Quinto livro da saga Millennium será lançado em 2017. Autor entregará o texto para editora em fevereiro

23 abril 2016
Tenho minhas duvidas se esta informação irá gerar uma onda de euforia nos fãs de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. Bem, vamos lá: o que eu tenho a dizer é que no ano que vem chega as livrarias o quinto livro da saga “Millennium”. E aí? Ficou empolgado? Não? Pois é, eu já sabia.
Galera, depois da decepção “A Garota na Teia de Aranha”, quarto livro da série, dessa vez escrito pelo jornalista sueco David Lagercrantz, os leitores ficaram com a pulga atrás da orelha.
Vale lembrar que o também sueco, Stieg Larsson – criador da série Millennium - foi fulminado por um ataque cardíaco aos 50 anos, em novembro de 2004, meses antes da publicação do primeiro volume da saga, “Os homens que não amavam as mulheres”. Desde então, uma contenda em torno do legado põe de um lado sua ex-companheira, Eva Gabrielsson, e do outro o pai e o irmão de Larsson, donos do espólio. Eva, que não era casada oficialmente com o escritor, ficou furiosa ao saber da continuação da série, a cargo de Lagercrantz, autor escolhido pelos donos do espólio.
Em “A Garota na Teia de Aranha”, Lagercrantz mudou radicalmente o estilo adotado por Larsson. O cara transformou Lisbeth numa super-mulher, capaz de fazer ‘coisas’ inimagináveis, além de ter incluído personagens rasos que não acrescentam nada, pelo contrário, só incham a história. São personagens chatos, maçantes e que atrapalham o ritmo do enredo. Como exemplo, posso citar: Gabriella Grane, agente do serviço de segurança sueco, e Hannah Balder, uma mulher que fuma 60 cigarros por dia. Cara, a coisa é braba.
David Lagercrantz

Acredito que por esses furos n’água, os fãs da saga estão com um pouco de medo do que vem por aí no quinto livro, ainda sem título definido.
Acredito que nem mesmo Legercrantz ficou feliz com o resultado de “A Garota na Teia de Aranha”, já que anunciou algumas mudanças em seu próximo livro. Ele disse  numa entrevista que pretende alinhar a sua escrita ao estilo do escritor amricano Raymond Chandler. "É muito mais difícil escrever ficção hardboiled (em estilo direto e realista) do que pensava. A boa prova (neste estilo) necessita de ritmo", confessou. "Millennium 5 será menos técnica", revelou.
O estilo "hardboiled" na literatura policial foi criado por Chandler, cujos heróis solitários realizam suas investigações como pano de fundo de uma crônica social em um país, Estados Unidos, corroído pela máfia e corrupção.
Portanto, vamos ver como Legercrantz – com a sua mudança de estilo - vai se sair nesse quinto livro da série. Aguardemos.
Ah! Ele deve entregar o texto em fevereiro de 2017 e já escreveu as primeiras 200 páginas do novo romance. E como já escrevi no início do post, a previsão de lançamento da obra nos states é para o final de 2017.

E só.

4 comentários

  1. Não diga por um todo as palavras que são suas. Eu por exemplo adorei o quarto livro e estou ansioso pelo quinto. Achei que ele conseguiu manter o estilo narrativo do Lars e conseguiu fechar bem o enredo da trama, com a história da criação da Lisbeth e sua irmã. Também adorei o novo personagem Ned da NSA - essa relação dela com a Lisbeth e o Mikael prometem muito no próximo livro

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  2. Realmente consegui sentir a diferença entre as escritas. Com o Stieg Larsson eu lia e sentia que era como se eu estivesse andando sobre um chão firme, já com Legercrantz senti as coisas um pouco mais fantasiosas. Vi algumas diferenças nas personalidades das personagens, senti um encurtamento nos capítulos... Mas gostei baaaastante da mesma forma.
    Estou ansiosa pela continuação e parabéns ao novo autor. É realmente uma missão difícil continuar uma obra inacabada.
    😊😊😊

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  3. Também curti muito o 4º livro mesmo percebendo as diferenças das narrativas dos dois autores.
    Estou bastante empolgado pelo lançamento do 5º

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