Me responda uma coisa. Você já sonhou com um livro dia e noite; tomou banho, almoçou, jantou, namorou e trabalhou pensando nele? Pera aí que ainda não conclui a minha pergunta. Tem mais... Por acaso, você já tentou de todas as formas comprar esse livro, sem sucesso, simplesmente porque ele deixou de ser publicado e está esgotado nos sebos reais e virtuais? Agora me responda: o que você sentiu nesse momento? Pensando bem, nem precisa me responder; aliás nem havia a necessidade de ter feito essa pergunta, porque eu já senti tal decepção na pele.
Não existe coisa pior para um leitor inveterado do que ficar privado da leitura do livro dos seus sonhos. Essa decepção chega perto da loucura quando você descobre que o livro que tanto acalenta se tornou a raridade das raridades, sendo muito difícil a sua localização. E se num golpe de sorte ou de azar, o já “arrebentado” leitor encontrar o seu objeto de consumo nos ‘mercados livres’ da vida por um preço irreal e astronômico, a loucura se transforma em insanidade porque ele sabe que o produto existe, está ali perto das suas mãos, mas não pode comprá-lo por causa do preço.
Por isso, hoje, após uma busca novamente fracassada à procura de “Os Livros de Bachman”, de Stephen King, cheguei a conclusão que temos de erguer as mãos para o céu e agradecer por algumas poucas editoras continuarem investindo na publicação de histórias que foram lançadas há um punhado de décadas atrás. E se não fossem essas editoras, jamais teríamos condições de sentir em nossas mãos o toque suave de páginas com enredos tão raros. E o que é melhor, por preços mais do que módicos.
Podem me chamar de atrasado, arcaico, ultrapassado e isso mais aquilo, mas detesto ficar lendo “livros” em telas de computadores ou então em telas ainda menores de alguns ‘aparelhinhos’ específicos para isso. Livro, para mim, tem que ter papel, capa, lombada e ‘caber’ numa estante.
Acredito que se hoje podemos ler verdadeiros clássicos da literatura nacional e internacional como “Escrava Isaura”, “O Corcunda de Notre Drame”, “Os Irmãos Karamazóvi”, “A Relíquia”, “O Signo dos Quatro”, “Assassinatos na Rua Morgue”, “Moby Dick”, entre outros, devemos, principalmente, há duas editoras: Martin Claret e L&PM Editores.
Um dos grandes trunfos da Martin Claret é a sua “Coleção Obra-Prima de Cada Autor”, onde os leitores tem acesso aos grandes clássicos com texto integral. Com certeza, se a Martin Claret não tivesse tal iniciativa, nós ficaríamos completamente dependentes dos sebos para encontrar esses títulos.
A L&PM Editores é outra “santa” editora que surgiu para o deleite dessa categoria de leitores que preferem os clássicos, a maioria deles com edições esgotadas e sem interesse por parte das grandes editoras em relançá-los. “As Minas do rei Salomão”, “Viagem ao Centro da Terra”, “Coleção Agatha Christie”, “O Fantasma da Ópera” e etc e mais etc podem ser encontrados com toda a facilidade nas livrarias desse Brazilsão afora graças a iniciativa dessas duas editoras.
Por isso, neste final de semana, decidi fazer uma homenagem para a Martin Claret e a L&PM Pocket pela iniciativa.
Valeu!
Um comentário
Tb acho muito bacana as editoras investirem nos clássicos. E a Martin Claret teve uma otima iniciativa quando popularizou-os, pois antes algumas obras eram dificeis de achar e quando eram encontradas o valor era um absurdo.
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