Mais um livro relido de uma saga maravilhosa: David Martin, Isabella e Fermín dominam o enredo de “O Prisioneiro do Céu”

07 janeiro 2024

Se você segue as postagens do “Livros e Opinião” – aqui, no blog ou nas redes sociais – principalmente aquelas sobre a saga do Cemitério dos Livros Esquecidos sabe o quanto amo os personagens David Martin e Isabella Gispert. Amo tanto que já dediquei vários posts no Blog, Instagram, Facebook e Twitter para eles. Por isso, quando a Suma de Letras lançou, há 12 anos, O Prisioneiro do Céu considerado a sequência do megassucesso A Sombra do Vento (ver aqui e aqui), acredito que fui um dos primeiros a adquirir o livro, ainda em sua fase de pré-venda.

Se em A Sombra do Vento, o personagem Julián Carax é o foco da história, em O Jogo do Anjo (aqui e mais aqui) e O Prisioneiro do Céu, David Martin e Isabella Gispert tem todos os holofotes direcionados à eles. Para que vocês entendam o poder do carisma desses dois personagens, basta dizer que Carlos Ruiz Zafón dedicou dois livros e alguns respingos de um terceiro para esse casal. Cara, é isso mesmo. De quatro livros – A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos, David e Isabella , mesmo não sendo os personagens principais da saga – esse prêmio cabe a Daniel Sempere, Fermin Romero de Torres e Bea Aguillar – eles conseguem dominar as páginas da quadrilogia, até mesmo quando não aparecem e são apenas citados por outros personagens.  

Acho que a galera entendeu o motivo da minha expectativa em 2011 quando foi lançado esse livro. E aqueles mais observadores também já devem ter percebido o que me levou a reler a saga. Capiche?

E como disse nas resenhas das releituras de O Jogo do Anjo e A Sombra do Vento estou amando ter reencontrado com todos os personagens criados por Zafón. Eles foram tão bem compostos que se parecem com seres humanos de verdade; como se Daniel, Fermin, David, Isabella e companhia estivessem, ali, perto da gente.

Acreditem, demorei menos de três dias para reler O Prisioneiro do Céu e saboreei cada frase, cada sentença, cada parágrafo como se estivesse saboreando um bom vinho de uma safra especial.

A história começa um ano após o casamento de Daniel Sempere e Bea Aguilar e pode ser considerado a sequência direta de A Sombra do Vento Nele temos um encontro inusitado e especial entre David Martin e Fermin que acabam se conhecendo no Castelo de Montjuïc, em  Barcelona, onde dissidentes políticos e pessoas inocentes eram mantidas presas em condições terríveis durante a guerra civil espanhola aguardando a execução.

A narrativa em flasback mostra mais detalhes sobre a amizade entre David e Isabella que por sua vez, viria se casar com o Sr. Sempere e se tornar a mãe de Daniel Sempere, além do passado de Fermin Romero, ou seja, o que o levou a se torar um mendigo errante pelas ruas de Barcelona.

Classifico O Prisioneiro do Céu como um livro de “revelações” e revelações surpreendentes como, por exemplo, o pacto firmado entre David Martin e Fermin, um pacto que envolve outro personagem muito importante da saga; além da revelação do verdadeiro motivo da morte de Isabella. O romance ainda nos apresenta um vilão capaz de tirar qualquer leitor do sério: Maurício Valls é tão ardiloso, tão maldoso que a minha vontade era a de entrar no enredo e esganá-lo.

Terminei ontem, a releitura de O Labirinto dos Espíritos, livro que fecha a saga e adorei, mas isso é assunto para uma nova postagem.

 


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