de
“ler com os olhos do outro” amplia a humanidade e a empatia.
Filmes
01
– A Festa de Babette (1987)
“A Festa de Babete” é um filme dinamarquês frequentemente
citado como o favorito do Papa Francisco. Ele o mencionou em entrevistas e em
sua exortação apostólica “Amoris Laetitia”.
Dirigido por Gabriel Axel, o filme conta a história de
uma mulher francesa chamada Babette (Stéphane Audran) que chega a um vilarejo
dinamarquês em 1871, refugiando-se da repressão à Comuna de Paris. Ela se
oferece para trabalhar de graça, cozinhando e arrumando a casa das irmãs Fillippa
(Bodil Kjer) e Martine (Birgitte Ferdespiel). As duas ssenhoras são filhas de
um severo pastor protestante, morto há algumas décadas.
A história retrata uma comunidade protestante austera
que experimenta uma transformação espiritual por meio de um banquete preparado
por Babette.
O Papa destacou como o filme ilustra a importância da
alegria, da generosidade e da graça na vida cristã.
02
– A Estrada (1954)
A obra cinematográfica realizada por Federico Fellini
conta a história de Gelsomina, uma jovem inocente e sonhadora (interpretada por
Giulietta Masina), vendida pela mãe a Zampano (interpretado por Anthony Quinn)
que a ama mas ao mesmo tempo a maltrata. O drama clássico explora a relação
tumultuada dos dois. Fellini explora em seu filme temas de amor, sofrimento e
redenção.
Em diversas ocasiões, o Papa Francisco expressou sua
admiração por este clássico do neorrealismo italiano. Ele se identificava com a
personagem Gelsomina e via no filme uma referência a São Francisco de Assis.
03
– Roma – Cidade Aberta (1945)
Dirigido por Roberto Rossellini, o filme acompanha a
resistência italiana durante a ocupação nazista em Roma. Comunistas e católicos
se unem para enfrentar a brutalidade alemã, tendo como símbolo dessa luta um
padre que ajuda os guerrilheiros. Considerado um marco do neorrealismo, foi
indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
“Para nós, crianças na Argentina, esses filmes foram
muito importantes, porque nos fizeram entender em profundidade a grande
tragédia da Guerra Mundial”, disse o papa numa entrevista. O pontífice também
revelou: “Devo a minha cultura cinematográfica sobretudo aos meus pais, que nos
levavam frequentemente ao cinema. Em todo caso, gosto muito dos artistas
trágicos, especialmente os mais clássicos”. A produção pode ser assistida no
YouTube.
04
– O Leopardo (1963)
“O Leopardo” dirigido por Luchino Visconti é baseado
no romance de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. O filme retrata a transição social
e política na Sicília do século 19. O enredo narra a saga do príncipe Don
Fabrizio Salina (Burt Lancaster) que testemunha a decadência da nobreza e a
ascensão da burguesia. Num cenário caótico de fortes contradições políticas,
ele luta para manter seus valores.
O Papa apreciava a forma como a obra abordava a decadência
da aristocracia e as mudanças inevitáveis da história, temas que ressoavam com
sua visão sobre a necessidade de adaptação e reforma na Igreja.
A produção conta com grandes nomes do cinema na década
de 60, entre eles: Burt Lancaster, Alain Delon e Cláudia Cardinale.
05
– Rapsódia em Agôsto (1991)
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, há 68 anos, eram
lançadas as bombas atômicas Little Boy e Fat Man sobre as
cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente.
Assinado por Akira Kurosawa, o filme aborda as
memórias de uma idosa que viveu os horrores da bomba atômica lançada em
Nagasaki. Ela compartilha suas lembranças com seus netos e um sobrinho
nipo-americano. A produção está disponível no Mubi.
Em 2018 o Papa Francisco conversou com estudantes
japonesas sobre o filme. Na ocasião, ele ressaltou: “A mensagem é a importância
do diálogo entre jovens e idosos, mostrando como os netos acabam por encontrar
suas raízes. Peço que busquem suas raízes conversando com os mais velhos”,
destacou o pontífice.
06
– A Culpa dos Pais (1944)
O filme mostra as preocupações de uma jovem mãe (Isa
Pola), que não consegue suportar as pressões geradas pela responsabilidade
familiar. Ela abandona o marido (Emílio Cigoli) e os filhos, arruinando a vida
do filho mais velho, Prico (Luciano de Ambrosis), permanentemente.
Na opinião dos críticos de cinema, o diretor Vitorio
De Sica, consegue evitar em sua obra, interpretações e exageros dramáticos e de
uma maneira sutil, conta fatos chocantes, de forma sensível e impressionante.
A produção foi realizada em 1942, porém o filme só foi
lançado em 1944, na Itália, após o término da guerra.
O papa Francisco destacou o neorrealismo da produção.
“O cinema neorrealista é um olhar que provoca a consciência. É um filme que
gosto de citar com frequência porque é tão bonito e rico em significado”,
indicou em 2021, segundo a CNN Portugal.
Taí galera, espero que tenham apreciado. Ah! Que coisa
né (rs)... enquanto escrevia essa postagem, alguém assoprou em meu ouvido
direito – adivinhem quem assopou (rs) – porque eu também não publico um post
sobre livros que abordem assuntos envolvendo papas e conclaves: sejam esses
livros de ficção ou não. Acho que vou ter que fazer isso.
Valeu tchurma!
24 abril 2025
Retornando com o Livros e Opinião
Galera, voltei, meio meia boca, mas voltei. Aliás,
será que seria muito piegas eu perguntar: “Sentiram a falta do blog?” (rs).
Ainda bem que Lulu não viu essas linhas e tampouco essa pergunta porque senão
eu já receberia, na lata, uma resposta disfarçada em pergunta: “Querendo
receber uma massagem no ego, né? Amor, sai dessa vida e comece logo a escrever
esse post”. Acho que a minha resposta seria a seguinte: “Lulu, você está certa;
eu só estava fazendo uma brincadeirinha com o pessoal” – Bem... restaria saber
se você que me lê, agora, acreditaria nessa minha resposta (rs).
Deixando as brincadeiras de lado, posso dizer a todos
os seguidores do “Livros e Opinião” que a “coisa” foi trash, muito trash. Esta
pausa forçada tanto no blog quanto nas redes sociais (Instagram e Facebook) me
ensinou como é difícil você manter um blog literário ativo e paralelamente
desempenhar as suas atividades profissionais. Cara, é preciso muita força de
vontade e para aqueles que creem em Deus – assim como eu creio – muita oração; por
que? Para mim, a explicação é simples: quando você está perto, mas muito perto
de largar algo que você goste muito, pare e comece a meditar - o que na minha
opinião nada mais é do que conversar com o nosso Paizão lá em cima.
Nós enxergamos Deus a nossa maneira, não é assim? Cada
um tem uma imagem Dele; a minha – olha lá não vai tirar o sarro, heimmm... – é
a de um Senhor idoso com barbas brancas. É verdade! Então quando começo a
meditar, imagino estar sentado frente a frente com esse Senhor com cara de
sábio “despejando” os meus problemas, dificuldades e ansiedades. Simplesmente,
estou ali, conversando com ele. E a meditação, por incrível que pareça faz com
você escute uma voz interior, entenda como sendo a sua imaginação, mas que para
mim é a voz desse Paizão.
E creiam galera, foram essas meditações que fizeram
com que eu não abandonasse tanto o blog quantos as suas redes sociais e
passasse a me dedicar apenas a esse meu novo projeto profissional.
Lulu – sempre ela, né? (rs) – foi outra pessoa muito
especial que teve uma influencia grande para que eu não tomasse essa decisão.
Ela sempre me pedia para ponderar e pensar em todos aqueles que seguem o meu
trabalho. Então, comecei a pensar em cada um dos meus seguidores, imaginava
cada comentário recebido, cada elogio (olha o ego novamente – rs), cada
indicação literária que fiz e acabou dando certo para um seguidor, e etc e mais
etc e etc novamente. Afirmo e reafirmo, vocês me ajudaram muito, principalmente
aqueles com os quais tenho mais contato em bate-papos nos comentários do
“Livros e Opinião”.
Caráculas! Estava tão ocupado que não estava tendo
tempo para ler os meus livros. Os livros que comprei recentemente ainda estão
parados na estante aguardando um sinal verde para que eu possa começar a
devorá-los. Me enrosquei na releitura de Os
Três Mosqueteiros há tempos, por isso ainda não publiquei a sua resenha,
mas logo ‘ela’ virá por aí. Estou babando para sair dos clássicos e mergulhar
de cabeça em enredo mais atuais e de autores contemporâneos. Aproveito para dar
um conselho: nunca leia ou releia dois romances clássicos em sequência. Mas
isso é assunto para um outro post.
Pois é, olha só, fui divagando... divagando e acabei
me esquecendo de abordar um assunto importante e que poderá ser útil para a
maioria dos blogueiros literários que estão começando agora e que além do blog
tem uma outra profissão.
O meu conselho se resume à uma única palavra:
“perseverança”. Tenham a certeza de que vocês vão passar por muitos perrengues,
porque é duro manter um blog sozinho e ao mesmo tempo manter o seu trabalho que
é responsável pelo seu ganha pão diário. Se quiser ouvir um conselho de alguém
que vive dentro desse contexto, lá vai: fuja das parcerias com editoras ou,
então, escolha outros dois ou três amigos (as) para lhe ajudar a manter o blog.
Entenda que sozinho, você não vai conseguir manter a qualidade de suas resenhas.
Isso é impossível já que será obrigado – por imposição das editoras parceiras -
a ler num curto espaço de tempo: dois, três ou até mais livros recebidos a cada
mês; quer goste de seus enredos ou não (tem mais sobre o assunto aqui).
Agora, se você não abre mãos de parcerias, a solução é dividir o seu blog com
outros administradores.
Mas tudo bem, paro por aqui, já que o meu objetivo era
apenas avisá-los do fim da pausa. Peço apenas um pouco de paciência da galera
já que o meu ritmo de postagens poderá ser um pouco mais lento até que eu
consiga readaptar esse meu novo projeto profissional com meu blog que eu amo de
paixão.
Gente, brigaduuuuuuu pela força!
15 março 2025
Círculo do Livro: 10 obras antológicas que marcaram época
Galera, me desculpem a demora, acho que fiquei mais de
uma semana sem postar nada. Acreditem, vou passar por uma nova cirurgia e estou
tentando me reorganizar para “entrar no bisturi”. No meu caso, tudo isso somado
as minhas atividades diárias + o trampo corrido no trabalho resulta em atraso
nas postagens já que mantenho o blog sem fins lucrativos, como lazer mesmo.
Entonce... Mas prometo que serei mais pontual nas próximas postagens.
Mas agora vamos “falar” sobre livros e deixar as
divagações de lado. Hoje, quero recordar uma época de ouro que foi vivida por muitos
leitores da minha geração. Aliás, será que existe uma época melhor do que a do
Círculo do Livro para quem é leitor? Arrisco a dizer que não. Cara, foi um
período mágico, mas muito mágico. Só quem viveu aqueles anos dourados para
entender essa nostalgia que chega a apertar o coração.
Vale lembrar que foi a editora Círculo do Livro que implantou
um dos primeiros clubes de assinatura de livros do País com a publicação de
obras que se tornaram antológicas e fizeram parte da vida da maioria dos
leitores brasileiros.
Não vá me dizer que você, leitor da minha geração,
nunca sonhou em se tornar um sócio do Círculo do Livro para receber aquela
revistinha trimestral mágica recheada de novidades literárias? Caráculas!
Quando essa revistinha caía em minhas mãos... Uhauuuu!! Que festa!! Eu ficava
malucaço. Largava tudo o que estava fazendo para folhear a revistinha do
Círculo e escolher os meus livros favoritos.
Se não me falhe a memória, parece que o sócio escolhia
duas obras literárias por trimestre: uma de livre escolha e outra dentro de uma
lista pré-selecionada, mas que evidentemente era diversificada. Eu ficava dias
folheando a revista e fazia também as minhas encomendas, em especial romances
policiais e thrillers de suspense e terror. A chegada do vendedor, com as
encomendas e o novo exemplar da revista, era sempre um acontecimento único.
A editora surgiu em 1973 através de um acordo firmado
entre o Grupo Abril e a editora alemã Bertelsmann e vendia livros por um
"sistema de clube", onde a pessoa era indicada por algum sócio e, a
partir disso, recebia uma revista quinzenal com dezenas de títulos a serem
escolhidos. O novo sócio teria então a obrigação de comprar ao menos um livro
no período.
Não sei por qual motivo, mas hoje bateu uma saudade
daquela época de ouro que eu e, certamente, milhares de leitores viveram. Taí a
razão dessa postagem. Já havia escrito um post mais completo sobre o Círculo do
Livro – aqueles que quiserem ler basta clicar aqui – mas agora tive a ideia de
selecionar 10 obras antológicas – pelo menos na minha opinião - que foram
publicadas pela Círculo do Livro; e também escrever um pouquinho sobre elas.
Vamos nessa?
01
– Tubarão (Peter Benchley)
O Círculo do Livro estava ainda no comecinho de sua
existência, acho que entrando em seu segundo ano de atividade, quando publicou Tubarão. Tenho quase a certeza de que o
filme dirigido por Steven Spielberg ainda não tinha entrado em cartaz.
Portanto, a obra era uma novidade e mesmo assim se tornou um dos mais vendidos
do catálogo da editora. Depois, veio o filme, e aí... já viu né... a obra de
Peter Benchley explodiu em vendagens, mas posso afirmar com tranquilidade que a
editora foi a pioneira no lançamento de Tubarão
(ver resenhas do livro aqui e mais aqui).
A obra transformou Benchley em multimilionário da
noite para o dia. Fez tanto sucesso que o seu autor foi convidado para adaptar
as páginas de sua obra para o cinema. E mais! Num filme que seria dirigido pelo
gênio Spielberg, que naquela época já era considerado um “menino-prodígio” da
indústria cinematográfica de Hollywood.
O enredo é manchado por todos e até aqueles que não
leram o livro ou assistiram ao filme conhecem: “quando a comunidade litorânea
de Amity é atacada por um enorme e perigoso tubarão branco, o chefe de polícia,
um jovem biólogo marinho e um experiente caçador de tubarões embarcam na
desesperada missão de destruir o monstro, antes que ele ataque novamente”.
02 – Pássaros Feridos (Colleen Mccullough)
Anotem aí: as editoras Círculo do Livro e Difel foram
as primeiras a lançar Pássaros Feridos
no Brasil; isso em 1977. Só depois e bem depois vieram as edições de 1980,
1983, 1984, 1985, 1986 e etc, mais etc e novamente etc, pois a obra continuou
sendo relançada por várias editoras nos anos seguintes.
A saga de Pássaros
Feridos (veja resenha aqui) começa no início do século XX e conta os
acontecimentos de três gerações da família Cleary, misturando ambição, amor e
ódio; conquistas e derrotas. Ao contrário do que muitos leitores pensam, não se
trata de uma simples história de amor proibido envolvendo uma mulher e um padre. O enredo vai muito mais
além. A autora australiana Colleen Mccullough narra a saga de três gerações de
uma família no período de 1915 a 1969.
O livro aborda as alegrias e tristezas dos Cleary
- formada pelo casal Paddy, Fee e os
seus sete filhos – que devido a dificuldades financeiras decidem mudar-se de
sua humildade propriedade na Nova Zelândia e emigrar para a Austrália, após
receberem um convite de Mary Carson,
irmã de Paddy . Como ela não vê o
irmão há muitas décadas e encontra-se sozinha e com a saúde debilitada, decide
convidá-lo, juntamente com a sua família, á morarem e trabalharem em sua
propriedade chamada Drogheda, uma vasta e rica fazenda de criação de carneiros.
A partir daí começam os momentos bons e ruins vividos pelos Cleary’s. Alguns
personagens morrem, outros nascem; tristezas e alegrias chegam e vão; e por aí
afora.
É importante frisar, novamente, que o livro não se
resume a uma história de amor proibida, no caso: Meggie Cleary e o
padre/cardeal Ralp de Bricassart. A autora vai mais a fundo, contando a saga
dos outros filhos e também do próprio casal: Paddy e Fee.
03
– Médicos em Perigo (Frank G. Slaughter)
Querem saber porque esse livro de Frank G. Slaughter é
tido como uma raridade no Brasil? Eu conto. Nenhuma outra editora lançou Médicos em Perigo no Brasil a não o
Círculo do Livro. Isto significa que na época de seu lançamento em 1984, a
venda estava restrita apenas aos leitores que eram sócios do Círculo. Depois
disso, nenhum outro executivo de pequena, média ou grande editora se interessou
em publicar, novamente, a história de Slaughter o que, sinceramente, é uma pena
porque o enredo é pra lá de bom, é excelente, na verdade. Vou mais além, Médicos em Perigo entra tranquilamente
no meu Top Five, ou seja, na lista dos meus cinco melhores livros. Não entendo
como um enredo desses não teve o reconhecimento que merece.
A obra pode ser encontrada a preços módicos em
qualquer sebo que você visitar. Compre logo porque é um livraço (resenha aqui).
E além do enredo de primeira, o leitor também terá a oportunidade de ter em sua
estante um livro em capa dura do tipo “filho único” publicado por uma única
editora de uma editora.
A obra é focada no personagem Mark Harrison, um jovem
médico com um futuro promissor pela frente mas quando acaba ingressando no
mundo das drogas, “a casa começa a cair”.
Médicos
em Perigo dá uma visão ampla do mundo podre da medicina, ou
seja, do jogo de interesses envolvendo médicos, donos de clínicas e grandes
hospitais que visam apenas o lucro em suas ações; da concorrência entre colegas
de trabalho que pode chegar aos extremos; da exploração pela qual os médicos
recém formados acabam se tornando vítimas, sendo obrigados a cumprir uma carga
horária desumana. É esse o “o ambiente predador” onde Mark é jogado.
Ao aprofundarmos na leitura da obra passamos a
entender os motivos que levam um médico jovem e talentoso, com um futuro
maravilhoso pela frente a se “prostituir” em seu meio.
04
– Os Sete Minutos (Irving Wallace)
Pois é, meados dos anos 80; o Círculo do Livro no
auge, bombando de sócios... Foi nessa época que a antológica e saudosa editora
publicou Os Sete Minutos do escritor
norte-americano Irving Wallace. A obra já havia sido publicada pela editora
Nova Fronteira no final de 1968, depois teve um vácuo de 18 anos sem nenhum
relançamento. Mas em 1986, o Círculo do Livro decidiu relançar o livro de
Wallace em capa dura numa edição muito luxuosa para os padrões daquela época.
Resultado: o livro que já havia sido bem aceito no final da década de 60 deixou
os sócios da editora enlouquecidos quando viram a sua imagem impressa na
tradicional revistinha dos sócios. Neste mesmo ano, a editora Rio Gráfica
também promoveria o relançamento de Os
Sete Minutos numa edição mais simples do que a do Círculo, em brochura e com
as páginas em em papel jornal. Nem preciso dizer que pintou uma baita
frustração nos leitores que não eram sócios do círculo do Livro já que a edição
capa dura era exclusividade da galera associada ao Clube.
Posso definir a leitura de Os Sete Minutos como arrebatadora. Fiquei surpreso porque não
conseguia largar o livro e quando percebi, me via lendo durante qualquer brecha
do meu dia a dia: no banheiro, depois do almoço, entre uma e outra reportagem
que fazia. E olha que eu não tenho esse hábito, já que me acostumei a ler
somente durante as noites e madrugadas. Mas confesso que Wallace, com o seu
livro, conseguiu mudar os meus velhos hábitos. Livraço. Publiquei a resenha da
obra em 2011, praticamente no ano de nascimento do blog. Você pode conferir
aqui.
O autor fala de um misterioso escritor chamado J.J.
Jadway que escreveu Os Sete Minutos
considerado o romance mais injuriado e polêmico de todos os tempos.
O livro, na época de seu lançamento, escandalizou toda
a sociedade por ser considerado pornográfico e ficou proibido durante 35 anos,
ganhando o status de obra maldita, mas por outro lado Cult. Quanto ao seu
autor, se tornou um mito, uma verdadeira lenda. Por causa da obra polêmica, há
três décadas e meia, Jadway acabou sendo expatriado e a partir desse momento
ninguém nunca mais souber informar o seu paradeiro: se ele estava vivo ou
morto. Decorrido todo esse tempo, uma editora resolve relançar o polêmico
romance que culmina com a morte de um leitor, cujos familiares culpam o livro.
O caso acaba indo parar nos tribunais. Livraço.
05
– Esfera (Michael Crichton)
Aha! Ah! Os fãs de Michael Crichton que acreditavam
que o autor não fazia parte do catálogo de obras da editora, se enganaram; e se
enganaram muito. Anotem aí: Congo, Esfera, Sol Nascente e Parque dos Dinossauros, todos eles figuraram nas páginas da famosa revistinha do
Círculo do Livro.
Quero escrever sobre “Esfera” que foi publicado, em
primeira mão no Brasil, pelo Círculo do Livro, em 1987. Só depois, outras
editoras tiveram a iniciativa de relança-lo. Aliás, o Círculo do Livro após
obter licença da Nova Cultural conseguiu algo inédito nos anos 80, uma
publicação simultânea com os Estados Unidos, ou seja, Esfera chegou nas livrarias brasileiras no mesmo ano em que foi
lançada nos States; uma diferença apenas de alguns dias. O livro seria adaptado
para os cinemas no ano seguinte.
A história segue Norman Johnson, um psicólogo
contratado pela Marinha dos Estados Unidos , que se junta a uma equipe de
cientistas reunidos para examinar uma nave espacial de origem desconhecida
descoberta no fundo do Oceano Pacífico. O romance começa como uma história de
ficção científica, mas rapidamente se transforma em um thriller psicológico.
06
– Instinto Assassino (William Randolph Stevens)
Instinto
Assassino foi mais um lançamento exclusivo da editora em 1982,
cujo privilégio de ler o enredo real e chocante escrito por William Randolph Stevens coube apenas aos leitores
sócios do Círculo do Livro. Somente quatro anos depois, em 1986 é que teríamos
o relançamento do enredo pelo Rio Gráfica.
A história de Instinto
Assassino - que acabou virando uma série de TV nos anos 80, se não me
engano na Rede Globo - nos dá uma noção exata da complexidade da mente e do
modus operandi de um psicopata.
Na obra de Randolph Stevens que também foi o promotor
do caso e depois resolveu escrever um livro sobre o assunto, Cristina Henry
narra os momentos de terror que passou ao lado de seu marido, o proeminente
médico americano, Dr. Patrick Henry com quem chegou a ter um filho.
Ela conviveu durante quase sete anos ao lado de um
perigoso psicopata sem perceber nada de anormal, já que o médico insano
escondia com perfeição a sua personalidade doentia. Durante todo esse período,
Cristina enfrentou várias situações de risco extremo, com a sua vida ficando
presa por um fio. O passatempo predileto de seu esposo era armar armadilhas
para matá-la ou então fazê-la sofrer, sem que ela nada percebesse.
Um livro chocante e que impressiona, muito. Não
recomendo para pessoas altamente sensíveis. Tem resenha da obra aqui.
07
– A Casa dos Espíritos (Isabel Allende)
Taí outra obra que ao ser lançada em 1982 ficou
restrita apenas aos assinantes da revista Círculo do Livro. Verrdade; somente
essa galera pode se deliciar com o megassucesso escrito por Isabel Allende que
estava estreando como escritora. Quando as outras editoras resolveram relançar
a história da autora chilena, ainda nos anos 80, os leitores que eram sócios do
Círculo já sabiam ‘de cor e salteado’ a saga da família Trueba.
A narrativa é centrada na vida dessa família fictícia
e acompanha três de suas gerações por meio das personagens femininas que
encarnam o lugar de mãe, de filha e de neta, percorrendo quase todo o século
XX.
São três protagonistas, as três gerações de mulheres
que são a base para o acompanhamento da sucessão geracional da narrativa; todas
com vidas difíceis e acontecimentos marcantes e traumáticos: Clara, a
"clarividente", sua filha Blanca e a neta Alba, que é o alter ego da
própria Isabel. Essas mulheres, femininas e fortes, enfrentam com coragem as
paixões, os dramas familiares e os acontecimentos turbulentos de suas épocas.
As vivências e dificuldades passadas por cada uma delas não se interrompem para
dar início a um novo ciclo com a seguinte, mas sim se sobrepõem e ecoam em uma
ligação mais que maternal, espiritual entre as gerações.
Dentre sua lutas exaltadas pela autora estão o
casamento forçado, o amor clandestino, a gravidez como perpetuação de família
proprietária, as descobertas sexuais, os abusos sexuais e os tolhimentos
condicionados ao gênero. Publiquei uma resenha do livro de Alllende em 2016.
Confiram aqui.
08 – A Mulher Só (Harold Robbins)
As editoras Record e Círculo do Livro lançaram,
praticamente, juntas o livro de Harold Robbins em 1976. Os fãs do escritor americano
de romances populares, um dos escritores mais vendidos de todos os tempos, vibraram,
ainda mais porque Robbins estava no auge da carreira quando a obra foi publicada.
O enredo de A Mulher Só narra a saga da personagem JeriLee
que sonha se tornar uma escritora famosa e não mede consequência para atingir o
seu objetivo. Dessa maneira, ela abandona o marido, a sua cidade, os poucos
colegas e até mesmo muitos de seus princípios morais e vai para a luta. Nesta
sua nova jornada, ela acaba se prostituindo, além de se envolver com álcool,
drogas e dormindo com quem quer que seja, até mesmo pessoas que ela julga
desprezíveis, homens ou mulheres, para conseguir chegar onde quer.
Na realidade, o enredo mostra uma inversão de valores,
pois o que JeriLee almeja é ser valorizada no meio artístico, no seu caso,
dentro do contexto editorial. Mas fica a pergunta: “Será que para se tornar uma
pessoa respeitada no mundo do Jet set, vale a pena passar por cima de muitos
princípios que você julga moral?
O livro deixou ao fãs de Robbins que assinavam a
famosa revistinha daquele famoso clube literário em êxtase total.
09
– As Sandálias do Pescador (Morris West)
O melhor e mais famoso livro de Morris West não
poderia ficar de fora do catálogo. A obra lançada em 1986 pela editora fez a
alegria leitores associados.
Defino As
Sandálias do Pescador como um livro profético. Na história idealizada pelo
escritor australiano, um bispo russo se torna cardeal e em seguida papa – o
primeiro papa não italiano em mais de 400 anos.
Uma década e meia após West ter escrito a sua
principal obra, eis que o Vaticano também ganharia, após 400 anos, o seu
primeiro papa não italiano, ou será que vocês já seesqueceram do polonês Karol
Wojtyla, o nosso saudoso e icônico João Paulo II?
Não há como negar as semelhanças entre o fictício
Lakota e o real Wojtyla, O personagem do livro é um cardeal ucraniano que, após
lutar contra os nazistas, torna-se perseguido e encarcerado pelos soviéticos.
Após 20 anos, recebe a liberdade graças a um acordo do premiê russo com o
Vaticano, mas carrega as marcas de seu
sofrimento na memória, na alma e no rosto com uma notável cicatriz.
Livraço (ver resenha aqui) também bombou no catálogo
do Círculo do Livro.
10
– Nada Dura para Sempre (Sidney Sheldon)
É evidente que um autor que estava na boca do povo em
1994 não poderia faltar no catálogo da saudosa editora. Nada Dura para Sempre de Sidney Sheldon tem um gostinho de emoção misturado
a um gostinho de tristeza, afinal ele foi publicado pelo Círculo do Livro já no
seu “finalmente”.|O que estou “dizendo” é que dois anos depois, infelizmente, o
Clube do Livro encerraria as suas atividades.
No enredo de Sheldon, três jovens médicas – amigas há
muito tempo - com personalidades bastante diferentes ficam ainda mais mas
unidas pela correria, pelos contratempos e pelas fortes emoções ao começarem a
trabalhar juntas no Hospital Público Embarcadero, em São Francisco.
Paige é feliz seguindo a mesma carreira do pai e
planeja se casar com seu primeiro amor, mas seu sonho pode ir por água abaixo.
Honey abusa de suas habilidades de sedução. Mas será que isso é o suficiente
para salvar vidas? Kate, abusada pelo padrasto na adolescência, prometeu que
jamais seria tocada por um homem. Porém, sua postura durona acaba despertando
interesses masculinos.
Elas dividem os problemas típicos da profissão;
contudo, parece que o destino reservou a cada uma delas um novo desafio. Agora,
as três deverão enfrentar situações de vida ou morte.
Nada dura para sempre é uma trama repleta de
reviravoltas, onde o amor, o medo e a ambição se combinam. Se quiser saber mais
sobre o livro clique na resenha aqui.
Taí galera, espero que tenham gostado dessa viagem
literária. Atualmente, podemos encontrar diversos clubes de assinatura de
livros no Brasil, apresentando variados tipos de curadoria e funcionando nos
mais diferentes modelos de negócio, mas iguais ao Círculo do Livro, jamais.
Eitcha saudades!!