Viagem ao Centro da Terra

06 abril 2017
Infelizmente, alguns leitores ao ficarem adultos passam a menosprezar os livros infantojuvenis que outrora lhes proporcionaram viagens inesquecíveis. – “Já foi a época em que eu lia livros de crianças”. – Esta é a frase mais comum que ouvimos desse pessoal. Caraca, juro que fico decepcionado com os leitores que se encaixam nessa categoria. Meu! Não dá pra ficar imune – mesmo após ter atingido a maioridade – ao enredo original de os ‘Três Mosqueteiros’ ou então de ‘Viagem ao Centro da Terra’! Basta você abrir esses livros ou qualquer outro clássico infantojuvenil pra fazer uma viagem inesquecível ao mundo mágico da literatura. Por isso, acho que as pessoas que renegam os romances que leram em sua infância, estão apenas fazendo ‘tipo’. Na realidade, elas devoram essas obras escondidas, bem longe dos olhares curiosos.
Não tem como você menosprezar – mesmo que seja de mentirinha - a obra de Julio Verne: ‘Viagem ao Centro da Terra’. O livro é divinamente fantástico. O tipo de leitura que empolga e por isso, pode ser lido por pessoas de qualquer idade e nível cultural..
Esqueça os fundamentos científicos que passam longe da obra – sabemos que a temperatura do núcleo da terra, localizado no seu centro, é tão quente que chega a se equiparar a temperatura do sol, impossibilitando a existência de qualquer criatura viva – e mergulhe de cabeça na aventura. Vale à pena.
Verne tem uma maneira de escrever que convence o leitor. Por isso, você acaba sendo seduzido a acreditar que o centro do nosso planeta é completamente diferente do que é na realidade. Eu mesmo, enquanto lia ‘Viagem ao Centro da Terra’ acabei mandando as favas o lógico e fiquei na dúvida se tudo aquilo que Verne narrava, de fato, não existia no núcleo terrestre. Acreditem, seus argumentos te convencem, quero dizer... te enganam (rs).
No enredo, o professor Otto Lindenbrock, seu sobrinho Axel e o guia Hans decidem descer a cratera de um vulcão inativo, localizado na Islândia, com o objetivo de chegarem ao centro da Terra. O professor alemão resolve fazer essa empreitada maluca após descobrir um manuscrito do século XVI, escrito por um alquimista famoso em seu tempo que afirma ter feito essa viagem.
A história é narrada em primeira pessoa pelo sobrinho do professor Lindembrock e nem mesmo o início morno da obra serve para desanimar o leitor, pelo contrário, serve como expectativa para a aventura que virá nas páginas seguintes.
Eu li a edição lançada pela editora Ática e que faz parte da coleção ‘Eu leio’. O livro traz uma introdução muito interessante onde narra detalhes sobre a vida de Julio Verne e também de suas obras. Achei fantástico porque me deu a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida do autor, inclusive a sua infância.

Se tiverem a oportunidade, leiam; vocês não irão se decepcionar.

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