Você já tentou escrever algo que exija o mínimo de
raciocínio após um jantar faustuoso? Não? Pois bem, eu te lanço o desafio e
aposto o que quiser que você não conseguirá fazer as suas idéias fluirem além
de algumas quatro ou cinco linhas. Agora se você for daquelas pessoas mais
teimosas do que um jumento e tentar espremer o seu cérebro ao máximo para que
ele ‘vomite’ alguns lampejos racionais, com certeza o seu texto sairá uma m...
Pois é cara... é dessa maneira que estou me sentindo, enquanto ‘tento’ escrever
esse post.
Sei que estou bancando um quadrúpede teimoso e que
nesse momento deveria estar fazendo aquele ‘quilo’ gostoso em meu quarto,
assistindo um filme ou simplesmente dando uma cochilada e divagando com as
coisas boas da vida, mas o caso é que já pretendia escrever sobre esse assunto
na semana passada, só que fui enrolando, enrolando e quando cai na real,
percebi que se demorasse um pouco mais, o tema acabaria perdendo a sua atualidade.
Portanto, mesmo com o meu cérebro estando em marcha lenta decidi enfrentar a
moooleza e a preeeguiça mental e encarar o texto.
Então vamos ao que interessa, antes que eu desmaie
ou então comece a escrever coisas sem nexo como já fiz há alguns anos e quase
perdi o emprego. Ah! Que dia aquele! Era freelancer de um jornal na época e
tinha que entregar uma matéria no dia seguinte. Ocorre que havia acabado de jantar
uma saborosa feijoada e depois fui para frente da máquina de escrever. Ehehehe,
ainda estava no tempo das laudas e da famosa Remington. Fui teclando, teclando
e quando vi havia escrito um monte de bobagens sem nenhum nexo. Percebi que estava dormindo e teclando ao
mesmo tempo!! Xinguei – sem saber – até o prefeito daquela época! Depois,
cheguei a conclusão de que o sono tem o poder de liberar o nosso verdadeiro eu,
ou seja, fazer com que coloquemos prá fora o que guardamos tão reprimidamente
há sete chaves em nossas almas. Bem, resumindo: corrigi o texto, mas acabou
escapando algumas cositas e então já viu né.... O meu editor montou no lombo e
meteu a espora! Me senti numa arena de rodeio, só que eu era... o animal.
Tá vendo! Já comecei a divagar e fugir do assunto!
Efeito do cérebro em marcha lenta. Por isso, vamos logo ao tema desse post,
antes que eu repita o que ‘aprontei’ com o meu antigo editor.
O motivo de estar aqui, nesse exato momento,
brigando - na base dos socos e ponta-pés – com Morfeu é um livro que será
lançado, logo de cara, em 20 idiomas!!! Trata-se de “A Infância de Jesus”, novo
livro de Joseph Ratzinger, mais conhecido como Papa Bento XVI.
Porque o meu interesse pelo livro? Bem, depois que
li “Médicos de Homens e de Almas”, de Taylor Caldwell, me apaixonei pelo lado
secreto da vida de Jesus. Quando digo o lado secreto, estou me referindo aos
fatos que não são mostrados nos Evangelhos. Após ler a obra de Caldwell que foi
baseada na vida do apóstolo Lucano ou São Lucas, passei a conhecer, em
detalhes, passagens que não estavam descritas na Bíblia ou então, a descrição
completa e em profusão de detalhes de trechos que nas escrituras sagradas são
mostrados em poucas linhas. E qual leitor não gostaria de conhecer um pouco
mais sobre esse período ‘secreto’ da vida de Cristo, narrado sem sofismas? E
segundo a maioria dos críticos literários, “A Infância de Jesus” promete isso.
Para se ter uma idéia, logo no início, Bento XVI já
desmistifica detalhes importantes do presépio da Sagrada Família de Nazareth,
um dos ícones do Natal. No livro, o Papa diz que Jesus nasceu em
Belém em uma época determinada, mas que, no Evangelho, não se fala de um boi e
um jumento no presépio. Logo, eles não fizeram parte daquele importante
momento.
No texto, o pontífice também contesta São Agostinho, que afirmou que a
Virgem Maria teria feito um voto de castidade e teria se comprometido com José
para que a protegesse, afirmando que essa reconstrução “está fora do mundo
judeu do tempo de Jesus”.
“É certo que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo e
nasceu da santa Virgem Maria?. Sim, sem reservas”, afirma o Pontífice, para
quem há dois pontos na história de Jesus nas quais a ação de Deus intervém
diretamente no mundo material: “O parto de Nossa Senhora e a Ressurreição no
Sepulcro “.
Bento XVI ressalta que se a Deus só fosse permitido agir na esfera
espiritual, e não na material, “então não seria Deus”, mas que sim, Deus “tem
esse poder e, com a concepção e a ressurreição de Jesus Cristo, inaugurou uma
nova criação”.
O livro
aborda os chamados ‘evangelhos de infância’, sobre os primeiros anos de vida de
Jesus, sem ressalvas, dando aos leitores um panorama completo e sem “cortinas
de fumaça” sobre esse período bíblico tão importante.
O livro é o terceiro de uma série, sendo que o
primeiro volume “Jesus de Nazareth” foi publicado em 2007 e dedicado ao começo
da vida pública de Jesus. Quanto a segunda parte da obra, foi lançada em março
de 2011, abordando em suas páginas, o momento que precederam a morte de Jesus e
a sua ressurreição.
Conheci Joseph Ratzinger – por meio de reportagens,
artigos e entrevistas publicadas nas redes sociais – e posso afirmar com convicção
que o atual Papa é um dos teólogos mais respeitados da atualidade com defesas
de tese de doutorados nas principais universidades da Alemanha e Estados Unidos.
Ratzinger pode ser considerado também um
dos papas mais estudiosos da Santa Sé o que credencia ainda mais os seus
livros.
Após uma ampla pesquisa em diversos sites prós e
contra o Papa – que fiz ao longo de uma semana, mais ou menos – entendi que não
há como negar a sua sinceridade’. O que ele pensa, ele sustenta, mesmo que o
mundo caia em suas costas. Sei lá, é um fardo – digamos, assim – que o cardeal
alemão, hoje Papa faz questão de carregar.
Penso com os meus botões, ou melhor, penso com o meu
travesseiro e a minha caminha macia e aconchegante, aos quais já estou louco
para me entregar de corpo e alma, que se Ratzinger transferiu toda essa sinceridade
- que é a sua marca registrada - para a “A Infância de Jesus”, teremos uma
obra, pelo menos, bem próxima da realidade, retratando com honestidade e sem
aquelas viagens ‘zens’, a vida de Jesus.
A prova dessa seriedade do papa é que ele faz
questão de ressaltar em seu novo livro que os judeus não foram culpados pela
morte de Cristo e que isso ocorreu por um conjunto de fatos. Ratzinger afirma
ainda – com muita coragem, faço questão de frisar – de que a igreja atual
parece um navio em naufrágio, mas mesmo assim, Jesus sempre está à seu lado.
Por isso meus amigos, esqueçam aquelas viagens
amalucadas do ‘grande’ Benitez em suas ‘Operações Cavalos de Tróia” e leia algo
mais realista.
E chega! Porque já estou roncando acordado. Vou
fazer uma revisão rápida do texto e postá-lo. Por isso mesmo, me perdoem pelos
erros que, por ventura, surgirem... culpa de Morfeu. (rs)
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