A Liga dos Corações Puros: A Chama

13 dezembro 2018

Antes de incluir “A Liga dos Corações Puros: A Chama”  - do escritor e roqueiro paulistano César Dabus - na categoria cult, gostaria primeiramente de dar uma definição para essa palavra. Afinal, o que vem a ser cult? Bem, pense da seguinte forma: um grupo grande ou pequeno de pessoas que prefere coisas alternativas em vez de coisas mais comuns, isso vale para músicas, filmes e modo de vida num geral.
O livro de Dabus não é nada comum, pelo contrário, a obra foge totalmente dos conceitos da literatura tradicional. O enredo que saiu da cabeça do autor é muito louco, algo transcendental. Se você está acostumado com enredos lineares, personagens bem definidos e plots pouco incomuns, ao ler as primeiras páginas de “A Liga dos Corações Puros: A Chama” poderá ter um piripaque. Certamente, exclamará – PQP! O cara que escreveu essa história endoidou!!
Lendo tudo isso que escrevi até agora no post, você pode achar que o livro é uma porcaria, uma barca furada. E eu respondo – Não. Não é. Pelo contrário, a história idealizada pelo autor é fantástica, mas... desde que você abra sua mente e fuja das formalidades.
Portanto, por ser uma leitura alternativa e ter um enredo muito incomum, “A Liga dos Corações Puros: A Chama” pode ser considerado, de fato, um romance cult.
No bom sentido, Dabus viajou em seu enredo. Ele misturou num ‘caldeirão’: literatura, poesia, espiritualidade e rock’n’roll. Como não bastasse, ele ainda juntou nessa mistura nada homogênea outros quatro ingredientes: autoconhecimento, meditação, chakras e até mesmo alquimia! “A Liga dos Corações Puros” é a mistura disso tudo numa coisa só. 
César Dabus
O enredo do romance se passa num lugar denominado  universo Flor Estelar que vive um intenso conflito. Neste local duas forças antagônicas se enfrentam: o exército do Rock’n’roll e o exército do Ruído. Esqueça as armas convencionais. Esta é uma história onde atiram Rock’n’roll com instrumentos musicais. Sim, os próprios instrumentos “atiram”. Os ruidosos querem continuar causando desarmonia espiritual para propagar o materialismo, enquanto os roqueiros querem trazer harmonia espiritual de volta ao universo. E foi nessa sociedade onde Zakzor nasceu; e desde pequeno fora condicionado, robotizado, para servir ao desarmônico sistema do Exército do Ruído. Porém, Zakzor tinha poderes mediúnicos, também conhecido como Intuição. Em outras palavras, sua Voz Interior. E isso era “errado”.
Você não podia viver conforme a “sua Voz Interior”. Você devia viver conforme “Voz-do-mundo”, a Voz Exterior. A voz social que te conduz, que te robotiza a fazer aquilo que “foi condicionado como certo”. Ouvindo Intuição, Zakzor chega à Liga dos Corações Puros, onde é recebido por sete mestres que o guiam numa jornada interior de autoconhecimento para o despertar de sua consciência e encontrar a harmonia espiritual dentro de si mesmo.
A Chama é o primeiro livro de uma saga. Este primeiro volume tem muitas batalhas, sofrimento, meditação e cantorias.
Acabei de ler “A Liga... há poucas horas e confesso que estou pasmado com o enredo, novamente, no bom sentido.
Inté!

Detalhes técnicos

Editora: Chiado Books
Edição: 1
Ano: 2018
Autor: Cesar Dabus
Formato: Brochura
Páginas: 486

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