Livro “Os Melhores Contos de Faroeste” reúne 17 autores famosos numa antologia. “Um Homem Chamado Cavalo” é o destaque.

06 julho 2015
Durante as minhas zapeadas nas livrarias virtuais - à procura de algo que me interessasse – acabei descobrindo um livro que trouxe velhas e saborosas lembranças do meu passado. Para ser mais específico, da minha pré-adolescência quando vivia fuçando o armário de livros do meu irmão (ver aqui).
Naquela época eu era fissurado nos livrinhos de bolso da Monterrey. Tão fissurado que até hoje ainda guardo os nomes de algumas séries lançadas  pela editora: Feras do Oeste, Chumbo Mortal, Colorado, entre outras. Cara, esses livrinhos traziam histórias que cuspiam balas em duelos memoráveis no velho oeste. O selo que eu mais gostava era “Chumbo Quente” que tinha enredos mais elaborados. Tudo bem que eles eram estereotipados ao ‘máximo do máximo’ e que tanto vilões quanto mocinhos atingiam o ápice da caricatura, mas mesmo assim, eu adorava as tais histórias. Brigitte Montfort ou os tiroteios de Chumbo Quente eram os meus passatempos preferidos.
Ontem à noite, após encontrar numa livraria virtual, um livro chamado “Os Melhores Contos de Faroeste”, de repente, me vi ‘caçando’ nas redes sociais mais informações sobre a obra. Então, percebi que ainda continuo fã das velhas histórias de faroeste.
Não pensem que se trata de um livro novo, já que “Os Melhores Contos de Faroeste” foi lançado em 2004, portanto, há mais de uma década. E, talvez, por isso, encontre-se esgotado em praticamente todas as livrarias. Pelo que eu vi, apenas alguns sebos ainda dispõem da obra em seus acervos, mas poucos.
A coletânea de histórias foi lançada pela José Olympio Editora e reúne 17 contos clássicos ambientados no velho oeste americano, escritos por verdadeiras feras, entre os quais: Elmore Leonard, Jack London, Stephen Crane e até mesmo Mark Twain – juro que eu não sabia que ele também tinha escrito temas de bang-bang. Vendo os nomes dos autores, percebe-se que a qualidade dos contos devem ser bem melhores do que aquelas histórias dos antigos selos da Monterrey. Prova disso é que faz parte da antologia um dos maiores clássicos do velho oeste. Estou me referindo ao conto “Um Homem Chamado Cavalo” de Dorothy M. Johnson que no início dos anos 70 foi adaptado para os cinemas. O filme homônimo tinha no papel principal o saudoso ator Richard Harris (o Dumbledore de Harry Potter) que vivia um aristocrata iunglês (John Morgan), de modos refinados, que fazia parte de uma expedição em Dakota em 1821, quando acaba sendo capturado por  indios Sioux.
Cena antológica de Um Homem Chamado Cavalo
Morgan passa a ser tratado como um animal, entretanto ao contrário dos outros homens brancos, ele passa a respeitar a cultura dos seus captores, ao mesmo tempo em que inicia um aprendizado sobre os seus costumes. Desta maneira, o aristocrata vai ganhando, aos poucos, o respeito dos índios. Apesar de ter assistido ao filme ainda moleque me recordo do teste final pelo qual o personagem decide enfrentar para poder se casar com uma mulher da tribo dos Sioux. Brrrr..
A presença dessa história em “Os Melhores Contos de Faroeste” chamou-me a atenção devido a sua raridade. O conto de Johnson nunca veio a ser lançado no Brasil. Ele apareceu pela primeira vez na revista Coller, em 7 de janeiro de 1950, depois foi reeditado em 1968, como uma pequena história dentro do livro “Indian Country”, também de autoria da escritora americana.
Tudo indica que a antologia de 17 contos selecionada por John E. Lewis ainda traga outras pérolas da literatura sobre o velho oeste. Digo ‘tudo indica’ porque ainda não li o livro, mas como já disse durante esse post, se levarmos em conta a qualidade dos nomes dos autores, os contos selecionados, com certeza, irão prender a atenção dos leitores do início ao fim.
Ah! Antes que me esqueça... já comprei “Os Melhores Contos de Faroeste” num dos sebos cadastrados no portal da Estante Virtual. Em todo o portal, acho que restaram apenas quatro exemplares por preços módicos.

E aí? Interessou? Então não demore. 

Um comentário

  1. Li mais de 2000 bolsilivros na época, era viciado neles, conheci nos Estados Unidos quase todas ás Cidades, pois cada história era de um Estado ou Cidade, quem gostava "viajava" nas historias do velho Oeste, era á guerra Civil Americana, do Norte contra o Sul, e os pistoleiros fugiam de um lado pro outro, Muito shou.kkk

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