Nada Dura Para Sempre

09 maio 2017
Eu sempre gostei de romances que tem hospitais, médicos e cientistas como pano de fundo. E olha, que tive sorte até agora porque só li histórias ‘filés’,daquelas que prendem a atenção do leitor da primeira a última página. Foi assim com “Médicos em Perigo”, “Hospital”, “Vírus” e “Nada Dura Para Sempre”. Este último, de Sidney Sheldon, superou todas as minhas expectativas. Livraço, galera!
“Nada Dura Para Sempre”, lançado originalmente em 1994, narra a história de três amigas: Paige Taylor, Betty Lou Taft (Honey) e Kate Hunter (Kat). Elas são as únicas médicas em um grupo de residentes do Hospital Público Embarcadero, em São Francisco. Apesar de terem personalidades muito diferentes, as três compartilham situações insólitas e marcantes.
Cada uma das três amigas tem personalidades distintas, chegando a ser destoantes, mas apesar desse detalhe, elas são grandes amigas e procuram dividir os seus dramas e que dramas! E é nesse ponto que o autor demonstra que é um gênio da escrita. Ele não se prende apenas nos problemas profissionais das três amigas, mas também nas situações dramáticas enfrentadas em suas vidas particulares. Esta metodologia utilizada por Sheldon que foge do feijão com arroz ‘médico-hospital-paciente’, faz com que o leitor não se canse do enredo. Confesso que deve ser barra ler um livro onde o médico tenta salvar a vida de um paciente, mas depois passa a ser perseguido pelo diretor da instituição; mesmo assim, ele ainda encontra tempo para se apaixonar pela enfermeira que, por sua vez, gosta de outro médico e por aí vai. Este tipo de romance só procura explorar o ambiente hospitalar, por isso, chega um momento em que enche o saco.
Esta falha de estrutura no enredo não acontece em “Nada Dura Para Sempre”, onde Paige, Honey e Kat tentam encontrar uma solução para os seus problemas pessoais – e que problemões – enquanto, ao mesmo tempo, tentam desempenhar as suas funções como médicas.
Honey por se sentir inferiores às suas irmãs na escola, sendo sempre cobrada por isso – tanto pelos pais como professores – se transforma numa ‘vamp’ passando a seduzir todos os homens que encontra pelo caminho – incluindo colegas de escolas, médicos influentes e até mesmo diretores – para conseguir o que quer. Ela fica popular e se acostuma a usar o próprio corpo para conseguir o que quiser. Honey não tem vocação para medicina, tendo sido forçada a ser médica por sua família, assim, passa a cometer erros médicos graves.
Kat Hunter teve uma infância sofrida onde foi molestada pelo padrasto bêbado desde os 13 anos, mas sua mãe não acreditava. Ela suportou tudo isso, somente para ficar ao lado de seu irmão mais novo, porém foge de casa ao descobrir algo que não esperava. Kat jura nunca mais se relacionar com nenhum homem e esconde seu passado. Por isso, passa a ser muito assediada pelos médicos do Embarcadero, vista como um "desafio" para eles.
E finalmente, temos Paige. Com relação à ela não posso revelar absolutamente nada porque estragaria o livro com spoilers gigantescos. Na minha opinião, ela pode ser considerada a personagem principal e mais importante do romance por causa do final inesperado que Sheldon lhe reservou.
A vida das três amigas se cruzam com freqüência nos corredores do Embarcadero, onde em meio aos seus dramas pessoais, são obrigadas a viver situações estressantes, comuns para qualquer médico de um grande hospital.
Adianto que o autor reserva um final inesperado para cada uma das três médicas, mas nada parecido com o ‘The End’ impactante de Paige Taylor.

Vale muito a leitura. 
E como vale!

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