“11/22/63” de Stephen King: uma boa e outra má notícia

27 novembro 2011
Tenho uma boa e outra má notícia para os fãs de Stephen King. Não vou bancar o chato e ficar enrolando... enrolando e só revelá-las no meio ou perto do final do post. Então lá vai: A boa: Já foi lançado no início deste mês nos EUA o novo livro do mestre do terror intitulado 11/22/63”. Complementando essa boa notícia: as críticas com relação à obra estão bombando, no melhor sentido, é claro. Do “The New York Times ao Washington Post, passando pelo The Guardian, as críticas são as melhores possíveis. E sem perda de tempo, vamos agora a má notícia: “11/22/63” não deverá ser lançado no Brasil antes de 2013! P..... que...P!!!! Com certeza, esse palavrão deve ter sido pronunciado por todos os fãs de King que acabaram de ler esse post e que assim como eu, apenas “arranham” a língua inglesa. E para nos castigar ainda mais, alguns sites já estão disponibilizando a venda do livro em inglês – inclusive uma edição especial em Box fechado – com super-descontaços, incluindo frete grátis. Buaaaá.....
Bem, deixando a frustração de lado, vamos ao que interessa. Como já disse e escrevi acima, o livro de Stephen King está bombando em todos Estados Unidos, arrancando elogios tanto da crítica especializada como dos leitores. E não adianta dizer que isso seja um “complô do bem” para enaltecer Stephen King que esteve sumido dos holofotes por algum tempo ou então que os editores do livro “molharam” as mãos dos críticos. Cara, se você está pensando dessa maneira, pode parar, porque na realidade estou se referindo a verdadeiras potências da mídia mundial que faturam horrores e mais horrores em publicidade e por isso mesmo, dispensam qualquer “malinha preta”. E além do mais, para esses profissionais, criticar é melhor do que elogiar, já que o nome (deles, é claro) fica ainda mais em destaque.
Por isso, pode ter certeza de as 800 páginas de “11/22/63” agradou em cheio tanto quem lê profissionalmente para depois falar bem ou mal, como para quem lê por prazer.
O mais novo livro de King conta a história de um professor que viaja no tempo com o objetivo de tentar impedir a morte John F. Kennedy. Por isso que o livro se chama simplesmente “11/22/63” que foi a data em que o mais aclamado presidente dos EUA foi assassinado com um tiro, supostamente disparado por Lee Harvey Oswald. Digo supostamente, porque Oswald sempre negou que tenha sido ele o autor do disparo fatal.
O livro tem uma premissa fantástica. Imagine se você tivesse o poder de voltar no tempo e alterar um acontecimento triste ou trágico. Os leitores e cinéfilos amantes da ficção científica sabem de cor que a regra básica em uma viagem ao passado é não alterar qualquer fato, por menor que seja, pois essa mudança poderá implicar em sérios problemas para o futuro. Que o diga o conto de Ray Bradburry chamado “Um Som de Trovão” e o filme “Efeito Borboleta”. No conto de Bradburry, que inclusive rendeu um filme no cinema com o mesmo nome, um homem que vive em 2055 faz uma viagem no tempo e consegue voltar ao período pré-histórico, onde acidentalmente mata uma borboleta. Quando retorna à sua época percebe que as regras ortográficas foram mudadas e que até mesmo um outro presidente foi eleito. E pensar que essas mudanças significativas começaram com a morte de uma simples borboleta.
Agora, que você já sabe das implicações em alterar o percurso natural da história, pense melhor se você teria coragem de evitar que um fato ruim ou negativo ocorresse no passado. Pois é, o personagem de Stephen King, o professor Jake Epping teve essa coragem.
Após um amigo seu, chamado Al, descobrir nos fundos de seu restaurante uma porta que funciona como uma fenda no tempo para o ano de 1958, Jake fica fascinado em realizar uma viagem para aquele período. Al, então tem uma não tão brilhante idéia: “Que tal evitar o assassinato do presidente americano John Kennedy?” Para All, não seria algo tão difícil assim, já que todo mundo no século XXI já sabe como Kennedy foi assassinado. Então, tem início a epopéia de Jake Epping que aceita essa missão transloucada. Ao chegar em 1958, ele acaba se apaixonando por uma jovem bibliotecária que terá um papel decisivo em sua missão. Vivendo numa época diferente da sua, o professor do século XXI tem a oportunidade de conhecer personagens ilustres do passado como Elvis Presley e James Dean que também aparecem na história.
De acordo com a crítica internacional, “11/22/63” é um romance cheio de supense e reviravoltas e, de quebra, um romance rolando entre os personagens principais.
O novo livro de King fez tanto sucesso em seu lançamento que já ficou acertada uma produção cinematográfica baseada na obra. O filme será dirigido por Jonathan Demme, o mesmo de “O Silencio dos Inocentes”.
Finalizo esse post, torcendo para que as informações que estão circulando na mídia impressa e eletrônica estejam equivocadas e que o livro do eterno mestre do terror e suspense chegue para nós, brasileiros, bem antes... mas bem antes mesmo de 2013.
Inté!

7 comentários

  1. Olá Heleitura, como vai?
    Não há uma explicação lógica para essa demora em lançar o novo livro de King no Brasil. As editoras jogam a culpa nos tradutores,dizendo que eles demoram muito; os tradutores - por sua vez - jogam a culpa na morosidade dos editores. Pasme; há livros de destaque que já foram lançados nos EUA há três anos e até não chegaram no mercado editorial brasileiro. Vamos ver agora com o novo livro do mestre do terror.
    \Abcs!

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  2. tomare que não demore muito em muitas livrarias ja estão vendendo o livro em inglês.

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  3. José Antônio já faz algum tempo que a editora Objetiva que detêm os direitos de publicação das obras de King demonstra descaso com relação à elas. Geralmente, os livros do escritor são mal traduzidos e o tamanho da letra é de fonte 10. Uma vez eu pensei em comprar "A Dança da Morte,um título ruim para Stand, mas fiquei desanimado quando vi a edição desta editora. Também não consigo entender por que a Objetiva deixou de publicar outros livros, dentre eles, "Heart in Atlantis" uma coletânea de contos que é considerado um de seus melhores trabalhos de King.A impressão que eu tenho é que a Objetiva não está sabendo tirar proveito da popularidade de King, o que é uma pena.Provavelmente, se o pessoal desta editora tivesse mais visão iria perceber que este novo livro é um best seller garantido e que deveria ser tratado com o devido respeito. No entanto, é muito provável que essa obra que trata de um tema instigante, que permanece uma ferida aberta na história americana e cujos direitos já foram comprados para se transformar em filme, tenha o mesmo destino das anteriores adquiridas pela editora: tradução e diagramação ruim. Diante disso, talvez o melhor a fazer seja adquiri-la no original, pelos menos assim sua qualidade está garantida. É isso.

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  4. Pois é Alessandro, concordo c/vc. A falta de interesse das editoras tbém atinge as obras antigas que mereciam um relançamento, pois nem todos os leitores de hoje, que apreciam o trabalho de King tiveram oportunidade de adquirir determinado livro com a edição esgotada. Exemplo disso é "A Hora do Lobisomen" e "Misery", que deu origem ao filme Louca Obsessão com James Caan. Realmente, triste e imperdoável.

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  5. O pior e mais claro exemplo deste descaso todo com a obra de King, na minha opinião, é o excelente livro "Trocas Macabras". Quanta gente nem nunca ouviu falar dele... Eu tive a chance de ler e possuir, pena que foi perdido em uma das minhas mudanças...Viva "o Rei"!!!

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