Herdeiros de Agatha Christie autorizam a volta de Hercule Poirot pelas mãos de uma nova escritora

28 agosto 2014


Os fãs de Agatha Christie devem estar gritando, urrando, dando cambalhotas, plantando bananeiras e rolando no chão de alegria. Afinal de contas o emblemático detetive belga idealizado pela escritora está de volta em uma nova história. – “Pô, mas pêra aí! Hercule Poirot morreu em ‘Cai o Pano’, livro antológico que literalmente ‘enterra’ o famoso detetive belga!” Ehehehe... Calma, calma... afinal de contas, esses escritores contemporâneos sempre encontram um jeito de invocar famosos personagens literários do mundo dos mortos. Resultado: as pobres almas que estão descansando numa outra dimensão, acabam sendo obrigadas a voltar para uma derradeira missão... quer dizer: uma derradeira continuação. E foi assim que aconteceu com Poirot. Ah! Querem saber quem o chamou, quer dizer quem o invocou, já que Agatha Christie está completamente fora de questão, já que nos deixou no início de 1976. A responsável por ‘ressuscitar’ Poirot se chama Sophie Hannah, uma britânica que ganhou o aval e os elogios dos herdeiros de Christie, em especial de Mathew Prichard, neto da consagrada autora. Veja só o que ele disse: "A ideia dela (Sophie) para um enredo era tão convincente e a paixão dela pelo trabalho da minha avó tão forte, que sentimos que era hora de escrever um novo livro de Christie". É mole ou quer mais? As palavras do neto de Christie deixam evidente a confiança irrestrita no trabalho da autora.
Mas vamos ao que interessa, pois imagino que a galera já deva estar a beira de um ataque de nervos para saber quem é essa tal Sophie Hannah, além, é evidente, de alguns detalhes sobre o retorno de Poirot. Ok, vamos lá. Primeiramente, vou dar algumas pinceladas sobre Hannah. A moça, ao que tudo indica, não é nenhuma novata no ramo, sendo muito elogiada no meio. Logo de cara, em seu primeiro romance publicado, foi amplamente aclamada pela crítica. “O Pesadelo de Alice” caiu no agrado dos críticos literários, até mesmo dos mais severos. Logo depois, ela lançou “Intimidade Perigosa” que também conquistou tanto crítica quanto leitores. Hannah é especialista no desenvolvimento de thrillers piscológicos, por isso acredito que se dará muito bem nessa nova história de Poirot.
Agora falando do livro em si; em “Os Crimes do Monograma”, Hercule Poirot se aposentou da polícia belga há muitos anos, mas um novo caso acaba chamando a sua atenção. Tudo começa quando o detetive ao se encontrar num café em Londres, acaba sendo surpreendido pela entrada dramática de uma mulher certa de seu assassinato iminente. Mas, para o espanto de Poirot, ela não deseja ajuda: diz que merece o que está por vir e sai desabalada do local, sem mais explicações.
escritora britânica Sophie Hannah
Enquanto isso, o policial Edward Catchpool se depara com um cenário perturbador: em quartos diferentes do mesmo hotel, três cadáveres são encontrados dispostos da mesma maneira cuidadosa e com uma abotoadura de ouro com as iniciais P.I.J. em cada um. Juntos, Poirot e Catchpool tentarão desvendar a possível conexão entre aquela estranha mulher e os três crimes, antes que mais mortes ocorram e seja tarde demais. À primeira vista, o enredo é bem interessante; não acham?
Uma decisão tomada por Hannah causou muita polêmica entre os fãs de Poirot: a ausência do capitão Hastings, considerado o melhor amigo do detetive e seu parceiro inseparável. No lugar, estará um novato da Scotland Yard: o Catchpool que citei logo acima.
A autora disse que criou um caso diferente daqueles que Poirot está habituado a viver e resolver. “Espero elaborar um quebra-cabeça que vai confundir e frustrar o incomparável Hercule Poirot por pelo menos alguns capítulos”, declarou Hannah.
“Os Crimes do Monograma” será lançado no Brasil no dia 10 de outubro, mas já está em pré-venda nas grandes livrarias virtuais. O livro vem editado pela Nova Fronteira com 224 páginas e uma capa ‘da hora’.
Aguardemos!

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