Há algum tempo, acho que no segundo semestre de 2022,
estava na “ilha de edição” – na empresa onde trabalho – “fechando” o programa
jornalístico que iria ao ar quando vi uma matéria de uma agência de notícias,
não me lembro qual, que “falava” sobre o déficit na alfabetização que havia
dobrado com a pandemia de coronavírus. Ainda me recordo que a notícia informava
que tanto nas escolas públicas quanto nas privadas havia sido verificado que os
estudantes não conseguiam ler nem escrever palavras simples e que esse déficit
de aprendizagem já havia sido previsto em decorrência da pandemia de covid-19,
momento em que as escolas passaram a ensinar de forma remota. Evidentemente,
selecionei essa informação para que fosse transmitida em nosso jornalismo.
Bem... o tempo e a pandemia de Covid-19 passaram,
outros assuntos foram surgindo, e acabei me esquecendo desse fato que voltou as
minhas recordações no final de 2023 quando recebi um email pedindo que
divulgasse o lançamento de um livro que tinha tudo a ver com o assunto.
Anexo ao email veio um release da obra intitulada Alfabetização: por onde começar? Um método neurocientífico eficiente para
ensinar a ler de verdade. Segundo esse mesmo release, a autora, Luciana
Brites é mestre e doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento, especialista em
Educação Especial nas áreas de Deficiência Mental, Psicopedagogia Clínica e em
Psicomotricidade.
Mesmo não tendo o hábito de publicar, aqui no blog,
releases enviados por editoras – sejam elas grandes ou pequenas – de obras que
eu ainda não tenha lido, acabei me interessando por alguns pontos do texto
preparado pela assessoria da autora. O primeiro deles está relacionado às
qualificações da escritora que é especialista em Educação Especial na área de
Deficiência Mental, Distúrbios do Desenvolvimento e Psicopedagogia Clínica e
Institucional, demonstrando, assim, ter um amplo domínio sobre o tema bordado
em sua obra.
A autora diz que o livro contém um conjunto de
evidências baseadas em pesquisas científicas, sobre o que acontece no cérebro
humano durante a leitura e a escrita. Afirma ainda que o conceito de ler e
escrever não é uma habilidade natural que temos e, sim, algo que é construído
cultural e cognitivamente na nossa sociedade.
Ela finaliza dizendo que entre os tópicos que são abordados
em seu livro, estão a diferença entre dificuldade e transtorno de aprendizagem,
como identificar as necessidades individuais e os processos cerebrais que
acontecem ao ler e compreender palavras escritas. “Explico ainda sobre os
passos que ajudam a criança no processo de alfabetização, as fases do
desenvolvimento e a mediação eficaz durante esse processo”.
Pelo o que pude entender lendo o release promocional, a
obra foi lançada com o objetivo de auxiliar pais e professores a superar essa
grande lacuna que ficou no aprendizado de um grande número de filhos e
estudantes durante a pandemia de coronavirus quando as aulas presenciais
tiveram que ser suspensas e com isso, professores e alunos tiveram que se
“virar” com o ensino remoto.
Como ainda não li o livro, certamente, não posso
indica-lo para os leitores que seguem o “Livros e Opinião” nas redes sociais,
mas por outro lado, não posso negar que o tema é muito importante e
interessante. Além do mais a autora tem credenciais.
Por isso, vale arriscar a leitura, sim.
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