O Colecionador de Ossos

28 setembro 2016

Existem livros que criam raízes em nossas memórias. Podem passar anos ou décadas que você sempre se lembrará daquele enredo que teve o poder de lhe prender como uma teia. “O Colecionador de Ossos’ de Jeffery Deaver é uma dessas obras; pelo menos para mim.
O livro que faz parte da “Coleção Negra” da editora Record foi um dos primeiros que ‘invadiu’ a minha estante quando resolvi montar uma pequena sala de leitura.
Ainda me lembro que devorei avidamente as suas páginas até altas horas da madrugada. Cara, eu não parava de ler! O Thriller policial envolvendo a novata policial Amelia Sachs e o brilhante criminologista Lincoln Rhyme - que correm contra o tempo para prender um perigoso serial killer que trucida as suas vítimas de uma maneira cruel, deixando, propositadamente, pistas espalhadas pelo caminho – é de prender o fôlego do mais frio dos leitores.
Deaver (o mesmo de “Carte Blanche”) conta a história de Rhyme, um criminologista brilhante, considerado um dos melhores da área. O cérebro do sujeito é uma verdadeira máquina, capaz de fazer deduções fantásticas, esclarecendo crimes considerados impossíveis. Quando o negócio aperta no Departamento de Polícia, o pessoal já grita socorro para o Rhyme.
Ele é uma verdadeira sumidade nomeio policial americano, mas a sua carreira acaba sendo interrompida por um acidente que o deixa tetraplégico - ele consegue mexer apenas a cabeça e um dedo -  e preso a uma cama. Por um tempo, o famoso  investigador fica isolado do mundo, tendo contato apenas com a enfermeira que cuida dele, até que entra em cena um assassino tão inteligente quanto Rhyme e que começa a agir de maneira meticulosa e cruel, retalhando as suas vítimas. O assassino dá um nó na cabeça dos investigadores mais experientes. Caraca!! Justamente agora que o maior criminologista de todos os tempos está definitivamente preso numa cama e tão desiludido com a vida a ponto de querer a eutanásia! Pois é galera, é nesse exato momento que o seu chefe ou ex-chefe entra em seu quarto e ‘suplica’ para que ele aceite trabalhar nesse caso, traçando o perfil psicológico do assassino.
Denzel Washington e Angelina Jolie na adaptação cinematográfica
Do outro lado do enredo está a policial Sachs que por motivos de saúde está em seu ultimo dia de trabalho como patrulheira, já que no dia seguinte, ela passará a ocupar um cargo burocrático na polícia. Entonce, quando a moça está prestes a concluir a ronda para depois seguir até a  sua casa, tomar um banho gostoso e esquecer a loucura das ruas, eis que ela se depara com um corpo enterrado com somente uma das mãos. Sachs, de maneira correta e inteligente, decide isolar a área. Ocorre que essa tal área é um local de grande movimentação onde está acontecendo um evento muito importante. Apesar disso, ela tem ‘peito’ suficiente para tomar tal atitude. Resultado:  graças a essa iniciativa perfeita de preservar o local do crime, Sachs perde a chance de conseguir o cargo administrativo solicitado e é convidada a integrar a equipe de Rhyme que decide entrar no caso. A moça será os braços, pernas, enfim o corpo do criminologista na caça ao assassino.
A policial consegue devolver o animo que Rhyme havia perdido e os dois se unem para capturar o perigoso serial killer.
Atentem para o final da história. Mêo, que reviravolta!! O leitor jamais poderia imaginar que ‘aquilo’, de fato, poderia acontecer. Um dos finais mais surpreendentes envolvendo trhrillers policiais.

Vale lembrar que o livro de Deaver, lançado em 1997 foi adaptado para os cinemas dois anos depois e recebeu criticas muito positivas. Denzel Washington foi o criminologista Lincoln Rhyme e Angelina Jolie, a policial Amélia que nas telonas teve o seu sobrenome Sachs trocado por Donaghy. Amelia Donaghy, portanto. Independente desse detalhe, brilhantemente interpretada por Jolie há 17 anos. 

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