Os livros nascem, crescem e morrem por isso, se você tiver que comprá-los aproveite enquanto estão vivos

14 junho 2015
Os livros são como pessoas: nascem, crescem e morrem. Eles nascem quando são lançados; crescem quando estão sendo vendidos, se espalhando pelo mundo afora e morrem quando se esgotam, ou seja, no momento em que desaparecem das livrarias. Muitos leitores não entendem esse processo e acreditam que podem encontrar - a qualquer hora - aquele livro que viram, certo dia, 'dando sopa' numa estante. Eu pensava dessa maneira e por isso, acabei perdendo muitas oportunidades e quantas... Hoje lamento a ausência de verdadeiras jóias lapidadas em minha sala de leitura porque não as adquiri no auge de suas vidas. Quando decidi ir ao seu encontro, elas já haviam ‘morrido’, ficando apenas uma amarga lembrança.
Me lembro de ter visto “Os Livros de Bachman” sobrando em várias estantes de sebos – e acredite, em algumas ‘prateleiras’ tinham vários volumes – por isso, não esquentei a cabeça e pensei que poderia ter o livro assim que estalasse os dedos. Quando a minha vontade se tornou incontrolável já era tarde demais: a obra de Stephen King estava esgotada. Hoje, localizar esse livro se tornou algo surreal. Cara, a obra custa em média R$ 800,00 no Mercado Livre! Quanto aos mais de 1.300 sebos inscritos no portal da Estante Virtual, esqueça, nenhum deles tem o livro.
Com relação a “Casa Infernal” de Richard Matheson fui mais esperto. Tão logo a editora Novo Século relançou o livro em 2009, ‘fui rápido no gatilho’ e comprei. Quer saber o que teria acontecido se tivesse deixado pra depois? Nem preciso responder, não é?
Hoje, “A Casa Infernal”, literalmente, sumiu das livrarias físicas e virtuais. Esqueça Mercado Livre, esqueça Estante Virtual, esqueça sebos, esqueça aquela lojinha escondida nos confins do mundo. Simplesmente, você não vai encontrar mais o livro. A realidade nua e crua é essa. Experimente digitar o nome da obra de Matheson no “Santo Google”, com certeza, o resultado irá partir o seu coração. Só resta, rezar e pedir a intercessão de todos os santos para que a Novo Século ou então, outra editora promova um novo relançamento da obra, o que eu acho difícil.
Citei apenas esses dois exemplos para que os leitores entendem que os livros não esperam a vida toda pelos nossos desejos.
Há algum tempo escrevi um post sobre obras raras, as quais por insolência ou displicência, tanto faz, acabei perdendo a oportunidade de tê-las (ver aqui). Hoje, decidi complementar aquele post para alertar a galera que está ‘morgando’ pra comprar o livro de seus sonhos.
Encerro contando o que respondi para um amigo que me expôs a sua dúvida ‘se deveria comprar “A Coisa” de Stephen King’ ou esperar um pouquinho mais’.
“- Vai besta, espera um pouquinho mais!”

Simples, não?

2 comentários

  1. Faz pouco mais de um ano comprei na estante virtual A casa infernal por volta de 30 reais, e nesta época mesmo vi vários exemplares a venda de Os estranhos e Meia noite do Dean Koontz e acabei deixando para depois. Mês passado fui dar uma olhada e Meia noite na estante virtual não achei e quando aparece é bem caro e Os Estranhos o mais barato é 50 reais fora o frete e no ano passado era bem mais barato. Excelente post !!

    bomlivro1811.blogspot.com.br

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    1. Maurilei, guarde a sete chaves "A Casa Infernal". Atualmente, ele é um 'produto' extinto.
      Abraços!

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