Vírus

16 fevereiro 2016
Às vezes acontecem ‘coisas’ inexplicáveis na vida de um leitor e por mais que você tente encontrar uma explicação... não consegue. Veja o meu caso. Li um único livro de Robin Cook. Simplesmente, adorei. Livraço. Apesar de ter devorado todas as páginas, nunca mais li qualquer outro livro do autor. Pelo menos até agora. Será que aqueles resumos de contracapa não me atraíram? Será que me deixei influenciar por críticas negativas de algumas de suas obras? De fato, não sei; e nem quero saber.
Hoje, o que eu quero meeessssmo é ‘falar’ de “Vírus”, o livro de Cook que me conquistou. Na época de seu lançamento, 1988, o vírus Ebola – descoberto em 1976 – era o grande ‘bicho-papão’ do momento, engolindo outras pragas tão mortais quanto ele. Aproveitando a onda, o autor acabou decidindo usar o Ebola como o astro principal de seu 7º romance. Ponto para ele porque acabou criando um enredo que é puro suspense: não só devido ao conhecido vírus, mas também por causa do carisma de uma personagem s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l: Drª Marissa Blumenthal. Caraca! Apaixonei-me por ela. A personagem desenvolvida por Cook, fez tanto sucesso que voltaria a protagonizar outro romance, três anos depois, chamado “Sinais Vitais”.
A Drª  Blumenthal é bonita, sedutora, educada, inteligente e perspicaz. Putz! Quem não sonha com uma mulher dessas?!
Em “Vírus”, a pesquisadora luta para desmascarar uma conspiração que pode colocar em risco a vida de milhares de pessoas.  Tudo começa na África quando um médico morre de uma doença misteriosa. Logo em seguida, também morre um grande numero de africanos com sintomas semelhantes. Depois de algum tempo, várias pessoas começam a morrer em um centro médico de Los Angeles de um vírus misterioso e devastador. O contágio vai avançando como um rastro de pólvora.
A Drª Blumenthal do CDC (Centro de Controle de Doenças) começa a investigar a doença, a fonte de contágio e a cura para um vírus que, até então, estava restrito apenas à laboratório de pesquisa.
A médica tem agir logo, antes que o Ebola ganhe as ruas e comece a contaminar as pessoas, fazendo com que a epidemia fuja totalmente do controle das autoridades de saúde, o que teria resultados devastadores.
Numa situação tão dramática como esta, a médica, a cada passo dado, irá descobrir que há, por entre os seus superiores, pessoas interessadas em que a verdade não apareça.
O estilo fluido de Cook faz com que o leitor não leia, mas devore a história. A conspiração vai sendo desvendada aos poucos, num artifício muito bem utilizado pelo autor que não joga numa ‘lapada só’ tudo na cara do leitor quebrando, assim, o suspense. Até as páginas finais, você não tem noção do que as pessoas envolvidas desejam com a liberação do vírus.
O final é surpreendente. Li as últimas páginas num impulso só.

Valeu a pena!

2 comentários

  1. Pena que a Marissa tenha sido desperdiçada no tedioso Sinais Vitais. O livro parece mais um guia das viagens que Robin fez. Suspense médico mesmo, tem pouco.

    http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/

    http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/

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    1. Grande Ronaldo, que prazer tê-lo aqui novamente;
      Cara! Estava pensando em ler o livro de Cook, mas depois do que disse, já fiquei com um pé atrás :)
      Abraços e volte sempre!

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