Não entendo como tantos livros excelentes, alguns deles verdadeiras obras primas, ainda não conseguiram uma adaptação cinematográfica. Por outro lado, “ bombas homéricas” ou então obras sem nenhuma expressão tem os seus direitos adquiridos por milhares e mais milhares de dólares, enriquecendo os seus autores, a maioria deles ilustres desconhecidos. É incompreensível que uma trilogia do tipo “As Crônicas de Artur”, de Bernard Cornwell, seja preterida pelos grandes estúdios de Hollywood. Dá prá entender um sacrilégio desses? Enquanto isso, os nossos olhos e ouvidos são bombardeados com notícias do tipo: “Trilogia Wake pode invadir os cinemas”, “ Sussurro sairá das páginas para as telas” , “Hollywood se rende a Fallen; filme vem aí”.
Quase sempre acabo se dando mal por não mascarar – pelo menos, um pouquinho – a minha sinceridade como estou fazendo agora. Com certeza, estou magoando ou até mesmo irritando vários fãs de Wake e Sussurro, mas na minha concepção são obras descartáveis e pequenas e que por esse motivo, também darão origem à filmes descartáveis e pequenos. Por outro lado, imagine como seria fantástico ver desfilando nas telonas dos cinemas os personagens emblemáticos da saga arturiana de Cornwell ou então a Trindade (Deus, Jesus e o Espírito Santo) completamente reformulada e inovadora apresentada por Willian P.A. Young, autor de “A Cabana”.
Mas tudo indica que se depender dos “inteligentíssimos” produtores hollywoodianos, ficaremos ainda um bom tempo acalentando esse sonho com o risco de morrermos sonhando.
Mas como sonhar não faz mal prá ninguém, resolvi fazer um post para homenagear algumas obras literárias que já mereciam há tempos uma adaptação para a tela grande, mas que inexplicavelmente foram ignoradas. Então vamos lá!
01 – As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)
É muito estranho que uma trilogia excepcional como a de Cornwell que reconta a história de Artur ainda não tenha sido transposta para as telas. Para mim, essa indiferença dos produtores de Hollywood passou a ser um dos maiores mistérios da indústria cinematográfica.
Os livros “O Rei do Inverno”, “O Inimigo de Deus” e “Excalibur” são verdadeiras jóias raras da literatura mundial e se transformaram num grande fenômeno literário. Se há uma obra do gênero Bestseller que pode ser considerada unanimidade mundial, essa obra é a trilogia arturiana totalmente repaginada por Cornwell.
Como já disse em posts anteriores, esqueça aquele romance com pitadas sobrenaturais, do tipo espada mágica fincada numa pedra, onde só o mais nobre dos cavaleiros conseguiria retirá-la ou então um Merlin com super-poderes, capaz de preparar poções secretas que chegariam perto de levantar os próprios mortos, ou ainda, um Lancelot nobre e corajoso. Esqueça também aquela Guinevere que faz o tipo donzela desprotegida e principalmente, esqueça o “Artur Rei”.
Cornwell recontou tudo isso, mas de uma maneira realista, cortando tudo o que estava relacionado a magia e o sobrenatural.
Fico imaginando ver nas telas o Lancelot covarde que foge das lutas e desafios com uma astúcia e inteligência espantosas. Tão espantosas, que mesmo sem nunca ter entrado num campo de batalha é reconhecido por todos como um dos mais valentes guerreiros. Fico imaginando a Guinevere independente e ambiciosa, capaz até mesmo de influenciar nas decisões estratégicas de Artur antes de uma batalha. Fico imaginando ainda o Merlin malandro, charlatão e arrogante que apesar disso é respeitado e temido por todos os reinos da Dumnonia. E é claro, não poderia jamais esquecer de Derfel, um dos cavaleiros de Artur. Aquele que conseguiu roubar a “Estrela de Powys” e que por causa de sua coragem e heroismo passou a ser chamado de “Lorde Derfel”.
Personagens emblemáticos como esses que acabei de citar, somados a outros da trilogia arturiana, como Nimue, Galahad, Sagramor, Mordred, Morgana, etc, num contexto criado por um escritor como Bernard Cornwell só poderia se transformar num grande blockbuster dos cinemas, um verdadeiro “Arrasa quarteirões”. Mas como já disse, somente os produtores dos grandes estúdios de Hollywood ainda não perceberam. Tomara que um dia caia a ficha desse pessoal.
02 – A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafon)
A primeira imagem que se projeta em minha mente quando imagino a transposição da obra de Carlos Ruiz Zafon para o cinema é o “Cemitério dos livros esquecidos”. Fico supondo como seria ver na telona aquele labirinto infinito repleto de prateleiras com livros por todos os lados. Será que ficaria parecido com a biblioteca secreta do filme “O Nome da Rosa”? O diretor de efeitos especiais optaria pelo já manjado recurso de computação gráfica ou seria mais conservador preferindo cenários naturais? E quanto a Daniel Sempere? Qual ator mirim, Hollywood escolheria para viver o fantástico e carismático personagem de apenas 11 anos que se envolve numa aventura inimaginável, tudo para descobrir o que há por detrás de um misterioso livro escrito por um misterioso escritor.
Mas, novamente infelizmente, essas dúvidas ainda irão durar por muito tempo, pois até agora nenhum estúdio fez menção em filmar a obra prima que incluiu o espanhol Carlos Ruiz Zafon no seleto grupo dos escritores “top line”.
Para aqueles que ainda não tiveram o prazer de ler o livro; resumidamente, “O Nome do Vento”, conta a história de um menino de 11 anos chamado Daniel que vive muito triste por não se lembrar mais do rosto de sua mãe já falecida há algum tempo. Então, seu pai, um conhecido livreiro, resolve dar um presente inusitado a Daniel no dia de seu aniversário: uma visita a um misterioso lugar conhecido por “Cemitério dos Livros Esquecidos”. O lugar é uma biblioteca secreta labiríntica que funciona como depósito de livros que são esquecidos pelo mundo, à espera de alguém que os descubram. O pai de Daniel, pede então que ele escolha um livro e partir de então, o garoto acaba se fascinando com a obra “A Sombra do Vento”, do escritor Julian Carax. Ele fica tão ligado à história do livro que resolve investigar mais à fundo a vida de seu autor. Neste momento, descobre que alguém vem queimando os poucos exemplares da obra que ainda existem espalhados no mundo. É a partir daí que a aventura cheia de reviravoltas e descobertas tem início.
Um livraço! Com aço! Mas, ainda esquecido pelos produtores e diretores hollywoodianos.
03 – A Cabana (William P.Young)
A pergunta calada e que ninguém conseguiu responder até agora: “Como uma obra que vendeu mais de 12 milhões de cópias e se tornou um dos maiores fenômenos do mundo literário, sendo lida e elogiada nos quatro cantos do mundo ainda não se transformou em filme?” Juro que estou tentando encontrar uma resposta lógica para essa pergunta, mas não consegui, pelo menos até agora.
O escritor canadense William P. Young lançou “A Cabana” em 2007 e durante esses quase quatro anos, surgiram muitas especulações de que brevemente o contexto da obra daria origem à um filme. Mas as especulações ficaram somente nas especulações. De concreto mesmo, nada de nada. De vez em quando surge uma notinha na Internet de que a produção do filme foi confirmada; mas tudo não passa de alarme falso.
Para que os leitores desse post tenham uma noção do que estou escrevendo, basta dizer que um ano após o lançamento do livro, ou seja, em 2008, a rede mundial de computadores foi bombardeada com informações de que no início de 2009 estaria estreando nos cinemas de todo o mundo o filme baseado na obra de William P. Young. Então eu pergunto: cadê o filme???
Assim, fica aquela ‘duvidazinha’ cruel: será que um dia teremos a oportunidade de ver e não somente ler a Trindade (Deus, Jesus e o Espírito Santo) reescrita de maneira tão inovadora por Young? Uma Trindade que apesar de fugir completamente dos padrões convencionais, os quais estamos tão acostumados a aceitar, manteve o dom de emocionar tantos leitores, chegando até mesmo a arrancar lágrimas de alguns.
04 – Presa (Michael Crichton)
O pouco caso dos grandes estúdios e também dos produtores com “Presa”, história escrita por Michael Crichton em 2003 é uma das grandes injustiças cometidas com o saudoso escritor.
“Presa” daria um excelente filme de ação e suspense com todos os ingredientes necessários para se transformar num blockbuster. Imagine um grupo de cientistas confinado num laboratório no meio do deserto lutando desesperadamente para conter uma praga mecânica que mata tudo o que toca e que se multiplica em questão de minutos.
Michael Cricton nos transporta para o mundo da nanotecnologia, revelando vários segredos desse ramo da ciência que trabalha com partículas inteligentes.
Li o livro num só fôlego e acredito que assistira o filme grudado na poltrona.
Se você quiser conhecer um pouco mais o contexto dessa obra de Michael Crichton, basta acessar um dos primeiros posts que escrevi neste blog. Nele dou todos os detalhes da obra. Vale à penas conferir!
05 – A Menina que roubava livros
Em janeiro de 2010, quando ainda lutava para ajustar o meu biorritmo após o exagerado (reconheço) réveillon, vi na Net várias notícias de que a Fox Films tinha comprado os direitos do livro de Markus Zusak e que o filme seria lançado na segunda metade daquele ano. Fiquei mais do que exultante com as informações, mas o tempo foi passando e ‘nadica’ de nada. Chegamos em 2011, já estamos perto de 2012 e as notícias sobre o assunto, simplesmente, murcharam; provando que tudo não passou de alarme falso.
O escritor Markus Zusak insere o leitor no mundo de Liesel Meminger, uma garota que entre 1939 e 1943 encontrou a Morte três vezes. Nestas três ocasiões, ela conseguiu sair viva. É a partir daí que passamos a conhecer a vida dessa menina que encantou milhares de leitores em todo o mundo.
Ficamos sabendo que Liesel morava numa área pobre de uma cidadezinha próxima a Munique e ainda criança enfrentou uma série de reveses. Momentos depois de ver o seu irmão morrer no colo da mãe, ela foi abandonada ou deixada (quem leu o livro, entenda como quiser) aos cuidados de um pintor desempregado e de uma dona de casa “casca grossa”. Ao chegar na casa dos novos “pais” ela trazia na mala, um livro chamada “O Manual do Coveiro”, primeiro dos vários livros que passaria a roubar ao longo dos anos. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.
O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas, seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida. A Morte está presente em todos os momentos do livro, afinal de contas, além de ser a narradora da história, ela está num ambiente propício e familiar: a Alemanha da 2ª Guerra Mundial. Um livro profundo, triste e emocionante, mas que ainda não deu filme...
O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas, seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida. A Morte está presente em todos os momentos do livro, afinal de contas, além de ser a narradora da história, ela está num ambiente propício e familiar: a Alemanha da 2ª Guerra Mundial. Um livro profundo, triste e emocionante, mas que ainda não deu filme...
E também o... 06 – O Escaravelho do Diabo
Vejam bem, à princípio esse post deveria reunir apenas cinco nomes de livros que já estariam prontos para seguir os seus caminhos para a tela, cinco injustiçados; mas não poderia deixar de fora uma obra aqui da terrinha, principalmente agora, que o cinema brasileiro está atravessando um momento de ouro e... pasmem, no gênero policial!! Tudo indica que a fase dos dramas e comédias já era (rs). Que o digam as super e elogiadas produções “Tropa de Elite 2” e “Federal – O Filme”. Por isso, abri uma exceção nesse post, para incluir um livro, o qual acredito merecer uma adaptação para os cinemas: “O Escaravelho do Diabo”.
Esta obra da série Vagalume lançada em 1981e escrita por Lúcia Machado de Almeida é considerada por muitos, um clássico da literatura infanto-juvenil.
“O Escaravelho do Diabo” é um livro autenticamente policial onde vários assassinatos rondam a trama.
O enredo se desenrola na cidade de Vista Alegre onde pessoas inocentes acabam sendo vítimas de um serial killer conhecido por “Inseto”. Antes de executá-las, o assassino envia às suas vítimas, um estranho embrulho contendo um escaravelho. Ao receber o inseto, elas já sabem que estão marcadas para morrer, mesmo com toda a proteção policial. As vítimas (homens e mulheres) tem algo em comum: são ruivas, sardentas e com cabelos que lembram a cor de fogo. É neste ponto da história que Alberto, o nosso protagonista entra em ação. Ele é um jovem estudante de medicina que tem o seu irmão como a primeira vítima do “Inseto”.
Com a ajuda de Inspetor Pimentel e do sub-inspetor Silva, Alberto resolve solucionar o mistério, após outros assassinatos se sucederem, além de tentar descobrir qual o motivo do assassinato do irmão.
Será que um enredo desses não daria um excelente filme? Claro que sim! Vamos torcer para que os nossos produtores brasileiros pensem da mesma maneira.
17 comentários
Faltou Fortaleza Digital "Dan Brown".
ResponderExcluirO simbolo perdido "Dan Brown".Vai virar filme ano que vem.
Recomendo "A Mão Esquerda de Deus", é parte de uma triologia que não da pra parar de ler! Eu pelo menos não to conseguindo. =)
ResponderExcluirOlá K.T e Cláudio, Tdo na Paz?
ResponderExcluirAinda não tive a oportunidade de ler "Fortaleza Digital", por isso, não inclui na minha lista; mas os comentários que vi até agora são dos mais favoráveis, o que leva a crer que baseado nessas opiniões, poderia, sim, se transformar num bom filme.
Qto a "Mão Esquerda de Deus", não conheço. Depois de seu comentário, Cláudio, fui procurar algum resumo do enredo na Net e achei bem interessante. Com certeza vou colocar essa obra em minha lista de leitura.
Obrigado pela particição no psot!
Gostei de "A Cura da Morte", de Luiz Bonow: http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=&idProduto=458. Daria um tremendo filme.
ResponderExcluirA resposta lógica que vc busca é bem simples, mas como não gostamos de coisas simples rejeitamos... a resposta é a seguinte: o autor não quiz ver sua obra denegrida pela indústria cinematográfica que adapta o livroa seu bel prazer e modifica e muito a história original. Muitos autores não permitem q suas obras virem filmes por esta simples razão. Veja como exemplo o código da vince que até o final ficou diferente, eu simplesmente repudiei o filme e adoro o livro que já li algumas vezes. Existem casos que realmente deveriam ficar apenas nos livros.
ResponderExcluir"A Batalha do Apocalipse" tbm seria um ótimo filme.
ResponderExcluirAcho que o livro "A Mão Esquerda De Deus" foi o que deu origem a série Dexter - que eu simplesmente amo. E já pensei em adaptar "O Escaravelho Do Diabo", mas e mformato de série... Realmente é um ótimo livro.
ResponderExcluirSendo livro e cinema mídias diferentes nem sempre vale a pena arriscar. Um ótimo exemplo disso é Stephen King, em seus livros ele é esplendido, já nas adaptações para o cinema suas historias ficam no minimo estranhas como foi o caso de O Nevoeiro(The Mist).
ResponderExcluirSem falar que as vezes os roteiristas estragam tudo, uma cena épica no livro se transforma em mais uma simples cena na telona, ou ainda pior quando o ator ou atriz destrói o personagem do livro e cria algo completamente fora do contexto.
Poucos conseguem adaptar bem os livros. Em sua maioria os livros ao serem adaptados perdem muito conteúdo e essência.
Li as Crônicas Saxônicas de Cornwell(esperando ele lançar o sexto livro) e estou lendo O Rei do Inverno, são ótimos, mas acho muito difícil que alguém fizesse jus a esses livros numa adaptação.
Abraço "Jam"! Tudo de Bom!
O Silêncio dos Inocentes.
ResponderExcluirAbraço.
regthorpe.blogspot.com
a presa de Michael Crichton vai estrear nos cinemas este ano
ResponderExcluire concordo com o amigo ROMA a culpa é desses produtores que pegam um livro incrivel e transformam em um filme horendo.
E o livro que seria maravilhoso se adaptasse seria o cinema seria o OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA de J. J. Benítez e O REVERSO DA MEDALHA de Sidney Sheldon
Olá Heleitura..
ResponderExcluir"Presa" do Crichton, adaptado para os cinemas?! Nossa! Que notícia maravilhosa. Juro que não sabia. Com relação à "Cavalo de Tróia", concordo; acho que daria uma série legal... e lucrativa, é claro (rs).
Abcs!
A Também faltou os livros de Harlan Coben menos o livro Não conte a ninguem do mesmo autor que foi adaptado em uma produção francesa.
ResponderExcluirAbcs!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo muito com vc, Jam!
ResponderExcluirTerminei de ler As Cronicas de Artur e fico imaginando que filme maravilhoso poderíamos ter.. penso q poderia ser feito um filme épico, e lembro logo do Senhor dos Anéis, q apesar de haver diferenças no enredo do filme e do livro, ambos são fantásticos! Será q algum dia vamos ter um filme assim?
Olha Murilo, eu venho sonhando há tempos com um filme baseado na trilogia arturiana idealizada por Cornwell, mas infelizmente até o presente momento... nada de nada. Realmente uma pena. Concordo c/vc com relação a possibilidade de um filme épico. Aliás, acho que só teria de ser um filme épico.
ResponderExcluirComo acabou de ler "As Crônicas de Artur", gostaria de lhe recomendar uma outra trilogia espetacular de Cornwell, tão boa quanto Artur. Trata-se de "A Busca do Graal" composta pelos livros: "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege"... Vale à pena!
Obrigado pela visita e um forte abraço!
Os livros de Cornwel precisavam MESMO ir parar nas telonas! Mas, como você diz, ainda vamos esperar muito...
ResponderExcluirhttp://www.marvincode.blogspot.com
Pois é Marvin... mas como esperança é a última que morre, vamos torcer para que apareça brevemente uma alma caridosa e leve alguma 'coisa' de Cornwell para a telona. Vou torcer pelas Crônicas de Artur...
ExcluirAbcs!