10 livros sobre a vida do papa Francisco

09 março 2014


Ganhei um livro de presente!! Cara! Me responda aí: quer uma ‘coisa’ melhor do que essa, pelo menos para um leitor inveterado como eu? Pois é, meu irmão voltou do Guarujá com uma dessas ‘belezuras’ numa sacolinha ‘xique-nu-urtimu’ de uma livraria também ‘xiqui-nu-urtimu’. A obra estava embaladinha, nos trinques. Mas sabe amigo, abrir uma embalagem, tendo a certeza que lá dentro, bem guardadinho, existe um livro, pode ser perigoso para os leitores fanáticos e com o coração mais fraco. É, verdade. Perigoso e muito! Você não sabe o que poderá encontrar ‘atrás’ da embalagem. E aí, já viu né, enquanto vai brigando com o pacote, abrindo uma borda aqui outra ali, a sua mente vai trabalhando mais do que aqueles motores de zilhões de cavalos de uma Ferrari, cujo motorista acelera no último: “Que livro será?”; “Já tenho em minha estante?”; “Será que é alguma obra que li, detestei e parei pela metade?”; “É aquele livro que estava sonhando há muito tempo, mas estava sem dinheiro para comprar?”. Oh,oh,oh...são tantas dúvidas cruéis.
Foi assim, que me senti quando o meu irmão decidiu me presentear com um book. Logicamente, a galera quer saber se gostei da surpresa. Simplesmente adorei, porque na realidade acabei ganhando dois presentes em um só. Explico melhor. O livro que caiu em minhas mãos se chama: “Francisco: O Papa dos Humildes” e já vinha desejando lê-lo, desde a época de seu lançamento (que não faz muito tempo). Tinha curiosidade de saber como o escritor e jornalista Andreas Englisch – correspondente alemão no Vaticano – havia abordado os detalhes sobre a vida do novo papa e como ele iria ‘lidar’ com a série de problema, envolvendo corrupções e casos de pedofilia e outras preocupações que assolam a nossa Igreja. E por confiar muito nesse papa, um dos mais carismáticos e sinceros que já ocuparam o trono de Pedro – não se esquecendo do nosso João Paulo II – estava afinzão de ler essa obra. Queria tanto, mas tanto, que até acabei se esquecendo do livro anterior de Englisch, “O homem que não queria ser papa”, que muitos – inclusive eu – taxaram de oportunista e pouco confiável, devido ao tempo recorde em que foi escrito, ou seja, poucas semanas após a renuncia de Bento XVI. Confesso que, hoje, estou curioso para saber como English - que vive nos corredores do Vaticano respirando as notícias papais – vê essa nova fase da Igreja Católica. Bem, quanto ao outro presente....como vou explicar... Olha seria mais ou menos assim: “ao ter pegado nas mãos ‘Francisco – O Papa dos Humildes’, de repente, pintou uma curiosidade avassaladora. Mêu! Quantos livros sobre o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foram escritos desde que ele se tornou Papa??  Ao pesquisar na “santa Internet” fiquei completamente abestalhado. Gente, há uma ‘infinidade’ de obras sobre o novo papa, escrita pelos mais variados escritores. Então pensei, aqui, com os meus botõezinhos de estimação: porque não criar um post sobre o assunto; algo como, ’10 livros sobre o papa Francisco”. Pronto; e assim, nasceram essas linhas. Vamos à elas.
01 – Francisco – O Papa dos Humildes (Andreas Englisch)
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 280
Vou começar pelo livro que ganhei de presente de meu irmão. Orlandão, sinceramente ‘ocê’ deu um tiro certeiro. Quando Englisch lançou “O Homem que não queria ser Papa” dei uma titubeada, não sabia se ia ou se ficava. No final da história, acabei ficando. Decidi não arriscar a compra da obra polêmica porque acreditava ser algo oportunista, lançado com a simples intenção de faturar alguns dólares em cima da renuncia de Bento XVI. Depois de algum tempo, fiquei sabendo que o autor havia conseguido uma entrevista inédita com o fechadíssimo e avesso às entrevistas, cardeal Joseph Ratzinger, o nosso ex-Papa Bento XVI. Mêu!! ‘Pro’ cara ter conseguido agendar uma entrevista com Ratzinger é porque o sujeito é respeitado nos bastidores do Vaticano. Depois, fiquei sabendo ainda um outro detalhe: Englisch conseguiu nessa entrevista, em 2012, com o então Papa Bento XVI algo inacreditável. Ele simplesmente fez com que Ratzinger revelasse, pela primeira vez, a hipótese de uma renuncia ao trono de Pedro. Um jornalista que consegue essa proeza, mesmo sendo considerado oportunista, tem lá as suas virtudes. Podem ser poucas virtudes, mas tem. Ai, ai, ai!! Pronto! Comecei a mudar o meu conceito com relação à Englisch. Bem galera, foi por isso que fiquei curioso com relação a sua mais recente obra.
Em seu novo livro, o autor trata Francisco como um revolucionário e afirma que o Papa, na época em que era cardeal, detesta ir à Roma porque tinha problemas com a Cúria Romana. Segundo ele, o que importa para o cardeal argentino - hoje, papa - é o povo mais humilde, o resto – e esse resto inclui Cúria, cardeais metidos a mandões e sabichões, decanos do Vaticano e o escambau à quatro -  que se danem.  Englisch responde ainda uma pergunta que todos os cristãos gostariam de saber: se o Papa emérito Bento XVI interfere ou poderá vir a interferir nos caminhos da Igreja. Enfim, uma obra deliciosamente polêmica.
02 – Francisco, o Papa da Simplicidade (Mário Escobar)
Editora: Agir
Páginas: 184
Este livro foi escrito por um historiador espanhol chamado Mário Escobar. Aqueles que bem o conhecem, desculpem-me, mas eu nunca ouvi falar desse autor. Independentemente disso, pelo o que pude ‘fuçar’ na Net, o sujeito é do ramo, ou seja, já publicou inúmeras matérias sobre a Igreja católica em jornais e revistas da Espanha, Itália e Estados Unidos.  O livro deixa as revelações bombásticas de lado para trabalhar mais com as hipóteses do que o novo papa poderá fazer em seu pontificado. Por exemplo, Escobar acredita que o papado de Francisco será marcado pela vontade de diálogo com as outras religiões e a sua vontade de ajudar os pobres.
O autor lembra que agora, como papa, Francisco enfrenta uma Igreja Católica em crise, abalada por escândalos de pedofilia e vazamento de documentos sigilosos. Por isso seu caminho não será fácil, mas pela sua história, o livro mostra através de fatos que o primeiro papa latino-americano nunca foge dos desafios.
03 – Segredos do Conclave (Gerson Camarotti)
Editora: Geração
Páginas: 304
O jornalista da Glonews, Gerson Camarotti, demorou cerca de oito anos para produzir o livro “Segredos do Conclave”. Segundo ele, foi uma luta árdua pesquisar, sair a caça de provas, entrevistar pessoas envolvidas e mais isso e aquilo. É ‘miguinho’, tu pensas que é fácil descobrir o que se passa na cabeça de um grupo de cardeais durante o processo de escolha de um papa? Pois é, Camarotti - que também teve a honra de ser escolhido como o único jornalista brasileiro a entrevistar o papa Francisco com exclusividade – conseguiu informações importantíssimas sobre a eleição mais secreta do mundo. Não me pergunte como, mas o autor ‘escarafunchou’ revelações exclusivas, certas coisas que jamais poderiam sair das quatro paredes da Capela Sistina; mas... acabou saindo, sabe-se lá como. Isso prova a competência do cara naquilo que faz, afinal de contas, trata-se de um profissional de grande capacidade.
Uma curiosidade sobre “Segredos do Conclave” é que apesar da produção da obra ter demorado oito anos, Camarotti acabou sendo obrigado a escrevê-la em um mês! A pressa desenfreada fez parte de uma estratégia para entregar o resultado ao papa Francisco antes de ele desembarcar no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, em julho do ano passado. E acabou dando certo. Francisco leu, gostou tanto da obra que acabou concordando em receber o jornalista para uma entrevista exclusiva. O ppa surpreendeu o autor ao dizer que não só estava lendo o livro como também havia ficado surpreso com as informações privilegiadas contidas na obra.
Para que a galera tenha idéia do sucesso bombástico do livro, basta dizer que a primeira edição de “Segredos do Conclave” se esgotou dois dias após ter chegado às livrarias.
Agora, se você quiser conhecer os detalhes da negociação para que a entrevista com o papa acontecesse, bem como a íntegra da conversa com o sumo pontífice, o ideal é adquirir a 2ª edição da obra.
04 – Francisco: A vida e as idéias do papa latino-americano (Andrea Tornielli)
Editora: Planeta do Brasil
Páginas: 152
No decorrer das 152 páginas de sua obra, o jornalista vaticanista Andrea Tornielli vai desde a ida dos pais de Jorge Mário Bergoglio da Itália à Argentina até a sua posse como bispo de Roma. Para os leitores que desejarem ler uma biografia sobre novo Papa, o livro de Tornielli é mais do que recomendado. Quanto a saber se a biografia é boa ou ruim, só mesmo lendo e, infelizmente, esse esclarecimento eu não posso dar para a galera, já que ainda não li a obra. Olha... e pra ser sincero, provavelmente nem lerei, já que não sou um adepto contumaz de biografias, nem mesmo do Papa.
Segundo material de divulgação distribuído pela editora, o autor teria conhecido o então padre Bergoglio na casa de amigos em Roma e o entrevistado para o Vatican Insider, site temático do jornal La Stampa. Ainda, conforme informações da Planeta Brasil, Tornielli remonta em seu livro o quebra-cabeça da vida do papa Francisco. Por meio de testemunhos e de recordações pessoais, o autor traça a personalidade amena e cordial de um homem de Deus, filho de imigrantes, que fez da mensagem de misericórdia os pilares de sua ação pastoral na Argentina.
05 – Francisco – Um papa do fim do mundo (Gianni Valente)
Editora: Jardim dos Livros
Páginas: 96
Esta obra que publicada pelo Jardim dos Livros – que nada mais é do que um selo da Geração Editorial – foca no trabalho do papa, quando padre na Argentina -  junto ao pobres nas favelas. O autor explora ainda a ação das idéias do sumo pontífice. Ele parece aqui como pastor generoso e caridoso de seu desvalido rebanho de fiéis, mas também como crítico destemido do liberalismo econômico, da especulação financeira, da evasão fiscal, da falta de respeito às leis e da corrupção política e empresarial.
Uma obra específica para aqueles que tiverem interesse em conhecer o trabalho social executado pelo padre Bergoglio junto as comunidades carentes em seu País e também a sua linha ideológica após ter assumido o papado.
06 – Papa Francisco – A vida e os desafios (Saverio Gaeta)
Editora: Paulus
Páginas: 72
Este livro, à exemplo de “Francisco – Um papa do fim do mundo”, é mais uma biografia sobre o cardeal Bergoglio. O livro acompanha todo o percurso do padre argentino até aos primeiros dias depois de ser eleito sucessor de Pedro.
Como referência sobre a obra, ou seja, se ela é boa ou ruim, posso aproveitar a opinião de uma catequista de minha cidade que comprou o livro e segundo ela, leu ‘num tapa só’. A catequista – que pediu para não citar o seu nome; a dita cuja é ‘tímida de ré’,  – me falou que a obra de Gaeta é ‘de primeira’. Segundo ela, o autor utiliza uma linguagem simples e de fácil compreensão ao dissecar as etapas da vida de Bergoglio, desde o momento em que foi eleito papa até os seus primeiros gestos e atitudes. Fica, assim, a dica de uma pessoa que entende do assunto, afinal de contas a ‘nossa’ catequista é acostumada a ler obras do gênero.
Ah! Antes que me esqueça, o livro inclui os primeiros discursos do papa, além de aproximadamente 15 páginas coloridas com fotos de Francisco.
07 – Papa Francisco em suas próprias palavras (Julie Schwietert Collazo e Lisa Rogak)
Editora: Record
Páginas: 168
A obra de Collazo e Rogak traz uma coletânea de frases e citações extraídas dos escritos e discursos do papa Francisco dando aos leitores uma idéia do pensamento do sumo pontífice.
As autoras revelam a opinião do papa sobre temas populares, como o tango e o futebol, e humanos, como a fé, o perdão, a misericórdia, a oração, o certo e o errado.
A obra traz ainda capítulos dedicados ao envelhecimento, à família, ao evangelismo, à homossexualidade e à morte do presidente argentino Nestor Kirchner. Confira alguns trechos da obra:
Sobre o papel do Papa:
“Cristo é o pastor da Igreja, mas sua presença na história passa pela liberdade dos seres humanos; dentre eles, um é escolhido para servir como seu vigário, o sucessor do apóstolo Pedro”
Sobre o sacerdócio:
“A Igreja tem grande necessidade de teólogos morais que possam aprofundar os preceitos de Jesus, torná-los compreensíveis para o homem contemporâneo”
Sobre a homossexualidade:
“O ministro religioso às vezes chama a atenção sobre certos pontos da vida privada ou pública porque é o condutor dos fiéis. Mas não tem direito de forçar a vida privada de ninguém. Se Deus, na criação, correu o risco de nos fazer livres, quem sou eu para me meter?” .
Posições como essa parecem mostrar uma relação mais próxima do Papa com a realidade humana.
Se interessou? Então é só desembolsar R$ 19,90 e comprar a sua edição de bolso que foi lançada pela Record.
08 – Conversas com Jorge Bergoglio – Papa Francisco (Sergio Rubin e
Francesca Ambrogetti)
Editora: Verus
Páginas: 200
Como o próprio nome sugere, “Conversas com Jorge Bergoglio” é um ‘livro-entrevista’ preparado por dois jornalistas: um argentino, Sergio Rubin e outra, italiana, Francesca Ambrogetti. Nele, através de múltiplas perguntas, os autores entrevistam Francisco sobre vários temas interessantes.
Os temas explorados através das perguntas da dupla de jornalistas são os mais variados: o trabalho, a oração, a fé, as convulsões sociais da argentina e do mundo, a resposta à crise, crise econômica e crise de valores, o celibato dos padres, os abusos sexuais, a dor e o sofrimento, o combate à pobreza e o compromisso com os mais frágeis, os idosos, as crianças, os doentes, a coerência de vida.
Além desses temas polêmicos, segundo material informativo da Editora Verus, na obra Francisco ainda responde há muitas perguntas de cunho pessoal, como por exemplo, o desembarque de sua família no porto de Buenos Aires em 1929, as circunstâncias de seu nascimento e sua infância e como uma grave pneumonia o levou a sentir os primeiros sinais da vocação religiosa. Ele fala, também de seu ingresso no seminário, da experiência como professor de psicologia e de literatura, até ser consagrado cardeal pelo papa João Paulo II. Bergoglio responde a perguntas diretas também sobre temas bem delicados, entre eles: celibato, os escândalos sexuais que abalaram a Igreja e a ditadura argentina. O livro termina com escritos e reflexões do próprio papa, cheios de sabedoria e inspiração.
Cara, pela jeito parece ser bem interessante. Tomara que a embalagem não esteja exagerando(rs).
09 – A Lista de Bergoglio (Nell Scavo)
Editora: Loyola
Páginas: 208
Este livro é bem instigante, polêmico até. O jornalista italiano Nell Scavo retrata em sua obra, sob o olhar do Papa Francisco, o terror vivido na Argentina durante a ditadura militar após o golpe de 24 de março de 1976. Neste triste período da história argentina, mais de 30 mil pessoas desapareceram, 15 mil foram fuziladas, 500 recém-nascidos foram tirados de suas mães condenadas à morte pelo regime militar, e mais de 2 milhões foram exilados.
“A Lista de Bergoglio” relata o drama dos desaparecidos por meio de relatos de dissidentes, sindicalistas, sacerdotes, estudantes, intelectuais, crentes em Deus ou não, com destaque à história de pessoas salvas pelo então sacerdote jesuíta Jorge Mario Bergoglio, entre elas, o sindicalista Gonzalo Mosca, escondido no Colégio Máximo como “estudante em retiro espiritual”, posteriormente deportado para o Brasil. O livro relata ainda testemunhos emocionantes de perseguidos políticos, entre eles, o do jesuíta e teólogo argentino Juan Carlos Scannone, no qual revela a estimativa da lista das pessoas (mais 100) que Padre Bergoglio colocou em locais seguros.
Scavo revela que o, então, padre Bergoglio saia de noite para rezar e telefonar de cabines para não ser interceptado pela polícia. Ele corria esses riscos extremos durante a ditadura argentina, pensando em ajudar as pessoas mais necessitadas que estavam sendo caçadas pelos ditadores argentinos.
Como “Os Segredos do Conclave”, do jornalista da Globo News, Gerson Camarotti, o livro de Scavo deve conter revelações surpreendentes. Acredito que valha a pena ler.
10 – A Vida de Francisco: O Papa do Povo (Evangelina Himitian)
Editora: Objetiva
Páginas: 256
De acordo com a editora Objetiva, o livro “A Vida de Francisco: O Papa do Povo” é considerada a primeira biografia escrita e publicada desde a escolha do novo Pontífice. Na obra, a jornalista argentina que escreve para o jornal La Nacion, um dos mais populares daquele País, aborda detalhes curiosos sobre a vida do papa. Do menino, que teve nos ensinamentos de sua avó Rosa Margarita Vasallo o despertar para a vida religiosa, ao jovem que enfrentou o desgosto da mãe diante da escolha de seu filho pela vida dedicada à fé, até o religioso maduro e comprometido com o Evangelho, Bergoglio aprendeu a superar os obstáculos que se apresentavam no caminho.    
No livro, ela contra que com a nomeação do cardeal Bergoglio como papa, surgiram diversos relatos sobre momentos sublimes de solidariedade, como as doações para as famílias humildes na Igreja da Misericórdia, a proximidade com os jovens e o gosto pela vida pastoral. Numa missa celebrada para familiares de vítimas da violência, uma mulher que havia perdido a filha assassinada num assalto em 2011 rompeu em lágrimas. O então cardeal interrompeu as orações, sentou-se a seu lado e a abraçou. O gesto sintetiza a visão do papa sobre seu papel e o sonho com uma Igreja humilde, comprometida em levar o Evangelho para além de seus templos. E assim, Francisco chegou a Roma.
Tudo indica que o livro que foi considerado um dos produtos oficiais da Jornada Mundial da Juventude que aconteceu no Brasil promete.
Taí galera! Você que pretende conhecer um pouco mais sobre a vida do primeiro papa latino americano, fiquem à vontade para escolher o livro que mais se adapte aos seus interesses.

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