Harry Potter e o Cálice de Fogo

01 novembro 2015
E tome desafio “A Lá Potter”! Depois de “O Prisioneiro de Azkaban” parti com fé e vontade para a releitura de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. Livro ‘groçasso’, uma verdadeira Bíblia: mais de 580 páginas, mas 580 páginas que devorei vorazmente porque a história – a exemplo das anteriores – é boa demais.
Uma das características da saga do menino bruxo é que a cada novo livro os enredos vão ficando mais obscuros, ganhando contornos pesados. Tanto é que alguns críticos literários deixaram de recomendar a leitura da saga – a partir do terceiro volume – para o público infantil por causa da história densa e até mesmo violenta em alguns momentos.
Mas acredito que foi o amadurecimento gradativo de Harry e as situações complicadas ‘até a gota’ com direito a feitiços mortais – que impressionam não só adolescentes, mas adultos também – que deu a saga o ‘status’ que ela mantém até hoje.
Sei lá cara, parece que J.K. Rowling estava meio louca (no bom sentido) quando começou a escrever os enredos a partir de “O Prisioneiro de Azkaban”. Ela criou várias situações  fodásticas  para o Harry e sua tchurma, que como já disse escrevi impressionaram não só adolescentes, mas também os marmanjos. Deixe-me ver como posso explicar... Bem, mais ou menos assim: o mundo mágico criado por Rowlling - incluindo os  seus personagens - é tão encantador, mas tão encantador que ameniza qualquer pitada ou ‘canecada’ de violência. É isso. Acho que encontrei a definição para esse enigma (rs).
Cara, quando você começa a ler Harry Potter, a vontade é mergulhar nas páginas do livro e também fazer parte daquele mundo mágico, deixando de lado a rotina de trouxa – nome dado a uma pessoa que nasceu em uma família não mágica e que por isso, não sabe que a magia existe.
Em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” não é diferente; tanto a magia gostosa quando a s situações do tipo ‘pega pra capá’ chegam de forma avassaladora. Resultado: Uma vontade enorme de ‘comer’ as mais de 500 páginas do romance.
A autora já solta de cara um dos Comensais da Morte (seguidor de Voldemort) conjurando a ‘marca negra’ durante um torneio mundial de quadribol. Quando a tal marca aparece, com certeza, alguém já partiu dessa para melhor ou então partirá brevemente.
Depois da marca negra e do campeonato mundial de quadribol, ela inventa um torneio de bruxos em Hogwarts, reunindo alunos das escolas de magia de várias partes do mundo. A competição tem momentos de tirar o fôlego com tarefas arriscadas e que coloca em perigo a vida de muitos participantes, inclusive Harry.
“Harry Potter e o Cálice de Fogo” é um livro obscuro muito diferente dos anteriores, superando até mesmo “O Prisioneiro de Azkaban”. Os momentos de descontração são poucos, mas por outro lado, não faltam tensão e perigo no dia a dia dos personagens.
Mas todo esse clima denso acaba sendo, pelo menos um pouco, amenizado pela magia de Hogwarts.
Neste quarto livro, Potter está com 14 anos e sente sua cicatriz na testa arder durante um sonho bastante real com Lord Voldemort, o qual não consegue esquecer. Alguns dias depois, já em companhia da família Weasley, com quem foi passar o restante das férias, na final da Copa Mundial de Quadribol, os Comensais da Morte, seguidores de Voldemort, reaparecem e alguém conjura a Marca Negra, projetando-a no céu pela primeira vez em 13 anos, causando pânico na comunidade mágica. A pergunta que fica no ar é se o terrível bruxo está, de fato, voltando.
Depois, ao retornar para Hogwarts, Harry fica sabendo que não haverá a tradicional Copa Anual de Quadribol entre Casas. O campeonato será substituído pelo Torneio Tribuxo, uma competição amistosa entre as três maiores escolas européias de bruxaria — Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang — que não se realizava havia um século. A competição é dividida em tarefas, cuja finalidade é testar a coragem, o poder de dedução, a perícia em magia e a capacidade de enfrentar o perigo dos campeões. Liderados pelo professor Dumbledore, os alunos de Hogwarts terão de demonstrar todas as habilidades mágicas e não-mágicas que vêm adquirindo ao longo de suas vidas.
Apesar de alunos menores de 17 anos não poderem se inscrever no Torneio, inexplicavelmente Harry é escolhido pelo Cálice de Fogo, um grande copo de madeira toscamente talhado cheio até a borda com chamas branco-azuladas, para competir como um dos campeões de Hogwarts. Tendo a seu lado os fiéis amigos Rony Weasley e Hermione Granger, o menino feiticeiro tentará escapar mais uma vez das armadilhas de Lord Voldemort.  

Gostei de reler. Valeu a pena!

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