Relendo e adorando "Eu, Tina - A História de Minha Vida". Um livro que vai além de uma simples biografia

20 maio 2018
Livro lançado pela Rocco em 1987

Olá pessoal! Ótimo domingo para todos os devoradores de livros. Há dois dias resolvi reler "Eu, Tina - A História de Minha Vida" onde essa famosa cantora 'abre jogo'. Tina conta tudo, absolutamente tudo;  desde a sua infância - incluindo a rejeição por parte dos próprios pais - passando pela fase de agressões sofridas por seu marido Ike Turner, até culminar com a volta por cima e o início de seu estrondoso sucesso. O livro vai além das curiosidades e notícias secretas dos bastidores sobre a vida de uma cantora. A obra vai muito além e rompe paradigmas.  "Eu, Tina - A História de Minha Vida"  é uma verdadeira lição de vida, principalmente para muitas mulheres que se encolheram diante de adversidades em sua vida. Um livro de superação,  indispensável para quem está passando por inúmeros problemas e muitas vezes não encontra força para superá-los. Incrível, fantástico, inspirador. Sei lá, qualquer uma dessas definições, além de tantas outras servem para esse trabalho literário. Enfim, estou adorando a releitura.
O livro tem muitas diferenças do excelente filme de Brian Gibson, "Tina" de 1993, no qual foi baseado. Aliás, com a Angela Bassett e Laurence Fishburne – como Tina e Ike Turner, respectivamente - dão uma verdadeira aula de interpretação nesta produção cinematográfica muito elogiada pela crítica.
Fishburne e Basset caracterizados como Ike e Tina Turner no filme "Tina"
A edição literária escrita à quatro mãos por Tina Turner e Kurt Loder (editor da revista Rooling Stone nos anos 80) é muito mais profunda do que o filme, principalmente no que diz respeito a infância e adolescência da cantora.
Resolvi reler a obra, na semana passada, após ter assistido ao filme em minha casa. Enquanto fuçava  nos meus dvd’s, encontrei “Tina” e então, de repente, me bateu aquela vontade de assisti-lo. Como fazia mais de uma década e meia que já havia tido contato com o filme, a tal vontade de revelo voltou exacerbada.
 Adorei as interpretações de Basset e Fishburne. Caraca! Eles estão demais! A própria cantora Tina Turner, na época do lançamento do filme, disse que Basset era um espelho seu. A prova de que essa dupla de atores arrasou foi a de que Basset ganhou o Globo de Ouro de "Melhor Atriz" e Fishburne, por sua vez, concorreu ao Oscar de "Melhor Ator", perdendo para Tom Hanks que atuou em Philadelfia. O que, entre nós, achei uma injustiça.
O cartaz do filme foi o mesmo para os cinemas e Dvds
Após reassistir ao filme, veio a louca vontade de reler o livro que já havia comprado há muitos anos num sebo. Ainda bem, pois hoje a obra encontra-se esgotada e vem sendo vendida a peso de ouro por livreiros.
Pois é, mesmo já tendo  lido o livro, estou devorando-o novamente. Não há como você não se envolver com a conturbada  história de Tina e Ike. Entre os anos 1960 e 1970, a dupla dominou o cenário de Rhythm & Blues norte-americano. Além dos EUA, Ike & Tina conquistam a Europa.
I Want to Take You HigherRiver Deep - Mountain HighHigher Ground, Honky Tonk Women e I Can’t Stop Loving You são alguns dos hits do casal.
Tina revela em sua biografia que apesar da excelente parceria musical, Ike era um marido agressivo e a agredia constantemente. Cansada das agressões, a cantora se separou do músico em 1976. Ike tentou uma reaproximação com a artista, mas nunca voltaram a se apresentar juntos.
Para continuar a usar o sobrenome do ex-marido, Tina foi obrigada a abrir mão de todo o patrimônio que construiu ao lado dele. A cantora retomou a carreira musical em 1978 e atingiu o sucesso solo seis anos depois, com o álbum Private Dancer. A partir do disco, a artista, aos 45 anos, se consagrou como a Rainha do Rock. Tudo isso é contado em detalhes na biografia “Eu, Tina A História de Minha Vida”
Entonce, a releitura da obra me inspirou a escrever esse post, convidando todos vocês a conferirem a resenha do livro que escrevi em maio de 2011, nos primórdios do blog (veja aqui).
Vale à pena conferir.

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