Mentes sombrias

06 dezembro 2018

O livro é apenas meia boca; o filme, uma verdadeira bomba. Desculpem-me aqueles que gostaram de um ou de outro, ou então, dos dois, mas é assim que vejo o livro de Alexandra Bracken e o filme de Jennifer Yuh Nelson que estreou nos cinemas recentemente.
Vou deixar o filme de lado e me ater a obra literária para não fugir da proposta do blog, que como vocês sabem se encaixa no gênero literário. Comprei o livro de Bracken influenciado pelos comentários positivos da maioria dos leitores cadastrados no portal Skoob. Não pensei duas vezes e pimba! Efetivei a compra da distopia.
Confesso que a história começou por cima,  prendendo muito a atenção, tanto é que achei o mote da autora incrível:  “Num mundo apocalíptico, uma pandemia mata a maioria das crianças e adolescentes. Aqueles que conseguem escapar, estranhamente, adquirirem habilidades psíquicas assustadoras. Por esse motivo o governo desse mundo distópico decide criar uma força tarefa para tirar esses jovens de suas famílias e enviá-los para campos de custódia, semelhantes aos campos de concentração nazistas.”
Cara, o plot desenvolvido por Bracken é fodasticamente incrível, mas acontece que com o virar das páginas, a história ‘não anda’. Ela trava, de fato. O desenvolvimento dos personagens também é muito raso. 
“Mentes Sombrias” conseguiu prender a minha atenção em três momentos distintos: a fuga da garota Ruby do campo de custódia; o momento que ela salva os seus os seus três amigos fugitivos – Liam, Bolota e Zu – da rastreadora Lady Jane e finalmente quando Ruby no fim do .livro... Bem... melhor não “spoilar” o ‘The end’. Quanto ao restante, rolou muita encheção de linguiça, além de pontas soltas.
Achei que os vilões foram muito mal desenvolvidos, principalmente Lady Jane que poderia ter sido melhor explorada na história. A maneira como Lady era descrita pelos fugitivos, dava a entender que a caçadora de recompensas era quase imbatível, uma rastreadora temível e assustadora. Juro que estava torcendo por esse crescimento da personagem na história, mas não foi o que aconteceu, já que a vilã teve um fim patético.
O outro vilão – não vou citar o seu nome para também não spoilar - igaulmente decepcionou; e muito. A impressão de poder, domínio e indestrutibilidade que ele exalava era fantástica. O seu poder psíquico capaz de dominar várias pessoas ao mesmo tempo e sem a necessidade de contato físico, chegava assustar. Então, perto do final, quando todos nós aguardávamos, com a maior expectativa, o confronto final entre ele e Ruby, eis que surge um outro personagem, até aquele momento, considerado o mais fraco de todos e implode o cara.
Para finalizar, os diálogos entre os personagens Ruby, Liam, Bolota e Zu eram muito improdutivos. A impressão que ficava era de que a autora estava ‘matando o tempo’ até a chegada do clímax do enredo.
Enfim, como diz o ditado popular e,  bem redundante: “Li, lendo”. Motivação, mesmo, muito pouco.
Quanto ao filme, melhor esquecê-lo.  

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