Guerra Civil

10 janeiro 2016
Você que acompanha o blog há algum tempo, já sabe do meu repúdio as chamadas novelizações de filmes. Antes de ler alguma, já estou correndo quilômetros de distância. Por isso, demorei para encarar a leitura do livro de Stuart Moore que na realidade é uma novelização da famosa história em quadrinhos “Guerra Civil” de  Mark Millar.
Pensei comigo: - “Tudo bem, não é a novelização de um filme, mas o processo é o mesmo!!”
Para aumentar a minha dúvida, a maioria dos comentários que eu lia eram favoráveis a adaptação do enredo. Depois de algum tempo, seduzido pela oferta irresistível de uma livraria, resolvi comprar o livro e iniciar a leitura. Achei a história fantástica, muito bem escrita. Talvez esta minha empatia com o enredo adaptado por Moore deva-se em grande parte ao meu desconhecimento da saga nos quadrinhos. Sei lá; mas na realidade gostei.
Com certeza, você leitor de carteirinha, perceberá no ato quando um livro é bom ou ruim; e “Guerra Civil” é bom. Muito bom. Como eu tinha apenas uma noção do ‘Universo Marvel’ - incluindo a história idealizada por Millar - o livro serviu para que me aprofundasse mais no assunto e conhecesse melhor as características, personalidades e peculiaridades de vários super-heróis. Por exemplo, você sabia O Capitão América é o grande ídolo do anti-herói O Justiceiro? O respeito do cara chega a tal ponto em que ele aceita levar uma surra do Capitão, se negando a reagir. Logo ele, O Justiceiro!! Em Guerra Civil, Moore, em poucas palavras, explica como nasceu esse respeito por parte de Frank Castle.
Outro ponto positivo da trama foi a opção do autor em ceder espaço, também, para personagens pouco conhecidos da Marvel, como “Manto”, “Adaga”, “Estatura”, “Patriota”, “Tigresa” e outros que ao lado de figurinhas carimbadas como Homem de Ferro, Capitão América, Quarteto Fantástico, Homem Aranha e Cia puderam mostrar a sua importância na trama.
“Guerra Civil” vai além dos confrontos eletrizantes entre super-heróis conhecidos. Muito além. As relações conflituosas entre os personagens e as dúvidas sobre o que certo ou errado permeiam todo o enredo, fazendo com que o leitor, ora torça para o suposto mocinho, ora para o suposto vilão.
Quanto a batalha final, PQP!! Não dá para largar o livro um segundo sequer. Nunca imaginei que um dia em minha vida poderia ver o Homem-Aranha enfrentando com toda sua raiva e vontade o (...) ou então, o Demolidor querendo arrebentar a (...) e por aí vai: um festival de enfrentamentos  inusitados o que dá ainda mais tempero a trama. Não se esquecendo da participação de Namor, o Príncipe Submarino, que passa a ser decisiva para um dos lados no confronto final.
A relação do casal fantástico: Richard e Sue também é testada aos limites quando um evento ocorrido na trama acaba provocando o  rompimento dos dois. Mais do que isso, ao rompimento do Quarteto fantástico, fazendo com que cada um de seus integrantes escolha lados opostos: Capitão América ou Homem de Ferro.
No enredo adaptado, após uma trágica batalha envolvendo heróis inexperientes e um grupo de vilões, ter deixado um buraco no centro de Stamford, Connecticut, matando centenas de pessoas; o governo americano reage rapidamente, ordenando que todos os super-heróis – e vilões – revelem sua identidade e registrem seus poderes. Para Tony Stark, o Homem de Ferro, é um passo lamentável, porém necessário. Ele se voluntaria para supervisionar o processo de registro.
Mas para o Capitão América, é uma intolerável agressão à liberdade cívica. Inconformado, ele recruta sua própria equipe de rebeldes super-heróis, que passa a agir fora da lei. Resultado: a Guerra Civil entre a comunidade dos super-humanos.
Leitura fluida e prazerosa.

Inté!

7 comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não ou muito fã de novelizações, para mim é um gênero que nunca leio. Contudo diante da sua resenha e de tantas outras que li na internet o texto Moore para ser bem escrito, talvez eu de uma chance a Guerra Civil, já que quero conhecer um pouco mais do universo Marvel (não sei absolutamente nada) e o filme estás a porta.
    http://estantepolicial.blogspot.com.br

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    1. Helysson, também não gosto de novelizações, mas Guerra Civil me surpreendeu. Talvez, até mesmo por não ter lido os quadrinhos de Mark Millar e Steve McNiven. Creio que vc tbém irá gostar.
      Abcs!

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  3. Rapaz... Eu tenho esta HQ e a reli recentemente para uma postagem que farei assim que sair o filme (já antevejo uma catástrofe cinematográfica, kkkkkk). Confesso que fiquei curioso se "romantizaram" o roteiro da HQ ou reescreveram tudo novamente, enquadrando com o roteiro do filme... Abraços...

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    1. Marcelo, não posso esclarecer essa dúvida, já que não li a saga nos quadrinhos, da qual tenho apenas uma noção. Talvez este tenha sido um dos motivos de ter gostado tanto do livro de Moore.
      Abcs!

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  4. Eu queria saber se o livro é HQ ou não

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    1. Não Guilherme. Trata-se de um livro, de fato; sem ilustrações.

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