30 outubro 2015

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Depois de transformar uma tia chata e arrogante num balão – só podia ser parente dos Dursley – e ficar no meio de uma briga boba entre Rony e Hermione, seus dois melhores amigos, Harry parte com tudo para o seu terceiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E que ano!
Considero “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” o melhor livro de toda a série, superando até mesmo “A Câmara Secreta” e “As Relíquias da Morte”. Cara, o enredo é demais! Não consegui desgrudar os olhos das páginas e confesso que foi difícil manter o meu desafio literário de pé, pois o que eu mais queria era mandar a minha ‘releitura-foguete’ as favas e reler o livro na tranqüilidade do meu quarto, sem nenhum compromisso com o tempo. A história é por demais viciante. Mêo! Com certeza, J.K. Rowling estava inspirada quando escreveu essa sequência.
A obra traz um de meus personagens preferidos: Sirius Black.
Não quero começar falar escrever muito sobre Sirius para não liberar os malditos spoilers que, certamente, irão estragar o prazer daqueles que ainda não leram “O Prisioneiro de Azkaban”. Basta dizer que o personagem é muito profundo e intimamente ligado aos pais de Potter. Leiam o livro e desvendem vocês, os muitos segredos de Sirius. Ele retorna em “O Cálice de Fogo” – não pessoalmente, mas em sua forma de ‘animago’ e através de cartas escritas por ele e que são lidas por Potter – e ainda em “A Ordem da Fenix” onde tem o seu destinado selado.
Outro personagem fera que surge com destaque no terceiro volume da saga é o professor Remo Lupin. O cara é um... PQP! Também não dá pra falar do cara sem cuspir spoilers! Tá bem, ta bem, vou dizer apenas que o seu apelido é “Aluado”. Ele é um dos professores de Harry em Hogwarts. O seu segredo, à exemplo de Sirius, também será desvendado durante a história.
Sirius, Lupin e Peter Pettigrew – esse último um sujeito sacana da moléstia e como não bastasse, ainda com cara de rato – formavam um grupo que no passado ficou conhecido em Hogwarts como “Os Marotos. Eles criaram um mapa mágico, conhecido por “Mapa do Maroto” ou “Mapa do Salteador” que mostra o castelo de Hogwarts e os terrenos da escola, incluindo passagens secretas de dentro e de fora da escola. O mapa também mostra o nome e a localização das pessoas nos terrenos de Hogwarts, mesmo que estejam sob Capas de Invisibilidade ou disfarçados de qualquer outra maneira, como por Poção Polissuco, por exemplo. Os trechos da história em que os personagens usam o Mapa do Maroto são fantásticos.
Por tantas nuances, mistérios e reviravoltas é que “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” é considerado, por muitos, o melhor dos sete livros da saga; uma verdadeira montanha russa de emoções.
Neste terceiro volume, para sua surpresa, Harry é procurado pelo próprio Ministro da Magia que está preocupado com o garoto, pois fugiu da prisão de Azkaban um perigoso bruxo chamado Sirius Black, que teria assassinado treze pessoas com um único feitiço e traído os pais de Harry, entregando-os a Voldemort. Sob forte escolta, o garoto é levado para Hogwarts. Para piorar a situação, os terríveis guardas de Azkaban, conhecidos por dementadores – seres malignos que se alimentam da alma e da vontade de viver das pessoas - estão de guarda nos portões da escola, caso Sirius Black tente algo contra Harry. E é, então que as reviravoltas na história chegando ‘rasgando’, como diz um velho ditado.
Sem choro, nem vela: “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” é o melhor livro de toda a saga.

E é só.

27 outubro 2015

Os Senhores do Norte (Crônicas Saxônicas – Livro III)

Caramba, no meu outubro só está dando Uhtred e Harry Potter! Não tenho tempo para encarar outros livros. Culpa – no bom sentido, é claro – do desafio literário ‘a La Potter’ que resolvi inventar (confira aqui). No final tive que encaixar os sete livros do menino bruxo no meu dia a dia de leitor que vinha sendo inteiramente dedicado às “Crônicas Saxônicas”. Mas como se trata de duas sagas antológicas, estou me deliciando com a releitura de Potter e a leitura de Uhtred, Alfredo e Cia.
Ontem terminei de ler o terceiro livro das Crônicas Saxônicas, chamado “Os Senhores do Norte”. Cara, que show!! Eu não conseguia largar o livro; aliás, acredito que concluirei a leitura da saga em tempo recorde. Mal esquentei e já dei início ao 4º volume: “A Canção da Espada”.
Pelo que eu pude ver nas redes sociais, a maioria dos internautas consideram “A Canção da Espada” o melhor dos oito livros das ‘Crônicas’  lançados no Brasil - lembrando que o 9º volume da saga de Bernard Cornwell desembarca em terras tupiniquins ‘loguinho da Silva’.
Comecei a ler “A Canção da Espada” agora, ainda estou na página 53, mas estou em dúvida se conseguirá superar “Os Senhores do Norte”. Tomara que consiga, pois assim, quem terá a ganhar será o meninão aki (rs).
Cornwell arrebentou no terceiro livro. O enredo tem aventura, intrigas, traições e romance. Juntos, esses ingredientes, tecem uma teia de aranha que consegue prender em seus fios o mais disperso dos leitores.
Desta vez  Uhtred é traído por um amigo e acaba sendo vendido como escravo  numa galé. O guerreiro sofre horrores na embarcação durante dois anos, sendo chicoteado, espezinhado e marcado como escravo por um senhor cruel auxiliado por uma tripulação mais bárbara ainda. Putz que dózinha do Uthred.  Mêo, desta vez, o cara sofreu!
Mas quando tudo parecia perdido na vida do guerreiro pagão, eis que Cornwell dá uma reviravolta na história que tonteia o leitor. Cara, a reviravolta é tão inesperada, tão gostosa, tão improvável que você vibra como se estivesse assistindo uma matinê. Neste trecho do livro eu soltei um Iahuuuuu enorme e dei um soco no ar gritando PQP! Valeu!
Uhtred acaba sendo salvo por pessoas que você, e principalmente ele, jamais esperava. – “Ele tirou o elmo e riu para mim. Disse algo, mas não escutei. Só estava olhando incrédulo enquanto ele ria mais largo... e então comecei a chorar. Chorei porque estava livre... Saí da água e o abracei, ele deu tapinhas desajeitados em minhas costas, sem conseguir parar de rir porque também estava feliz”. Ehehehe! Tá curioso pra saber à quem Uthred está se referindo, não é?
Pois é, passada a emoção do salvamento, uma fúria guerreira invade a alma  de Uhtred e os mercadores de escravos comem o pão que o diabo amassou. Iaahuuu, novamente!!
Mas as emoções e as surpresas de “Os Senhores do Norte” não param por aí. A batalha travada pelos guerreiros de Uhtred e Ragnar com o apoio de Alfredo para tomar a fortaleza de Dunholm, onde vive o cruel Kjartan e seu filho Sven, o “Caolho”, é impagável. Coisa de loko cara! O trecho do ataque dos cães selvagens de Kjartan aos invasores de sua fortaleza é de fechar os olhos. Nesta hora, novamente, Uhtred e seus guerreiros contam com a sorte e, prá variar, Cornwell nos brinda, mais uma vez, com algo deliciosamente improvável envolvendo Thyra, irmã de Ragnar. Alguns críticos de Cornwell acusam que ele fantasiou muito nessa parte do enredo, mas fantasiando ou não, a entrada de Thyra em cena é algo divinamente inesperado e triunfal. Mil vezes Putz!
Além da “Batalha de Dunholm” há também o embate entre Uhtred e Ivarr, comandante do exército dinamarquês, aliado de Kjartan. Cornwell descreve as cenas de duelo de espadas e batalhas com uma perfeição incrível. Tão perfeitas que dão a impressão de que o leitor está ali, no centro de uma parede de escudos.
Ah! E como se esquecer de Gisela. Não tem como!! Depois de Brida, Mildrith, Iseult e Hild, ela é mais uma mulher de Uthred que entra na história. Gisela é doce e amorosa, mas ao mesmo tempo guerreira, temida e forte. Apaixonei-me por ela, pois de todas que conviveram com ‘O Senhor da Guerra’, Gisela é a que mais se parece com Brida. Ela tem um papel de destaque na trama.
Neste 3º volume de “Crônicas Saxônicas”, o leitor também conhece novos guerreiro de Uhtred que passarão a fazer parte de seu exército, tornando-se seus homens de confiança. Entre eles estão Clapa, Sithtric (filho bastardo de Kjartan), Rypere e Finan.
Em “Os Senhores do Norte”, a história se passa em 878, período em que o reino de Wessex de Alfredo está – pelo menos, temporariamente – livre dos vikings. Por isso, agora, Uhtred decide voltar as terras do Norte para vingar a morte do pai adotivo (Ragnar, O Velho), além de resgatar a irmã de seu melhor amigar, Ragnar, O Jovem. Para isso, terá enfrentar o seu velho inimigo, Kjartan, um renegado chefe dinamarquês que se esconde na  intransponível fortaleza de Dunholm.
Que livro!


25 outubro 2015

Harry Potter e a Câmara Secreta

E vamos que vamos com o nosso desafio literário, o qual já batizei de “Desafio Mea Culpa” (leiam aqui e vocês entenderão melhor). Olha aí heinn galera, torcendo por mim; afinal terei que reler toda a saga do menino bruxo em uma semana. Santo Antão!! Um livro por dia! Será que eu consigo. Tudo bem que seja uma leitura dinâmica do tipo vapt-vupt, mas acontece que também estou encarando as “Crônicas Saxônicas”, entonce... já viu né?!
Mas tudo bem, vamos ao que interessa. Já conclui a releitura do segundo livro da saga: “Harry Potter e a Câmara Secreta”. Olha, confesso que foi muito difícil fazer uma leitura do tipo ‘rapi-10’ porque a história é envolvente demais, mesmo para aqueles leitores que, assim como eu, já conhecem o enredo. A minha vontade era reler a história de J.K. Rowling tranquilamente, sem o compromisso de atrelá-la à um desafio literário.
Acho “Câmara Secreta” o livro mais denso da saga, o mais...digamos tenebroso. Por quê? Vejam bem; Harry tem apenas 12 anos e apesar da pouca idade enfrenta um de seus maiores desafios e chega a ver a morte de perto. Desta vez, o garoto encara algo, de fato, abominável; uma criatura maligna à altura do Lord das Trevas, Voldemort.
Além do enredo apresentar perigos inomináveis para o pequeno Harry; “A Câmara Secreta” introduz pela primeira vez no chamado “Universo Potter”, personagens e detalhes importantes que passarão a ser abordados com freqüência nos próximos livros. A famosa “Poção Polissuco” é um deles. Neste segundo livro, o professor Severo Snape ensina os seus alunos prepararem a fórmula antológica que permite que o consumidor assuma a forma física de outra pessoa, desde que se consiga uma parte individual do corpo da pessoa para adicionar à poção.
O Diário de Riddle também é outro objeto mágico importante que dá as caras pela primeira vez em “Harry Potter e a Câmara Secreta”. É um diário escrito por Tom Roddle (Voldemort) durante o período em que estudou na escola de Hogwarts. Meio século depois, Voldemort deixou  o perigoso livro nas mãos de seu fiel seguidor Lúcio Malfoy, pai de Draco, que mais tarde o entregou a Gina Wesley, irmã de Roney, sem ela perceber. À medida que Gina escreve no diário em branco, a tinta apaga-se e surge uma nova frase escrita por Riddle, ao que ela respondia. Isso fez a garota ser possuída por Voldemort e levada à Câmara Secreta. 
O livro ainda faz uma pequena referência à prisão de Azkaban que terá um papel muito importante no próximo livro da saga. Ah!! Não posso me esquecer também do elfo doméstico Dobby aprontando das suas neste segundo volume da série.
Todos esses objetos mágicos voltam a aparecer com destaque nos próximos livros, por isso, além de denso também considero “Harry Pottrer e a Câmara Secreta” referência de toda a saga.
O enredo da obra, traz Harry vivendo o seu segundo ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e enfrentando um de seus maiores desafios. Ele  tem que localizar uma câmara secreta e liquidar um monstro que está atacando estudantes do colégio Hogwarts, sem contar que Gina, irmã de seu melhor amigo, foi capturada por Voldemort e levada à tal câmara onde vive ‘amoitado’ a terrível criatura.
Harry contará com importantes aliados nessa empreitada, entre eles uma Fênix, a ave mágica de Dumbledore, aquele velhinho simpático e cheio de enigmas que é diretor de Hogwarts.
O final da história é tenso, mas também engraçado e emocionante.

Falou galera! Volto em breve com “O Prisioneiro de Azkaban.

24 outubro 2015

Harry Potter e a Pedra Filosofal

E como promessa é divida, certamente terei de cumpri-la, mas cumpri-la com louvor e feliz da vida. Há alguns dias publiquei um ‘mea-culpa na fanpage do blog, reconhecendo a minha omissão com relação a Harry Potter, uma das melhores sagas que já li em minha vida. Pois é, mesmo tendo amado os sete livros, não resenhei nenhum deles. Caramba, que falha! Por isso, para amenizar esse tremendo ‘furo n’água’ decidi fazer um desafio literário: ler de maneira dinâmica todos os livros do menino bruxo e depois publicar as respectivas resenhas. Nada mais justo, não é?. Sei lá, acredito que seja uma forma de espiar o meu ‘pecado mortal’... o da omissão (rs).
Quero aproveitar para agradecer o Príncipe Charles. É! Aquele mesmo que era casado com Diana Spencer ou simplesmente Lady Di (como era mais conhecida), que morreu num acidente de carro. Mas o que o Duque da Cornualha (ôooo nomezinho de cidade suspeito!) tem a ver com tudo isso. Simples galera. Foi o tal príncipe ou duque, tanto faz, que há aproximadamente uma década e meia me incentivou a ler Harry Potter. Lembro que na época o cara estava em alta na mídia. Só dava ele e a sua ‘mulher-princesa’. Certo dia, um jornal publicou a notícia que um dos livros de cabeceira do sujeito era “Harry Potter e A Pedra Filosofal”.
- Mil vezes caraca!! Como um príncipe, um homem tão austero e sério iria ler um livro desses – exclamei – já que na minha vã filosofia, Potter e toda a sua magia não passava de literatura infantil. Então, movido pela curiosidade, comprei o livro e embarquei na viagem ao mundo mágico de Hogwarts.
Cara, me surpreendi! “Zilhões de vezes obrigado grande príncipe da Cornualha!” (olha o nomezinho suspeito de novo aí!). “Harry Potter e a Pedra Filosofal” é fantástico. Depois de devorá-lo, não pensei duas vezes em adquirir os outros seis volumes que são tão fantásticos quanto o primeiro.
Costumo dizer que você não lê as aventuras de Harry Potter, mas simplesmente, as devora com avidez. Considero-me um leitor de sorte, já que li os sete livros da saga antes de assistir aos filmes. Portanto, pude aproveitar cada segredo contido nas entrelinhas das obras literárias, antes que as produções cinematográficas os detonassem com spoillers.
“Harry Potter e a Pedra Filosofal é o início de tudo. O livro serve de introdução aos personagens principais: Harry, Hermione Granger, Ron Weasley, Draco Malfoy, Severo Snape, Dumbledore, Voldemort e tantos outros. A leitura do livro é fundamental para que você possa seguir lendo os demais da saga, pois tudo começa nele, a infância de Harry, a tragédia envolvendo seus pais, sua iniciação na escola de bruxaria de Hogwarts, seus primeiros laços de amizade, o surgimento de Voldemort, etc. A autora britânica J.K. Rowling escreveu sete livros dependentes um do outro.
Harry Potter é um garoto comum de 11 anos que após a morte de seus pais passou a morar com os seus tios e o primo. Eles tratam Harry muito mal, como um verdadeiro estorvo, tanto é que ele vive num armário debaixo da escada da casa. Mas a sua vida muda quando ele é resgatado por uma coruja e levado para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele descobre tudo sobre a misteriosa morte de seus pais, além de aprender a jogar quadribol que é uma versão do jogo de futebol com os jogadores atuando sobre vassouras de bruxos.
Com ajuda de seus amigos Rony e Hermione ele enfrenta Lord Voldemort,  considerado o mais poderoso bruxo das trevas dos últimos tempos, que muitos anos antes matou os pais de Harry, e falhou quando tentou matar o garoto que na época tinha apenas um ano.

Um livraço para todas as idades!

22 outubro 2015

Cinzarela e o sapatinho de vidro

Desculpem-me por minha opinião leiga sobre o assunto, mas acredito que o gosto pela leitura chega quando ainda somos aqueles pirralhinhos que mal aprendemos a andar. Se esses tais pirralhinhos tiverem pais que incentivem a leitura nessa fase – vejam bem, disse pais que incentivem a leitura e não pais que ‘gostem de ler sem nada fazer’, pois pouco adianta devorar zilhões de livros e deixar o filho grudado na frente da TV vendo desenhos e mais desenhos – com certeza se tornarão ávidos leitores.
Digo Escrevo isso porque mesmo após meio século de vida ainda recordo de alguns livros que li em minha fase de pirralhinho. Tá duvidando? Ok, vou provar pra vocês: “A Horta do Juquinha”; “As Aventuras de Hans Staden”, narradas por Dona Benta e “Pinóquio” – um livro maravilhoooooso de capa amarela com ilustrações enooormes e uma história fantástica onde o boneco de pau se envolvia numa trama de mistério num parque infantil. Lembro ainda que tinha muito sorvete no enredo e nas ilustrações. Aliás, ‘sorvetaços’ coloridos que me davam vontade de arrancar a página e comê-la (rs).
Cara, não pergunte como me lembro de ter lido todas essas histórias porque não sei; simplesmente não sei e só. São insights que chegam em minha mente e cada vez que eles ‘dão as caras’, sinto um prazer enorme e um gosto maior pela leitura. É por isso que disse no início do post que acredito que o gosto pela leitura surge nesta fase de nossas vidas. Novamente, me perdoe os pedagogos de educação infantil se eu estiver errado.
Bem, mas porque estou dizendo escrevendo tudo isso? Eu explico. Galera, há dois dias, recebi um exemplar de “Cinzarela e o Sapatinho de Vidro” da Poetisa, uma nova editora brasileira especializada em traduções literárias, principalmente histórias para crianças. Caraaaca! Que saudades bateu da minha infância.
Ao pegar o livro em minhas mãos, pensei na sorte das nossas ‘crianças-leitoras’ do século XXI, quer dizer... desde que tenham pais que incentivem a sua leitura, deixando a TV, um pouquinho, de lado.
O livro infantil lançado recentemente é muito bom e o seu projeto gráfico - guardadas as mínimas proporções - lembram o livro de capa amarela do Pinóquio que li há mais de meio século. A ilustradora Marcela Fehrenbach fez um excelente trabalho.
A Poetisa inovou na história de Cinderela e o seu famoso sapatinho perdido que percorreu o mundo ganhando tanta fama que acabou, até mesmo, indo parar nos antológicos estúdios da Disney.
A gata borralheira idealizada por Charles Perrault em 1697 sofreu mudanças ousadas e também necessárias para os dias atuais, deixando a personagem com um jeitinho brasileiro.
A história é a que você já conhece: irmãs más, uma linda fada, bailes românticos e um sapatinho perdido. O que o leitor não espera, porém é a tradução inovadora de kall Salles e o projeto gráfico de Fehrenbach que traz uma linda princesa morena (Uhauuu! Acredite se quiser: m-o-r-e-n-a! Quer homenagem melhor do que essa para nós brasileiros?!)
Cynthia Beatrice Costa, uma das editoras da Poetisa explica que quando o grupo envolvido no projeto refletiu sobre o visual da “gata borralheira à lá Século 21”, decidiu fugir do padrão loirinha-com-cara-de-gringa. Ela esclarece que o texto de Perrault não faz referência às características físicas da protagonista. Só diz que ela é linda. Então, a galera da Poestisa deve ter pensado numa garota de olhos grandes, cabelos volumosos, charmosa e principalmente morenaça da gema como a maioria das mulheres brasileiras.
Mas você deve, também, estar se perguntando: porque Cinzarela e não Cinderela? A explicação da Poetisa é que Cendrillon, o nome da personagem em francês, descende de cenze (cinza, em português), porque a personagem dorme sobre as cinzas de uma lareira. Dessa maneira, a editora decidiu que era hora de retraduzir o nome para algo que fizesse mais sentido em português, já que Cinderela é o nome da heroína em inglês. E, assim, surgiu “Cinza-Rela. Além do sentido, o nome mantém, também, a sonoridade da letra “R”, presente no original. Capiche?
Parabéns para a Poetisa pela coragem em modificar – com sucesso – uma história que ao longo desses séculos ganhou o status de antológica.
Agora, só resta aos pais fazerem a sua parte e apresentarem a “gata borralheira brasileira” aos seus futuros devoradores de livros.

Detalhes do livro
Título: Cinzarela e o sapatinho de vidro
Autor: Charles Perrault
Tradutor: Kall Salles
Ilustradora: Marcela Fehrenbach
Editora: Poetisa
Ano: 2015
Número de Páginas: 20
Formato: 25x27,8 cm.

Preço: R$ 34,90

19 outubro 2015

O Cavaleiro da Morte (Crônicas Saxônicas – Livro II)

Não esperem grandes batalhas e lutas em “O Cavaleiro da Morte” – aqui, vale uma exceção ao seu final, onde o ‘bicho’ pega - mas nem por isso o segundo volume de “Crônicas Saxônicas”, narrado em primeira pessoa por Uhtred – aliás toda a saga segue esse estilo narrativo – é ruim. Muito pelo contrário. Cara, é um livraço! Taí, um ponto a mais para Bernard Cornwell que prova a força de seu estilo narrativo que não precisa ficar se agarrando a lutas de espadas, machados ou nos confrontos entre as famosas paredes de escudo (ver aqui e aqui).
Em “O Cavaleiro da Morte”, o autor explora ao máximo os relacionamentos conflituosos de Uhtred, além de mostrar um Alfredo mais humilde, muito diferente daquele rei auto-suficiente que não aceita ser questionado em hipótese alguma. Humildade que chega com a derrota, já que o rei de Wessex é obrigado a fugir para os pântanos, após a invasão de seu reino pelos dinamarqueses. Cornwell também dá preferência para as mulheres que passam a fazer parte da vida de Uthred. Se em “O Último Reino” conhecemos Brida e Mildred, agora, em “O Cavaleiro da Morte” é a vez de Iseult e Hild.
No avançar das 391 páginas, Uhtred vai conhecendo pessoas que julga ser amigos, mas acabam provando o contrário, e também outras; melhor dizendo, ‘outra’, que acredita ser inimiga mortal, mas após uma reviravolta incrível - só mesmo Cornwell para fazer isso – acaba se tornando seu fiel seguidor.
Cara, o enredo cheio de reviravoltas e com uma narrativa muito forte, faz com que o leitor não sinta nem um pouco a falta das grandes batalhas tão características do estilo de Cornwell.
O trecho em que Alfredo, O Grande, após a sua fuga, resolve abrir o coração para Uhtred conversando com ele como um igual, despido de toda a arrogância e auto-suficiência, é impagável. Uhtred, por sua vez, aproveita para dizer ao rei, tudo o que está entalado na garganta, sem ao menos chamá-lo de ‘Senhor’. Mas o final do ‘papo’ é antológico e até mesmo emocionante quando Alfredo pede algo para Uhtred e ele... Cara, cara, olha os spoilers!! Vai parando por aí, vai! 
Prestem atenção também no temível guerreiro Steapa, um gigante com espada de ‘uma tonelada’ e escudo com o dobro desse peso que enfrenta Uhtred numa luta de vida ou morte. Prestem atenção mesmo, porque... Putz e putz!! É duro querer escrever algo, mas ficar com medo dos temíveis spoilers. Dexapralá! Leiam, só isso.
Bem galera, o livro começa no dia seguinte aos eventos de “O Último Reino”, primeiro volume da série. 
São tempos terríveis para os saxões. Derrotados pelos vikings, Alfredo e seus seguidores sobreviventes procuram refúgio em Æthelingæg, uma região pantanosa e esquecida a que ficou reduzido o seu reino. Encobertos pela neblina, viajam em pequenos barcos entre as ilhas na esperança de se reagruparem, e encontrarem mais apoio.
Ao reunir o Grande Exército, os vikings têm apenas uma ambição: conquistar definitivamente Wessex. É então que a história de Davi e Golias se repete: o poderoso exército dinamarquês comandado por Svein e Guthrum versus o exército juntado as pressas e desorganizado de Alfredo. Só que esse exército desorganizado tinha Uhtred; então já viu né?
Se no primeiro livro de “Crônicas Saxônicas”, Uhtred enfrentou Ubba; em “O Cavaleiro da Morte”, ele topa com outro osso duro: Svein.

Mêo, que livro!

17 outubro 2015

O Último Reino (Crônicas Saxônicas – Livro I)

Vinha enrolando ‘pacas’ para comprar o primeiro livro da saga “Crônicas Saxonicas” de Bernard Cornwell. Cara, eu estava muito temeroso. E como! Além de ser uma saga enooooorme com oito livros - pelo menos até agora, já que o 9º está a caminho e sabe-se quantos outros virão – o enredo não me atraia muito. Eu pensava que a história girava somente em torno de Alfredo, O Grande, que de fato existiu, e que livrou o território britânico dos invasores vikings. Aliás, se não fosse o monarca, hoje, a Inglaterra não existiria, já que a fúria avassaladora dos invasores dinamarqueses subjugava ao seu domínio toda força anglo-saxão opositora, quer dizer... menos, Alfredo; que conseguiu unificar os exércitos de várias regiões de seu reinado e encarar os destemidos e furiosos invasores.
- “Caraca!! Esse rei é o fodástico!” – exclamei. foi assim que acabei se interessando pela história, apesar da sua infinidade de livros. Mas como sou um cara desconfiado, antes de adquirir o primeiro volume de “Crônicas Saxonicas”, procurei dar uma investigada na vida de Alfredo. E... bem, foi aí que me decepcionei. Ok,ok que ele foi considerado o bam-bam-bam de toda a Inglaterra e o grande responsável pelo país existir nos dias de hoje, mas a vida do nosso rei era muito chata cara; aliás, chata demais. Pra começar, ele não era guerreiro. Tudo bem que o sujeito fosse astuto, inteligente, além de um estrategista incomparável, mas no campo de batalha, nada a ver. Então, pensei comigo: - “Meo! Pera aí! Os heróis mais carismáticos criados por Bernard Cornwell são guerreiros e ‘da gema’, daqueles que encaram qualquer tipo de batalha – por mais difíceis e até mesmo impossíveis que sejam -, além de assumir numa boa, sem nenhum temor, a primeira fila de uma parede de escudos”. Cara, eu não imaginava Alfredo como personagem principal num enredo desses. Capiche?
Quando já estava quase desistindo de encarar a saga, resolvi dar uma zapeada em algumas redes sociais e blogs específicos sobre as famosas crônicas e foi então que conheci Uhtred. E após conhecer esse guerreiro arrogante, convencido, sem papas na língua e nada leal – já que ora luta pelos dinamarquês e ora pelos saxões – entendi que Cornwell não iria jamais mijar foram do penico nesta nova saga. Afinal, ele é considerado o “Rei dos Escritores” quando se trata de romance medieval. Resultado: comprei o box com os cinco primeiros livros e, na semana passada, fechei a compra de mais três, restando, agora, apenas o 9º volume que ainda será lançado.
Ao misturar personagens reais com fictícios, o autor teve uma sacada de gênio, pois conseguiu contar a história real de um dos mitos da formação do povo britânico, sem torná-la enfadonha. Se temos um Alfredo cauteloso que prefere negociar com o inimigo, antes de levar a disputa para um campo de batalha; por outro lado, temos um Uhtred, cuja lei é a ponta de ‘Bafo de Serpente” (nome de sua espada). Para ele, o lugar de qualquer negociação é num campo de batalha entre duas paredes de escudos.
São dois personagens complexos que vão muito além do tradicional “me ame ou me deixe”. Algumas vezes, o leitor considera Alfredo o ‘cara dos caras’ e Uhtred um crápula. Em outras, a situação se inverte. Acredito que seja é dubiedade dos dois personagens que atrai o leitor. Mas posso garantir prá você: Uhtred superou todas as minhas expectativas neste primeiro livro; o sujeito é o máximo.
“O Último Reino” é o romance de abertura da série que conta a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes. Cornwell reconstrói a saga do monarca pelos olhos do órfão Uthred, um garoto nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX – um dos vários reinos ingleses - que aos 9 anos, após uma batalha que culminou com a morte de seu pai e de seu irmão, foi capturado e adotado por um poderoso guerreiro dinamarquês. Após viver mais de dois anos nas gélidas planícies do norte, apesar da pouca idade, Uhtred aprende a ‘maneira viking’ de sobreviver, as suas crenças e também como lutar. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfredo, rei de Wessex, governante do único reino inglês a não se dobrar a fúria dos guerreiros do norte.
O primeiro volume de “Crônicas Saxônicas” dedica a maior parte de seu enredo à infância e adolescência de Uhtred entre os dinamarqueses. Mesmo seu pai e irmão sendo mortos pelo grupo de guerreiros do qual fazia parte o intrépido Ragnar, o garoto aprende a respeitar o dinamarquês, o qual, por sua vez, passa a tratá-lo como um filho.
Paralelamente, também na vida de Uhtred, seu tio Aelfric se apodera do reino de seu pai e chega a tramar a morte do sobrinho para consolidar o seu domínio. A traição do tio, serve para lembrar Uhtred de seu dever de reaver as terras da família, apesar de sentir cada vez mais dinamarquês. Isto o faz se aproximar ainda mais de Alfredo, mas a razão principal que o leva para o lado inglês é uma chacina que acontece numa fria manhã de inverno,  promovida por um dinamarquês, da qual só Uhtred e uma outra garota sobrevivem.
“O Último Reino” também serve ainda para apresentar Alfredo, o frágil, mas valente príncipe que assume o trono, após a morte de seu irmão. Alfredo é astuto, inteligente e um brilhante estrategista, além de um cristão fervoroso ao extremo e que vive cercado de padres e bispos, as vezes nada confiáveis. Já Uhtred é um pagão convicto que acredita apenas nos deuses nórdicos. Este é um dos motivos principais das brigas e desentendimentos entre os dois, mas o legal nisso tudo é que no fundo ambos se respeitam.
As cenas de lutas e as batalhas descritas por Cornwell em “O Último Reino” são fantásticas e dispensam comentários, principalmente a batalha de Cynuit que fecha o primeiro volume. O confronto entre Uhtred e Ubba que comanda os exércitos dinamarqueses é de tirar o fôlego. Ubba é considerado um lutador invencível, um verdadeiro deus para os dinamarqueses, mas adivinhe só quem é vai puxar a espada para desafiálo? Preciso dizer?
Gostei tanto de “O Último Reino” que o li em poucos dias e já comecei a encarar “Os Senhores do Norte”.

Inté pessoal!

11 outubro 2015

Padre Marcelo Rossi ganha duas biografias não autorizadas. Livros revelam detalhes curiosos sobre a vida do sacerdote e como ele conseguiu vencer a depressão

Sempre dei mais crédito para as biografias não autorizadas – quer dizer, desde que o seu autor seja um profissional respeitado no meio jornalístico e não um “Zé Mané” sensacionalista – porque as considero mais autênticas e menos artificiais. É claro que a maioria dos biografados que concordam em expor publicamente as suas vidas, procurarão filtrar as informações, autorizando, somente,  a publicação de fatos de seu interesse. Este é um dos motivos que me faz tão cético às biografias.
É muito difícil encontrarmos uma biografia que valha a pena aplicarmos os nossos reais, principalmente agora neste momento de crise econômica que o Brasil está enfrentando, onde cada centavo deve ser muito bem gasto. A maioria das biografias autorizadas não passa de livros promocionais para enaltecer a imagem do biografado; enquanto que grande parte das não autorizadas é escrita por ex-guarda costas, motoristas ou cônjuges ressentidos com ex e que saem por aí em busca de vingança.
Por isso, estou meio escaldado com duas biografias sobre o padre Marcelo Róssi que já entraram em fase de pré-venda nas livrarias. Perceberam que eu disse apenas meio escaldado e não escaldado inteiro. O que me transmite essa “meia” segurança em um dos livros – perceberam que eu disse “um” dos livros e não os dois -  é que, primeiro: são biografias não autorizadas, por isso o biografado não teve o poder de censurar trechos que julgasse prejudiciais à sua imagem; segundo: conheço o jornalista Edison Veiga, do Estadão e li várias de suas reportagens e deu pra perceber que se trata de um profissional sério e imparcial. Quanto a Heloisa Marra, desculpe a minha ignorância, mas não a conheço. Por isso, não posso ser leviano ao ponto de julgar o seu trabalho.
Entonce, só resta torcer para que Veiga tenha mantido a qualidade de seu profissionalismo nesta biografia sobre o padre e que Marra deixe de se tornar uma desconhecida – pelo menos para mim – e conquiste a confiança através desse blogueiro. Digo isso porque pretendo comprar as duas obras. Vamos ver...
Bem, falando escrevendo sobre os dois livros. Em “Padre Marcelo Róssi: A Superação pela Fé”, assinado por Veiga, o repórter do Estadão apresenta o perfil do padre mais famoso do Brasil, desde a escolha tardia pelo sacerdócio até o reconhecimento nacional.
O autor explica que, ao contrário de muitos padres que entram no seminário ainda na juventude, a vocação de Róssi surgiu apenas na fase adulta – depois da vontade de ser bombeiro ou piloto de fórmula 1.
Segundo release publicado no portal da Livraria Folha, desde 1997 que Veiga nunca deixou de prestar atenção nos passos do padre Marcelo Rossi: a princípio por curiosidade, depois com interesse jornalístico.
Quanto a segunda biografia: “Padre Marcelo Róssi: Uma Vida Dedicada a Deus” escrita por Marra, narra como Marcelo, um menino modesto da periferia de São Paulo, tornou-se um dos evangelizadores mais relevantes do Brasil.
No livro, a autora descreve o percurso íntimo que Marcelo Rossi percorreu em sua jornada, desde a infância pacata aos traumas da adolescência, até a ordenação contra a vontade dos pais e a posterior consagração como sacerdote.
Em trecho da obra, a autora conta que Rossi, antes de seguir a vida religiosa - teve quatro relacionamentos, porém, apenas um foi sério. Ela conta detalhes desses relacionamentos . Segundo Marra, o  tema das namoradas sempre desperta a curiosidade da mídia e o padre não foge da resposta, mas só menciona o nome de uma, Simone, com quem teria tido um relacionamento mais sério.  Inclusive, entrevistado por Roberto Cabrini para o SBT em 2012, contou que teve  poucas namoradas -  três ou quatro. “Uma, séria, Simone. Faz tanto tempo que não a vejo. Se eu tenho 45, ela deve estar com seus 43 anos.”
No livro, ela ainda diz que em março de 2012, ao conceder uma entrevista coletiva em Portugal, Róssi  afirmou: ‘Sou celibatário convicto. Já vivo assim há quase vinte anos. É uma vida de coração. Se você buscar as coisas, assistir a filmes pornográficos, é óbvio que vai acabar se sujando. Mas se, pelo contrário, olhar as pessoas com carinho e amor verdadeiro, nem pensa nisso. E, mesmo se os padres pudessem casar, coitada da mulher que estivesse comigo. Ia sofrer muito. Trabalho para Jesus a toda hora. Nenhuma mulher iria entender isso’”.
As duas biografias abordam o episódio de depressão enfrentado pelo sacerdote, que o fez engordar muito, e da dieta rigorosa a que se submeteu e que lhe fez pesar apenas 60 quilos.
Para os leitores interessados, as duas obras já estão em pré venda na maioria das livrarias virtuais. O lançamento de “Padre Marcelo Róssi: A Superação pela Fé” está prevista para o dia 15 de outubro; “Padre Marcelo Róssi: Uma Vida Dedicada a Deus”, chega nas livrarias um dia depois.
Escolham o seu ou então, comprem os dois.

Inté!

08 outubro 2015

“As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” chega as livrarias e com direito a booktrailer ‘animal’

Flavio St Jayme um dos autores de “As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” deu-me duas boas notícias via facebook. A primeira: a obra já chegou às livrarias físicas e virtuais; e a segunda: não sei quem – autores, editora, avó do dono da editora, filhos dos autores (se os tiverem), vizinho, primo, amigo do peito ou da onça, sei lá... – fizeram um booktrailer animal do livro. Cara, que beleza. Muito bem produzido, desde imagens  ao áudio.
Fiquei feliz com a notícia porque venho acompanhando desde o início a luta desses dois jovens escritores – Flávio St Jayme e Wemerson Damásio – para publicar o seu primeiro livro. Quem quiser conhecer mais a fundo a saga dessa dupla basta acessar aqui e aqui. E agora, que eles conseguiram dar esse passo tão importante na vida de qualquer escritor que é o de ver a sua obra publicada, explodindo nas livrarias de todo o País, cara... só resta comemorar e muito.
Torço muito para o surgimento de novos escritores brasileiros com talento que possam fazer frente à essa avalanche de lançamentos literários de autores e autoras americanos ou europeus fraquíssimos que judiam dos nossos neurônios com as suas distopias e sagas infinitas.
Quanto “As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata”, o enredo promete e tudo leva a crer que irá conquistar a galera, da mesma forma que “A Irmandade de  Copra” da carioca Caroline Defanti conseguiu conquistar  milhares de leitores.
E se você fosse levado a um lugar que ninguém sabe onde fica exatamente? Governado por Caroline Corin, o lugar abriga pessoas com dons e habilidades especiais. Adolescentes são levados para lá com os pais a convite de Caroline com a desculpa de que devem “treinar” estas habilidades, porém suas idéias são outras e estes jovens desaparecem misteriosamente sem que isso pareça incomum aos olhos de todos. Exceto para Liz, Dan, Isaac, Sara e Gabriel, que, além dos conflitos da adolescência, têm que lutar para desvendarem os mistérios de Miramar.
E aí? O que acharam da sinopse? Promete, não é mesmo?
Pois é galera, confiram agora o booktrailer do livro de St Jayme e Damásio,  como já disse escrevi acima muito bem produzido.

Inté!


07 outubro 2015

Editora BestSeller lançará em 2016 biografia de Hebe Camargo

Se a minha mãe estivesse viva, com certeza, iria amar essa novidade. Cara, como ela gostava da Hebe Camargo! Aliás, aprendi a admirar a loiruda graças a influencia da saudosa mama. Você acredita que ela conseguiu, até mesmo, fazer a cabeça do Kid Tourão?! Pois é, volta e meio lá estávamos nós – de frente para a TV - de olho no antológico sofá da Hebe e seus convidados.
Pena que my mother não está mais aqui para poder folhear as páginas do livro que contará toda a trajetória da vida da artista. A obra tem previsão para ‘aterrissar’ nas livrarias de todo o País em 2016.
A biografia – que já está ganhando o status de oficial –  escrita pelo jornalista Artur Xexéo será uma parceria  entre a Hebe Forver, empresa responsável por cuidar do legado da artista, e a Editora BestSeller.  Para quem não sabe, Xexéo é comentarista da rádio CBN e da Globonews e voltou a assinar, recentemente, uma coluna no jornal "O Globo".
De acordo com o comunicado da BestSeller, a biografia "pretende cultivar o legado da estrela, que começou sua carreira cantando no rádio, foi convidada para a  primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira e nela ficou até sua ultima gravação em 2012". Hebe entrevistou as maiores personalidades do país, entre artistas, políticos e celebridades do mundo da cultura e do futebol.
O livro deverá trazer inúmeras curiosidades sobre a vida de Hebe que apresentou o primeiro programa feminino da televisão brasileira: “O Mundo é das Mulheres”. Também deverão estar presentes nas páginas, detalhes não só dos bastidores de sua vida profissional como também particular, entre as quais o seu casamento com o empresário Décio Capuano em julho de 1964, considerado uma das cerimônias mais bonitas que a cidade de São Paulo já viu. Após a união, a artista tomou uma decisão radical. Decidiu abandonar a carreira.
Enquanto era pressionada para voltar à TV, a apresentadora realizou o sonho de ser mãe. Em setembro de 1965, nasceu Marcello, seu único filho.
Quando voltou à carreira artística, Hebe passou a comandar um programa na Rádio Excelsior direto de sua casa. Depois, estreou uma atração no Canal 7, TV Record: o “Programa Hebe” que contou com a presença de Roberto Carlos na estréia e chegava a alcançar 70% de audiência, um verdadeiro fenômeno na época. Foi a partir daí que o sofá se tornou uma das marcas registradas da comunicadora e um dos maiores símbolos da televisão brasileira.
No período em que morou com Décio, antes de se casar oficialmente, Hebe engravidou duas vezes, mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, acusando-a  de ser a culpada pelos dois abortos sofridos. Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se tornando infeliz no casamento. Não aguentando a oposição de Décio à sua carreira e as crises conjugais, Hebe saiu de casa levando o filho do casal em 1971, e se divorciaram no mesmo ano. Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Ravagnani. Começaram a namorar e em 1973 casou-se com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo às vezes. Hebe e Lélio viveram juntos por 29 anos, até a morte dele, em 2000.
Este e muitas outros detalhes deverão aparecer na obra de Xexeo, mas tudo não passa de especulações, já que os detalhes do livro estão sendo guardados a sete chaves.
Hebe Camargo faleceu 29 de setembro de 2012, de falência dos órgãos. Sua saúde estava fragilizada desde 2008, quando ela foi diagnosticada com câncer no peritônio, membrana que reveste a cavidade abdominal.
Agora só resta aos fãs aguardar a chegada de 2016 para conferir a biografia da “Rainha da TV Brasileira”.
Torço para que seja uma biografia democrática que aborde a vida da artista num todo – que foi muito polêmica devido a sua forte personalidade - e não apenas os bons momentos.

Esperemos.

03 outubro 2015

Super-heróis dos quadrinhos invadem os livros

Man! Man! Man! Tô parecendo uma bomba atômica de alegria! Aliás, já deu pra perceber neste início de post, não é? Cara, durante as minhas habituais zapeadas na net acabei descobrindo – tardiamente - que as editoras Marvel e Novo Século decidiram unir forças e lançar romances baseados no universo dos quadrinhos.
Quando citei, há pouco, que descobri esta novidade tardiamente quis dizer que os livros já estão nas estantes das livrarias há algum tempo, ou seja, desde novembro do ano passado quando atingiu a marca de 50 mil exemplares vendidos. Pois é, devido ao estrondoso sucesso de vendas, em agosto de 2015, os romances chegaram às bancas com uma tiragem de 25 mil exemplares.
Putz, não acredito que ‘comi bronha’ e deixei passar em brancas nuvens esses lançamentos que ocorreram no ano passado. Ainda bem que as livrarias virtuais contam com alguns livros em estoque. Infelizmente até agora, não vi os ‘super-livros’ na banca de minha cidade, mas torço para que chegue logo.
A minha alegria tem um motivo. É que sempre amei as histórias em quadrinhos da Marvel e da DC Comics. Homem Aranha (o meu preferido), Capitão América, Homem de Ferro, X-Men, Batman, Thor e companhia fizeram parte da minha infância. E agora, nesta nova fase de ‘devorador  de livros’ terei a oportunidade de revê-los, mas nas páginas de uma obra literária.
A série contará, em sua maioria, com histórias inéditas no Brasil e terá publicada 10
romances até novembro. Os enredos serão independentes, não havendo assim, a obrigação de adquirir toda a série.
Mêo, pelo que eu vi, os livros são c-a-p-r-i-c-h-a-d-o-s ao ‘máximo do extremo’; coisa de deixar os leitores babando, principalmente os colecionadores. Só um detalhe legal para nós leitores tupiniquins: as ilustrações da capa foram feitas pelo artista brasileiro Wil Conrad. Legal ter brasileiro participando dessa inovação literária, né?
Os livros que já estão bombando nas livrarias e também em algumas bancas: “Homem-Aranha Entre Trovões”, “X-Men – Espelho Negro”, “Homem de Ferro – Vírus”, “Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo”, “Homem-Formiga”, “Guerra Civil”, “Wolverine – Arma X”, “Capitão América – A Morte do Capitão”. Até o final do ano estão previstos mais dois livros: “Novos Vingadores – Fuga” e “Homem-Aranha – A Última Caçada de Kraven”. 
Taí galera! Escolham os seus super-heróis preferidos e façam a festa!

01 outubro 2015

Decadência

Muitos perguntam o porquê do livro “Decadência” - escrito por Dias Gomes e lançado em 1995 - mesmo sendo tão bom, ter passado despercebido tanto pela crítica especializada quanto pelos leitores. Quer saber quem foi o culpado? OK, eu conto. O carrasco que degolou a obra literária foi a minissérie homônima que passou na TV Globo, na mesma época.
Cara, juro que eu não entendi o samba do crioulo doido que editora, televisão, produtores e o próprio Dias Gomes (que Deus o tenha) fizeram em 1995. Que confusão, eles aprontaram, mêo!! Cara, veja só, enquanto a minissérie passava na TV, o livro estava sendo vendido nas bancas. É verdade! Dias Gomes escreveu o livro, lançou o dito cujo e simultaneamente mandou ver a mesma história na TV. O que estou querendo dizer é que o autor autorizou que a “toda poderosa”, a “plin-plin” ou a “Venus platinada” – entendam como quiserem – fizesse a adaptação do livro no momento em que ele estava chegando nas estantes das livrarias. Resultado: a maioria dos brasileiros – que na época, eram mais chegados numa televisão do que num livro – deram preferência à história dirigida por Roberto Farias e protagonizada por Édson Celulari.  
Outro fator que contribuiu para o esquecimento do livro foi a preguiça dos produtores da minissérie que absolutamente não mudaram nada do que estava nas páginas. Dessa maneira, os leitores que optaram por ler e simultaneamente assistir Decadência, perceberam com muito desgosto que um era cópia do outro.
Penso que se a minissérie não tivesse existido, a obra escrita de Dias Gomes entraria para o rol dos maiores sucessos literários nacionais. Mas... não foi bem isso que aconteceu.
No meu caso, como já havia assistido a minissérie há muuuuito tempo e nem me lembrava mais dos seus detalhes, acabei amando o livro. Por isso, aqueles que não se recordam das peripécias do pastor Mariel na TV, certamente,  irão devorar com avidez o livro que, repito, é fantástico.
Minissérie baseada no livro que passou na TV Globo em 1995
“Decadência” gira em torno da família Tavares Branco, outro imponete e tradicional, mas atualmente em franco processo de desagregação. É no seio dessa família que o jovem órfão Mariel é acolhido. Sua ambição desenfreada faz com que não se contente com a humilde posição de motorista e passe a buscar avidamente o amor de Carla, uma das filhas de Albano Tavares Franco Filho, patriarca da família e conceituado advogado. O romance entre os dois esbarra no moralismo da família que não admite em hipótese alguma que a sua filha caçula namore um simples motorista. Dessa forma, Mariel acaba sendo expulso da mansão dos Tavares Branco. A trajetória de Mariel segue um caminho tortuoso que o faz buscar respostas no misticismo, tornando-se meteoricamente um importante pastor evangélico, bem mais preocupado em aumentar o seu império e poder do que difundir a mensagem divina. Após alcançar o topo do sucesso e do prestígio, Mariel decide buscar vingança contra os Tavares Branco que o humilharam no passado. Uma vingança que terá sérios reflexos em sua vida.
O pano de fundo do romance de Dias Gomes é a crise de valores e a busca pela ética, deflagradas a partir dos absurdos cometidos na Era Collor.
Enfim, galera, um livraço que por culpa de uma puta falta de estratégia de marketing acabou naufragando.

Inté!

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