Livros de Stephen King terão remakes no cinema e na tv

22 abril 2011
E os admiradores de Stephen King não negaram fogo; pelo contrário, mandaram ver nos comentários do post “Os 10 Maiores Vilões da Literatura de Terror” e também na análise do livro “Tripulação de Esqueletos”. Fiquei hiper feliz da vida com a participação da galera assumidamente fã do grande mestre do terror, porque à exemplo desse pessoal, eu também gosto muito do cara. Aliás, acho que essa simpatia fica mais do que evidente meu blog, onde já comentei dois livros de King (Tripulação de Esqueletos e A Coisa), além de selecionar três vilões de sua criação e outro de seu filho Joe Hill para galeria dos “10 maiores Vilões da Literatura”.
Apesar dos críticos malharem a maioria das adaptações dos seus livros para as telas, com certeza, Stephen King, é o menos culpado. É triste ver roteiristas e diretores incompetentes transformando o contexto de suas histórias num verdadeiro “samba do crioulo doido”. Só não eximo o escritor de culpa total – por isso, escrevi acima “é o menos culpado” - porque King, certamente tinha noção de quem seria o roteirista que faria a adaptação de seus romances ou contos para a TV ou cinema. Por isso, talvez, ele poderia ter escolhido melhor. Mas quem sou eu para fazer esse tipo de questionamento. Ele deve ter tido os seus motivos.
O importante é que entre tantas tranqueiras criadas, moídas e trituradas por roteiristas e diretores que fariam inveja a Leatherface, ainda surgiram algumas obras primas, poucas, mas surgiram. Entre essas jóias raras podemos citar “It – Uma Obra Prima do Medo”, “O Iluminado”, “Um Sonho de Liberdade”, “A Espera de Um Milagre”, “Conta Comigo” e poucas outras; o que me faz acreditar que a partir do momento que o estúdio responsável pela filmagem contrate uma equipe competente, o resultado nas telas será o mesmo das páginas, ou seja: sucesso!
Falando por mim, fico sempre na expectativa quando vejo ou ouço que uma obra de Stephen King será adaptada para o cinema ou TV. E confesso que é com essa mesma expectativa que estou aguardando a chegada de uma verdadeira enxurrada de trabalhos do mestre do terror moderno no cinema. Pelo jeito, 2011 e 2012 ficarão conhecidos como os anos “The King” (rss). Gente! Serão nada mais, nada menos do que seis adaptações das páginas para as telas. Desse total teremos duas inéditas: “A Torre Negra” e “A Longa Marcha”. Quanto às outras serão todas readaptações de obras que um dia já passaram no cinema ou no conforto da sua sala de TV, mas com uma nova roupagem e o que é fundamental: novos diretores e roteiristas. Evidentemente, os fãs do “Mestre King” estão curiosos para conhecer alguns detalhes dessas obras. Para suprir essa curiosidade – inclusive, a minha – nas horas de folga e madrugadas insones – nesta semana em que não postei nada, passei pesquisando alguma coisa sobre o assunto. E tenho boas novas.
Pelo que eu vi, a grande expectativa da crítica especializada e também do público é com relação ao lançamento de três longas-metragens e duas minisséries de televisão baseados na saga literária “A Torre Negra”. Mas pra ser sincero, a minha expectativa é para o lançamento nas telonas do filme “A Longa Marcha”, baseado num conto raríssimo de King, muito difícil de se encontrar aqui no Brasil.
Mas como a maioria prevalece, vou escrever primeiramente sobre a adaptação da saga “A Torre Negra”, depois despejo no post as informações sobre a “A Longa Marcha” e as demais obras “kingnianas” que estarão aterrissando nos cinemas e na TV neste ano e também nos vindouros.
01 - A Torre Negra
Nas “rodas de literatura” com os amigos,  criei o hábito de dizer que “A Torre Negra” é o “Fausto” de Stephen King. Falo isso de uma maneira descontraída porque Goethe demorou 30 anos para concluir Fausto, considerado o seu maior trabalho e que se tornou uma obra prima aclamada em todo o mundo. King também demorou mais de 30 anos para concluir os sete livros que compõem a saga do pistoleiro Roland e que é considerada pelos seus leitores e pelo próprio escritor como a grande obra prima de toda a sua carreira. E vou mais além, acredito que a crítica especializada (que as vezes fala tanta bobagem sobre as obras de King) é unânime em afirmar que os sete livros da saga são especiais, sem nenhum ponto que mereça crítica. Tipo: a obra perfeita.

Com tantas credenciais seria uma questão de tempo que algum estúdio famoso comprasse os direitos de exibição. E foi o que a Universal fez. Abocanhou toda a história do enigmático pistoleiro que passa toda a sua vida procurando pela Torre Negra e se transforma na última esperança para salvar toda a civilização. O estúdio não deu brecha para que nenhum outro concorrente ficasse com as sobras da “Torre”. A Universal estará produzindo três filmes longas-metragens, além de uma série para a TV baseada na obra. Quer mais? A Torre Negra também será transformada em jogo de videogame que será lançado simultaneamente ao filme.
Javier Bardem que provavelmente estará vivendo
nas telas o pistoleiro Roland
A direção do longa estará à cargo de Ron Howard, sujeito competente que dirigiu o sucesso elogiado pela crítica: “Uma Mente Brilhante”. O ator principal que viverá o pistoleiro Roland também já foi escolhido: Javier Bardem, vencedor de um Oscar pela sua atuação em “Onde os fracos não tem vez”. A Universal garantiu que o primeiro filme baseado no livro “O Pistoleiro” estréia em maio de 2013, enquanto que o primeiro episódio de televisão chegará nos meses posteriores ao filme. Resta saber agora, qual canal de TV estará comprando – ou quem sabe, já comprou – os direitos de exibição na tela pequena.
A “Torre Negra” é a história de Roland, descendente da linhagem dos Eld, os reis do Mundo Médio – uma dimensão ameaçada pela queda da torre que dá nome ao livro. É nesta torre que está o centro de todas as dimensões existentes. Roland, o último pistoleiro deste mundo, é o único que pode impedir a queda da Torre. Ele, juntamente com o seu ka-tet, um grupo de pessoas que o pistoleiro encontra em sua jornada, todos unidos pelo destino.
02 - Dança da Morte

Livro da Editora Objetiva que contém
o texto completo com mais de 900
páginas

Se a Universal adquiriu os direitos de filmagem de “A Torre Negra”, a Warner Bross e a CBS Films não ficaram para trás e conseguiram fechar negócio com os representantes de Stephen King para produzirem o longa “Dança da Morte”. Li o livro no ano início do ano passado. Comprei a edição da Objetiva lançada em 2005 e que correspondente ao texto publicado em 1990, considerado mais completo do que o original escrito em 1978. Quando peguei o livro nas mãos e vi as suas 944 páginas, exclamei: Jesus! Mas depois me lembrei de outro livro: “A Coisa”, com, praticamente, o mesmo número de páginas, o qual se transformou numa de minhas obras preferidas de King. Então, assumi o risco de ler “Dança da Morte” e posso garantir que não me decepcionei. A história que gira em torno de um vírus letal que, acidentalmente, escapa de um laboratório militar e dizima cerca de 80 por cento da população mundial, é muito boa e prende a atenção do leitor que passa a devorar as mais de 900 páginas sem nem mesmo perceber.
O clima de tensão vivido por dois grupos de sobreviventes que optam por seguir caminhos diferentes é “amarrado” com perfeição por Stephen King. Um dos grupos sonha com o vilão Randall Flagg, um homem misterioso e demoníaco e os outros sobreviventes sonham com Mãe Abgail, uma mulher negra que se transforma na grande líder do grupo. A disputa entre os integrantes dos dois bandos é uma preliminar para o enfrentamento entre o bem e o mal, representados na obra por Mãe Abgail e Randall Flagg, respectivamente.
Ainda não há uma previsão para a data de lançamento do filme. O que se sabe é que ele virá; para o deleite dos fãs de King.
03 – Cemitério Maldito
Outro estúdio da pesada decidiu investir nas adaptações ou readapdações das obras de Stephen King para o cinema. A Paramount será responsável pela produção do remake de “Cemitério Maldito” que originalmente foi lançado em 1989 nos cinemas. Na época, a produção faturou US$ 57 milhões nas bilheterias, tendo gasto em seu orçamento apenas US$ 11,5 milhões.
Ainda não li o livro publicado em 1983, mas assisti o filme há 22 anos e ainda hoje me lembro de algumas cenas que me provocaram arrepios. Por exemplo: a cena do gato que é enterrado num cemitério e depois resolve voltar para dar mais um passeio por esse mundo é gelar e regelar a espinha. No filme, uma família que se muda para uma pequena cidade do estado do Maine, nos EUA, e encontra um cemitério de animais próximo de um misterioso sepulcro indígena. A partir daí, coisas estranhas começam a acontecer no local.  O roteiro está sendo escrito por Matthew Greenberg, o mesmo que adaptou um outro conto de King: 1408 que também virou produção cinematográfica.
Olha o gatinho do Cemitério Maldito dando as caras por aqui
Uma curiosidade: Há algum tempo surgiu o comentário de que George Clooney poderia ser um dos protagonistas do remake. Depois, nada mais se falou sobre o assunto. O roteiro de “Cemitério Maldito” teria sido entregue para o estúdio que já estaria se preparando para entrar na fase de testes para escolha do elenco.
04 – A Coisa
O macabro palhaço Pennywise da série de TV, A Coisa,
lançada em 1990
O diabólico Pennywise ou Parcimonioso que me fez ter ojeriza de palhaços também está na lista do festival de remakes de filmes baseados em obras de Stephen King. O filme produzido para TV em 1990, baseado no livro “A Coisa” terá o seu remake desta vez para o cinema. Os comentários de bastidores são os de que a produção será lançada no início de 2012 com status de blockbuster. Confesso que estou curioso para saber quem viverá o palhaço Pennywise no cinema e também quem serão os atores que interpretarão os sete amigos que se unem para enfrentar a diabólica criatura  que tem o poder de se transformar em qualquer coisa que o medo das pessoas permitir; desde uma múmia, um lobisomem, uma aranha gigante ou qualquer outro monstro. Estou louco, também, para saber quem viverá o personagem Richie, que no livro, quando adulto, se torna um comediante bem sucedido. Quando li “A Coisa”, achei Richie o personagem mais rico dos sete amigos. Definitivamente fantástico! Ele tem um senso de único de humor capaz de fazer piadas mesmo quando a situação está crítica, perto de fugir do controle.
05 – Chamas da Vingança
Drew Barrymore
Em 1980, King lançaria o livro “A Incendiária” que quatro anos depois ganharia uma adaptação para o cinema com o nome de “Chamas da Vingança”. Vários fãs do mestre do terror torceram o nariz para o livro e nem chegaram a ler, pois acreditaram que seria uma cópia de “Carrie, A Estranha”, o que não é. O livro não pode ser considerado um dos melhores da carreira de King, mas também não chega a decepcionar. Nele, o escritor conta a história de um casal que foi usado numa experiência secreta quando eram adolescentes. Eles acabam se casando e tendo uma filhinha chamada Charlene (“Charlie”) que herda os genes modificados dos pais, nascendo com o dom da pirocinesia, que significa poder atear fogo em tudo que desejar. Pai, mãe e filha passam a ser perseguidos por uma seita que pretende utilizar os poderes da menina para o mal. Durante a fuga, a mãe de Charlie morre, só restando, assim, o seu pai. Agora, os dois tem que fugir dos criminosos enviados pela seita para capturá-los ou então eliminá-los.
Livro que deu origem ao filme
“Chamas da Vingança” passou nos cinemas em 1984 e trouxe no papel de Charlie, a então atriz mirim com nove anos, Drew Barrymore, que havia encantado um mundo inteiro, há dois anos atrás, como a menina que teve contato com E.T no filme de Steven Spielberg.
O remake de “Chamas da Vingança” vem sendo preparado pela Universal Pictures e o produtor será o conhecido Dino de Laurentis.
06 - A Longa Marcha
Deixei o meu favorito para o final. “A Longa Marcha” é um conto que faz parte da obra “Os Livros de Bachamn” que reúne os quatro primeiros contos escritos por King sob o pseudônimo de Richard Bachman. São eles: “A Fúria”, “A Longa Marcha”, “A Auto-Estrada” e “O Sobrevivente”. Trata-se de um livro raríssimo, pois deixou de ser editado. Além do mais, o escritor pediu para que a editora recolhesse os livros excedentes por causa do conto “A Fúria” que narra a história de um garoto problemático que sai de casa armado, invade uma escola e mantém professores e alunos como reféns. Após os acontecimentos que ocorreram na Europa onde garotos portando rifles dispararam a esmo em várias vítimas, o escritor chamou a sua obra de maldita e pediu que o conto fosse riscado de sua vida, proibindo novas publicações. É por isso, que “Os Livros de Bachman” podem ser considerados uma verdadeira jóia rara. E para deixar, ainda, os fãs chupando os dedos, a edição rara da Francisco Alves, ainda tem uma introdução onde King explica porque adotou o pseudônimo Richard Bachman para escrever algumas de suas obras. E é dessa jóia que teremos mais um conto de Stephen King adaptado para os cinemas: “A Longa Marcha”.
Disse no início do post, que esta é uma das minhas histórias favoritas escritas pelo mestre do terror. Um conto surrealista muito tenso que faz as pessoas roerem as unhas.  Acredito que será possível produzir um filme com baixo orçamento com amplas possibilidades de estourar nas bilheterias. O contexto da história permite isso.
“A Longa Marcha” é o nome de um evento esportivo que consiste numa maratona de resistência de onde participam 100 rapazes. O detalhe macabro: não há chegada. Cada jovem terá de manter uma velocidade média de quatro milhas por hora. Os competidores que reduzirem esse ritmo, passando a correr mais devagar receberão três avisos. No quarto aviso serão eliminados com um tiro de rifle na cabeça. O último competidor que resistir à prova é considerado o vencedor e pode escolher como prêmio o que desejar. Esta competição macabra é transmitida para todo o mundo, atingindo índices de audiência altíssimos.
Os direitos cinematográficos do livro foram adquiridos pelo conhecido diretor Frank Darabont que já dirigiu várias adaptações para o cinema de livros e contos de Stephen King, entre os quais: “O Nevoeiro”,  “Um Sonho de Liberdade” e “A Espera de Um Milagre”. Quer dizer, o cara já provou que é bom e sempre acerta a mão quando dirige filmes baseados em livros do mestre.
Ainda não há uma previsão para o início das filmagens de “A Longa Marcha”, mas que o filme sai das páginas do livro para a telona, sai!!
Com tantos filmes prometidos para estrear no cinema ou na TV fico pensando quanto, Stephen King irá lucra. Com toda a certeza, ele irá encher os bolsos... novamente (rss)

6 comentários

  1. Agora me deu vontade de ler tds os livros do Stephen King.Há uns 4 anos li Buick 8 e achei mt ruim,mas com tantos elogios ñ dá pra ñ dar uma nova chance pro 'The King'. ^^

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  2. Meu amigo, também sou fascinado pelos livros do Stephen King, acho que poucos sabem escrever tão bem como ele. O grande problema de se adaptar a maioria das suas obras é que a maior parte dos livros se passa na mente dos personagens,( que por sinal são únicos e extremamente profundos). Acredito ser esse o motivo das péssimas adaptações. Embora O Nevoeiro e 1408 tenham ficado muito bons, sou meio receoso quanto a adaptações de livros.

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  3. muito bom, queria muito ver uma adaptação de Insonia tambem!

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  4. Sou fã do Stephen King e adoro muitos filmes que são adaptados, mas alguns infelizmente são bem fracos. O ruim que "A Torre Negra" parece uma novela sem fim! Mais de 3 anos esperando o filme e nada.

    Ótimo post, parabéns!

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  5. Olá grindhproject!
    Também sou super fã de King e concordo com vc. A maioria dos filmes adaptados dos livros do mestre foram transformados em bombas homéricas. Culpa desses diretores e produtores medíocres que não tiveram sensibilidade e competência para transpor nas telas o conteúdo "nota 10"dos livros. Qto a torre negra ainda não tive oportunidade ler... mas pretendo
    Abcs!!

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  6. O Cemitério, que originou o filme Cemitério Maldito é, disparado, o melhor livro de King.

    Leialeialeia!!!

    Abraço.

    regthorpe.blogspot.com

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