Por causa de uma crise hemorroidal intensa que durou dias acabei ficando um pouco relapso com o Blog e apesar de ter assuntos para postagens, estava totalmente fora de cogitação “sentar-me” na frente de um computer para publicá-los (rsss). Que dureza e que dooorrr!! Por causa disso, o ânimo fugia, mas agora, graças a um pseudo alívio, estou de volta. Mas chega de enrolação e de desculpas hemorroidárias e vamos ao assunto do post de hoje!
A constelação, ou melhor, a via láctea de livros que foram adaptados para o cinema é incomensurável. São muitos e muitos. Não sei onde li, certa vez, que de cada dez livros lançados no mercado, mais da metade são transformados em filmes, o que deixa evidente a importância da industria literária para a sobrevivência das engrenagens de Hollywood, considerada a “Meca” da sétima arte.
Mas agora me respondam uma coisinha. E quanto as séries ou minisséries de TV? Será que temos muitas obras literárias adaptadas para esse fim? Aqueles que responderam um sonoro “não”, sinto informar que se enganaram redondamente. À exemplo do cinema, a televisão encontrou nos livros uma fonte de inspiração para muitas de suas produções, incluindo mini-séries e até novelas. Que o diga a Rede Globo de Televisão que já adaptou para o horário das 18 horas, ao longo de sua história, vários livros de autores brasileiros que se tornaram sucesso absoluto. Quem não se lembra de “Escrava Isaura” (Bernardo Guimarães), “Sinhá Moça”(Maria Dezonne Pacheco Fernandes), “Senhora” (José de Alencar), e “A Moreninha” (Joaquim Manuel de Macedo), entre muitos outros.
Para que vocês tenham uma idéia da quantidade de livros que foram transformados em séries e minisséries de televisão, basta citar que a minha intenção inicial era selecionar cinco livros para esse post, mas devido a abundância de adaptações, acabei passando para dez. Estava quase aumentando para doze livros, mas então, resolvi parar por aí, pois se não controlasse o meu ímpeto, acabaria dividindo esse post em duas partes.
Mas vamos ao que interessa: os dez romances de autores nacionais e internacionais que foram adaptados para a tela pequena, dando assim, origem à séries e mini-séries famosas.
01 – Decadência (Dias Gomes)
Vou começar por um livro, o qual jamais imaginava que havia dado origem a uma minissérie de TV. Aliás, uma das poucas minisséries que conseguiu me prender até o último capítulo. Lembro como se fosse hoje: Há 17 anos, quando estava fazendo um curso de especialização em outra cidade, cheguei ao ponto de dispensar o ônibus de transporte de estudantes, o qual já havia pago antecipadamente; para viajar com o meu carro. Fazia isso, somente para chegar a tempo de não perder os capítulos dessa polêmica minissérie global. No final, não me arrependi nenhum um pouquinho de ter gasto uma quantia considerável de “money” em vários litros de gasolina. “Decadência” valeu cada centavo.
A Mini-série adaptada pelo próprio Dias Gomes, também autor do livro, foi exibida as 22H30 na Globo e causou muita polêmica em 1995. O autor conta a história de uma conservadora e outrora poderosa família carioca, os Tavares Branco, no período que vai de 1984 a 1992. Passando pela morte de Tancredo Neves, a eleição e o impeachment de Fernando Collor, os Tavares Branco vão falindo e deixando transparecer seus problemas familiares e financeiros. Antes da falência, ainda em seus tempos de glória, o juristaTavares Branco acaba aceitando o pedido de um padre para criar um menino orfão, Mariel, que fica sob os cuidados de uma criada, Jandira. Mariel cresce e se torna motorista da família, mas acaba por se envolver com Carla, a caçula da casa, e é expulso da mansão acusado de estupro.
O tempo passa e Mariel reencontra Jandira, que sempre nutriu um amor pelo ex-motorista. Ela o leva a um culto numa igreja-pentecostal, e Mariel encontra na igreja a salvação para seus problemas. Cinco anos mais tarde, ele se torna milionário após fundar sua própria igreja, o Templo da Divina Chama, enquanto seus antigos patrões empobrecem. Mas os mesmos sentimentos do passado continuam a ligar a nova vida de Mariel ao universo dos Tavares Branco: a paixão por Carla e o desejo de vingança.
Édson Celulari na "pele" do personagem Mariel |
Quando foi exibida na TV, “Decadência” causou uma grande polêmica por causa das pregações religiosas do personagem Mariel, vivido pelo ator Édson Celulari. Em vários capítulos, ele chegava a citar frases que eram verdadeiros chavões ditos pelo bispo Edir Macedo, líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus. A minissérie tirou do sério o bispo da Universal que só faltou arrancar os seus poucos fios de cabelo. Vale lembrar que na época de sua exibição, a Rede Globo estava em "pé de guerra" com a Igreja Universal do Reino de Deus, tendo exibido várias reportagens contra Edir Macedo semanas antes da estréia da minissérie. O bispo considerou as cenas que foram levadas ao ar uma provocação e uma blasfêmia à fé evangélica. Como "resposta", a emissora de Macedo, a Rede Record, exibiu, durante a primeira semana de exibição de Decadência, o filme “Os Meninos de São Francisco”, que contava a história de garotos, vítimas de padres pedófilos num orfanato mantido pela Igreja Católica no Canadá. Cara! O bicho pegou!
Enquanto escrevia esse post, aproveitei para comprar, on line, o livro de Dias Gomes. Como vi a minissérie e gostei, resolvi também incluir o livro em minha lista de leitura. Ah! Antes que me esqueça: Decadência teve 12 capítulos.
02 – Dexter (Jeff Lindsay)
Quem vê na televisão esse serial killer às avessas que só elimina outros serial-killers, não faz a mínima idéia que ele saiu das páginas de um livro. O Dexter Morgan da TV não foi criado, mas adaptado. O seu ‘pai literário’ é o escritor americano Jeff Lindsay casado com a sobrinha do lendário Ernest Hemingway.
Até agora foram lançados seis livros sobre o personagem: “Dexter – A Mão Esquerda de Deus” (2004), “Querido e Devotado Dexter” (2005), “Dexter no Escuro” (2007), “Dexter – Design de Um Assassino (2009), “Dexter é Delicioso” (2010) e “Double Dexter” (2011); este último ainda não lançado no Brasil.
O personagem criado por Lindsay é muito interessante e foge completamente dos padrões convencionais, o que explica o sucesso de seus livros e principalmente da série de TV que já ganhou inúmeros prêmios. A grande sacada do escritor foi dar ao seu personagem a consciência de que ele realmente é um serial killer. Desde criança, Dexter sabe que gosta de matar e sente prazer nisso, o que fica bem evidente quando alguns animais começaram a aparecer mortos no bairro onde ele morava com o seu pai adotivo, um sargento da polícia.
Ao perceber que o pequeno Dex é um psicopata com um instinto assassino, o seu pai procura direcionar essa força matadora e letal para pessoas que realmente mereçam, ou seja, assassinos cruéis e perigosos que de uma forma ou de outra conseguiram escapar das ‘garras’ da Justiça. Ele ensina Dexter a ser dissimulado com extrema perfeição, capaz de levar uma vida normal, se relacionando com a sociedade, mesmo sendo um perigoso serial-killer. Dexter passa a trabalhar na própria polícia – graças ao prestígio de seu pai – como analista forense, mas a noite ele se transforma no perigoso serial-killer que sai em busca de suas vítimas: outros matadores em série, mas “do mal”.
Michael C. Hall, o intérprete do serial-killer Dexter na TV |
São muitas as diferenças do Dexter dos livros para o Dexter da TV, a principal delas é que nos romances escritos por Lindsey, a história é narrada em 1ª pessoa; esclarecendo: é o próprio Dex que conta a sua vida. Dessa maneira, aprendemos a conhecer o personagem bem mais a fundo, já que a narrativa intimista é focada inteiramente nele. Isto faz com que os outros personagens apareçam pouco nos livros, o que já não acontece na TV, onde o espaço dedicado à eles é bem maior.
A primeira temporada de Dexter seguiu fielmente o enredo do livro “Dexter – A Mão Esquerda de Deus”; a segunda temporada de TV, apesar de ter utilizado uma boa parte do enredo do livro “Querido e Devotado Dexter”, muita coisa foi modificada ou ficou para atrás. Quanto aos outros livros que fecham a saga de Dex, o enredo das histórias não tem nada a ver com a famosa série de TV. Apesar da série televisiva ser de primeira linha, achei os dois primeiros livros (ainda não li o restante da coleção) bem melhores.
03 – Gossip Girl (Cecily Von Ziegesar)
Antes de tudo, deixe-me explicar que ainda não li os livros e só assisti uns 10 minutos da série. E com certeza não irei ler e nem continuar assistindo. Ao preparar esse post, enquanto pesquisava alguns livros que tiveram seus enredos transformados em séries de TV, topei com uma coletânea de 13 livros!! Isso mesmo, 13 livros sobre o mesmo tema! Ao ler a sinopse da história me lembrei da série de TV Gossip Girl.
Numa segunda-feira braba ao chegar em casa de madrugada comecei a zapear os canais de TV aberta e me deparei com a referida série. Não gostei e juro que tentei assistir até o final, por falta de outras opções, (na época ainda não tinha à disposição parabólica e programas de canais fechados) mas não deu.
Achei sem sal a história de um grupo de patricinhas e playboys que estudam numa escola para milionários. Cara! Da cabeça desse grupinho só sai assuntos de festas, compras e glamour! Coisas do tipo: “com que roupa vou naquela festa” ou “com quem é que fulano ou fulana está saindo” e por aí afora. Todas essas trivialidades narradas por uma blogueira fofoqueira.
Mas com certeza muitas pessoas devem gostar dessa série de TV, conseguindo ficar acordadas até altas horas da ‘madruga’ para acompanhar as histórias da nossa blogueira. Se você se enquadra nessa categoria sugiro a leitura dos 13 volumes da obra literária de Cecily Von Ziegesar nos quais foi baseada a série de TV. Você vai encontrá-los facilmente em qualquer livraria.
04 – Diários doVampiro (L.S. Smith)
Se vi apenas um pedaço de “Gossip Girl na TV e... não gostei, com relação à “Diários doVampiro” não vi e não li absolutamente nada. Juro que na época em que lançaram o primeiro volume da saga de L.S. Smith fiquei seduzido em adquiri-lo, mas então foram surgindo outras opções literárias bem mais atrativas – pelo menos, para mim - e assim acabei perdendo o ‘tesão’ de ler a obra de Smith. Quanto a série, que teve a primeira temporada exibida pelo SBT, alguns amigos assistiram e me disseram que gostaram, mas como não vi, prefiro me abster de opinar. O que sei é que – por enquanto – a saga de L.S. Smith está em seu quarto volume. Quanto a série, apesar da ‘arte’ estar no site do SBT – e por sinal, uma arte muito bonita – não consegui encontrar o seu nome na grade de programação da emissora, a não ser que tenha me distraído.
A série teve início em 2009 e já está em sua terceira temporada. A história vampiresca teen estreou na terra do ‘Tio Sam’ pela emissora The CW e o episódio piloto teve a maior audiência já registrada por aquele canal de TV desde 2006. Acredita-se que mais de 3,60 milhões de telespectadores assistiram a primeira temporada. A série recebeu indicações para vários prêmios, inclusive o cobiçado People’s Choice Awards.
Elenco da série "Diários doVampiro" |
Penso que por tudo isso, de um modo geral, “Diários do Vampiro” seja melhor do que “Gossip Girl”.
É importante frisar que o livro que deu origem à série de televisão foi “O Despertar”, correspondente ao 1º volume. L.S. Smith conta a saga dos irmãos e inimigos mortais Damon e Stefan Salvatore. Eles são assombrados por um passado trágico. Vivendo nas sombras desde a Renascença italiana, eles estão condenados a uma vida solitária, já que são vampiros. Para complicar ainda mais situação, eles acabam se apaixonando pela mesma mulher. A partir daí já dá para imaginar o que acontece...
05 – Incidente em Antares (Érico Veríssimo)
Tanto a série global, dirigida por Paulo José, quanto o livro de Érico Veríssimo marcaram muito a minha vida. Quando assisti a minissérie na TV – era exibida sempre após a novela das oito ou das nove, sei lá, já que nunca começa no horário certo – já tinha lido o livro de Veríssimo. Como me encantei com a história, fiquei eufórico quando soube que as suas páginas seriam adaptadas para a telinha, tendo ainda a talentosa Fernanda Montenegro – a 1ª Dama da televisão brasileira – num dos papéis principais. Não perdi nenhum dos 12 capítulos de Incidente em Antares. Minissérie e livro são fantásticos!
O livro é um romance, portanto uma história de ficção, no estilo modernista, mas Veríssimo utilizou um truque de linguagem muito inteligente onde simula transcrições de falsos autores, entre os quais um padre e um jornalista gaúcho. Em determinado ponto do enredo, esses personagens se tornam narradores, jurando que viveram a experiência fantástica contada pelo autor que teria acontecido na fictícia cidade gaúcha de Antares.
A obra de Veríssimo é dividida em duas partes. Na primeira, o autor nos apresenta duas famílias gaúchas rivais: os Campolargo e os Vacariano. Mediante o surgimento de uma “ameaça comunista”, as duas famílias resolvem se unir. A tal da ameaça comunista nada mais é do que o crescimento da classe operária que se une e começa a exigir os seus direitos. Dentro desse clima Veríssimo simula a transcrição de trechos de jornais dando a entender que os fatos fictícios realmente aconteceram.
O “Incidente” do título da obra se refere a segunda parte do romance quando os coveiros de Antares decidem entrar em greve por melhores salários e condições de serviço. E no exato momento em que deflagram a greve o que é que acontece?? Simplesmente, morrem sete pessoas, incluindo a matriarca dos Campolargo. Os coveiros se negam a fazer o enterro e se aproveitam da situação para pressionar os seus patrões.
Fernanda Montenegro como Quitéria Campolargo |
Comandados pela matriarca dos Campolargo, Dona Quitéria, os cadáveres arquitetam um plano para conseguir seus enterros. É claro que não vou contar para não estragar a surpresa daqueles que pretendem ler o livro ou rever a série.
Com relação minissérie que passou na Globo, há 18 anos, basta dizer que Fernanda Montenegro estava impagável como Dona Quitéria Campolargo.
06 – Sex and the City (Candace Bushnell)
Livro de Candace Bushnell |
Muitas pessoas podem achar que por causa do nome; livro, série e filmes banalizam o sexo. Nada disso; apesar de haver cenas picantes de sexo, o tema é abordado com muita seriedade, evitando a sua banalização.
Layout promocional da série de TV |
O enredo criado por Candace Bushnell não se restringe somente as questões sexuais; é muito mais amplo: a valorização da mulher na sociedade; os relacionamentos desgastados; o direito da mulher sonhar alto, vivendo o seu conto de fadas numa sociedade globalizada e capitalista sem ser ridicularizada; a prova de que conflitos sérios e complicados ocorrem nas melhores “amizades solidas”, colocando em prova o valor e a estrutura dessa amizade. Enfim, “Sexy and the City” é uma miscelânea de temas contemporâneos do nosso dia a dia, tratados numa abordagem franca e aberta. As alegrias das conquistas e as tristezas das derrotas e conflitos são vividos por quatro mulheres que se tornam amigas inseparáveis, todas elas na faixa etária dos 30 aos 40 anos.
No Brasil, a série foi transmitida pelos canais Multishow (onde ganhou uma versão mais light), 21, Fox, Bandeirantes e Record. A série teve seis temporadas e terminou em 2004. “Sex and the City – O Filme”, com Sarah Jessica Parker só sairia quatros depois, em 2008. Já o livro de Bushnell, está a disposição do leitor em qualquer livraria que se preze.
07 – Auto da Compadecida (Ariano Suassuna)
Chicró (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Natchergaele) |
“Auto da Compadecida” foi uma peça de teatro escrita pelo autor nordestino, Ariano Vilar Suassuna e encenada pela primeira vez em 1955 em Recife. A peça fez tanto sucesso que o seu autor resolveu publicar os seus três atos dois anos depois. Após ser transformada em livro, “Auto da Compadecida” não parou de ganhar novas edições ao longo dos anos, demonstrando que havia caído no gosto popular. Uma nova encenação da peça viria acontecer em 1974.
Livro e peça de teatro tornaram Suassuna famoso em todo território nacional e até mesmo em outros países.
Em 1999, a Globo transformaria os três atos da peça - publicados no livro - em uma minissérie de estrondoso sucesso. É importante esclarecer que a peça teatral que originou o livro se chama “Auto da Compadecida”, enquanto a minissérie recebeu o nome de “O Auto da Compadecida”, ganhando o acréscimo do artigo “O”, antes do nome original. Bom, depois do sucesso no teatro e na televisão, só restava “Auto da Compadecida” conquistar a tela grande. E foi o que aconteceu no ano 2000 com o filme homônimo.
Autor de "Auto da Compadecida": Ariano Suassuna |
Os personagens criados por Suassuna invadiram o imaginário popular e conquistaram a preferência dos brasileiros. Quem não se lembra de João Grilo, Chicró e Padre João, entre outros. Suassuna criou personagens alegóricos, ou seja, não individuais, mas que representam certos tipos marcantes existentes em qualquer sociedade ou comunidade por esse Brasilzão afora. O protagonista João Grilo é o sujeito pobre e franzino, mas de uma astúcia sem limites. Ele usa a sua condição social como desculpa por suas traquinagens e golpes.
Livro "Auto da Compadecida" |
Quantos tipos assim não existem em nossa sociedade? Chicró representa o mentiroso; Padre João, o mau sacerdote que só se preocupa em juntar dinheiro para a sua aposentadoria; o Sacristão, é outro exemplo de mau religioso; o Bispo, juntamente com Padre João e o Sacerdote ajudarão a compor o quadro representativo de uma igreja corrompida pelos homens; Antônio Moraes é o típico senhor de terras truculento que faz de tudo para possuir novas propriedades, numa alegoria aos maus ruralistas e latifundiários espalhados pelo Brasil; Frade, representa o bom sacerdorte, compondo o outro lado da igreja composta por bons religiosos; e por aí afora.
O “lance” do ‘gato que discome dinheiro’ criado pela dupla de golpistas – João Grilo e Chicró para enganar a mulher do padeiro foi antológica no seriado de TV. Dei muitas gargalhadas com o gato que evacuava moedas. Não entendi porque essa passagem foi, inexplicavelmente, cortada do filme exibido nos cinemas em 2000.
O livro Auto da Compadecida e a série de TV juntamente com o filme “O”Auto da Compadecida é um retrato fiel da nossa sociedade. Vale a pena ler e assistir.
08 – Os Pilares da Terra (Ken Follet)
DVD's da minissérie de TV |
A criação de Ken Follet fez tanto sucesso que os seus direito de exibição foram adquiridos pelos irmãos Ridley e Tony Scott. Com certeza, vocês conhecem o gênio Ridley Scott; quanto a seu irmão não fica para trás. Eles fizeram uma adaptação perfeita das páginas para a TV, mudando muito pouco o enredo criado por Follet em seu romance. No Brasil, esta minissérie de oito capítulos passou na Band que saiu na frente das outras emissoras e acabou adquirindo os direitos de exibição.
Obra literária de Ken Follet em dois volumes |
“Os Pilares da Terra” ‘fala’ sobre a construção de uma catedral no século XII. Follet nos conta sobre o sonho ambicioso do personagem Tom Construtor: construir uma catedral majestosa e imponente, digna de tocar os céus. Um verdadeiro símbolo de adoração a Deus. Mas essa tarefa não será nada fácil, e o motivo para isso está longe de ser a falta de técnicas modernas ou tecnologias revolucionárias. A verdade é que, na Idade Média, uma (aparentemente) simples construção pode causar todo tipo de conflitos. Conflitos políticos envolvendo o clero, reis poderosos e mulheres perigosas acabam se mesclando nesta obra literária, com Tom ficando no centro de tudo isso. Para ele, o que importa é construir a catedral dos seus sonhos, mas muitos obstáculos surgirão em seu caminho. A epopéia da construção da catedral ultrapassa várias gerações do humilde pedreiro e mestre de obras. Filhos, netos e bisnetos acabam se envolvendo no sonho de Tom.
Agora a boa notícia: os dois volumes de “Os Pilares da Terra”, você encontra facilmente em qualquer livraria, on line ou não; quanto a minissérie de oito capítulos foi lançada também em Dvds.
09 – O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo)
Esta minissérie de 25 capítulos exibida pela Rede Globo de Televisão em 1985 e que contou com um elenco estelar foi baseada na obra prima de Érico Veríssimo. Ihhh!! Olha ele aí de novo!! (rs). “O Tempo e o Vento” é considerada por muitas pessoas como a obra literária definitiva sobre o Rio Grande do Sul. E vou mais além, inúmeros críticos consideram-na a mais importante já escrita sobre aquele Estado, um dos mais importantes do País.
O romance de Veríssimo é dividido em três partes: O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962). Resumindo: o livro é a história fiel da formação do estado gaúcho, no período de 1680 a 1945. O autor fala da formação do Estado gaúcho em seus primórdios, da sua urbanização e dos conflitos políticos. Tudo isso, através das sagas das famílias Terra e Cambará.
Lembro que demorei quase um ano para ler a “trilogia” de sete livros de “O Tempo e o Vento”. Mas a obra foi tão marcante que apesar de ter lido em minha adolescência, mesmo tendo decorrido vários anos, ainda me lembro da saga das duas famílias gaúchas.
Tarcísio Meira como Rodrigo Cambará |
A curiosidade é que Érico Veríssimo demorou 15 anos para concluir a sua trilogia. Ao escrever “O Retrato” ele já estava com a saúde bem debilitada por causa de um ataque cardíaco, mas mesmo assim, conseguiu concluir a sua obra máxima.
Quanto a minissérie baseada em sete livros, arrebanhou uma das maiores audiências da Globo no horário. Acredito que “O Tempo e o Vento”, talvez seja uma das minisséries de maior sucesso da emissora. Ela nos brindou com personagens marcantes que até hoje fazem parte da cultura popular. Ou será que você não se recorda do “Capitão Rodrigo”, vivido pela ‘fera’ Tarcísio Meira; Ana Terra (Glória Pires); Padre Lara, pelo saudoso Mario Lago; Coronel Bento Amaral (José Lewgoy); General Rafael Pinto Bandeira, pelo imbatível Lima Duarte. Bem, é isso aí...
10 – O Círculo Secreto (L.J.Smith)
Taí mais uma trilogia da escritora Lisa Jane Smith, mais conhecida por L.J. Smith. Digo “mais uma”, porque já faz parte desse post os livros da saga “Diários de um Vampiro” que também foram transformados em minissérie. À exemplo de “Diários...” tenho que confessar que também não li os livros e nem assisti a minissérie “O Círculo Secreto”. O que sei é que a minissérie estreou no Brasil – através do canal ‘Warner Channel’ - em novembro de 20011, aproximadamente dois meses após a sua estréia nos Estados Unidos.
L.S. Smith conta na sua série de livros a história de uma adolescente chamada Cassie Blake que após a morte da mãe em um acidente trágico, vai morar com a sua avó numa pequena cidade, onde todos os moradores parecem conhecer detalhes de sua vida. Quando Cassie conhece seus novos amigos, eles explicam que são descendentes de bruxos e que estavam aguardando por ela para completar a nova geração do Círculo Secreto. A série de três livros combina horror, fantasia e romance e explodiu em vendas em todo o mundo o que levou os produtores Kevin Williamson (o mesmo de Diários de um Vampiro) e Andrew Miller a assumir o projeto de adaptação das páginas para a telinha.
Beleza! Por hoje é só!
5 comentários
Muito legal o blog, parabéns! Adorei a matéria, sobretudo porque sou fanático por séries de TV e livros!
ResponderExcluirObrigado Fábio,
ResponderExcluirEu tbém curto muito séries de TV, tanto é que resolvi elaborar esse post.
Abcs e volte sempre!
Adorei o post...adorei vários posts seus...
ResponderExcluirParabéns pelo blog, prazer em conhece-lo!
Abçs
O prazer é meu Dri;
ExcluirQue bom que gostou dos assuntos abordados nesse espaço.
Abcs!
Oiiie
ResponderExcluirAdorei o post!
estava procurando por esse assunto e me deparei com sua pagina!
por acaso voce sabe onde eu encontro algo sobre as primeiras adaptações literárias nacionais? to procurando ha um tempinho e não encontro nada..
Se souber e puder ajudar, ficarei muitooooo grata! =)
meu e-mail:
pamgomide@gmail.com
abraço.