Cinco livros para ler num hospital

12 abril 2013


Cá estou eu, novamente, defronte à uma cama de hospital. Ehehehe... Que maneira mais tétrica de começar um post. Fazer o que né galera? Mas podem acreditar, essa é a mais cristalina das cristalinas verdades. E estou  ao lado de quem?  Vai; responde aí. Dou de brinde três noitadas como acompanhante de um Maradona completamente falido e esclerosado, internado no quarto individual de um hospital do SUS e com a equipe de enfermagem em greve. Bem... com isso, sobrará para você trocar os fraldões do cara, dar comidinha em sua boca e por aí afora. E nos momentos de folga, escutar de sua própria boca, várias provocações gringas contra nós, brasileiros. E então? Topas brincar de advinha quem? Como eu acho que ninguém quer arriscar; vou responder logo de cara: estou com o Kid Tourão. Cara, aliás, não sei pra que toda essa enrolação, já que tenho certeza que a maioria do pessoal já sabia, desde o início do texto, quem é a figura que está comigo.
Mas enganam-se aqueles que acreditam que estou triste. To não. Afinal de contas, estou ao lado do velhinho mais animado e alto astral do planeta. Nada ranzinza ou pessimista, apesar dos seus quase 90 anos, e consciente da operação arriscada que passará amanhã.
O problema é o tal do clima hospitalar. Como estou perto da ala cirúrgica, a coisa por aqui é meio baixo astral. Macas que passam por aqui e por ali transportando pacientes entubados e desacordados; enfermeiras correndo de um lado para o outro; cirurgiões debruçados nos postos de enfermagem confabulando sobre procedimentos cirúrgicos; mas olha... nada mais triste do que ver aqueles médicos saindo de uma portona anexa ao centro cirurgico com aquela expressão triste no rosto, dando a notícia que familiar de nenhum paciente em todo o mundo gostaria de escutar. Mêo... confesso que é uma facada na alma ouvir o choro agoniado de uma mãe que jamais voltará a ver o filho ou de uma esposa que jamais voltará a ver o seu esposo. Fico imaginando ieuuuzinho amanhã sentado naquele baita salão, aguardando com os dedos cruzados e o terço na mão a mensagem do médico que estará operando o velho Tourão. Espero que ele diga: “Cacete!! O velho é foda!! Ta pronto pra outra irmão!!” Já pensou que engraçado seria um médico assim! (rs). Pense nele saindo do centro cirúrgico com um MP4 acoplado nos ouvidos e curtindo aquele heavy metal pesado que foi tema do primeiro “Homem de Ferro”.
Tudo bem, galera, me desculpem as “viajadas”, a “tetricidade” e principalmente as “fugidas” de assunto, mas afinal de contas se eu não puder falar o que sinto com vocês que seguem esse espaço, vou falar com quem ?! Então guenta aí um pouquinho....
Ah! Esqueci ainda do que um dos médicos falou para o Touro durante o teste de anestesia realizado ontem. “Ô loko Tourão!! Vão colocar um carro dentro do senhor!!” Se referindo a qualidade da prótese endovenosa que estarão implantando no peito do velho. De imediato, Kid Tourão respondeu: O que? Um carrinho? Eu preferia um Fenemê sêo doutor...”. Caraca! Um Fenemê!! Afinal de contas o que significa isso? Só fui descobrir depois de pesquisar na Internert – antes de vir para o hospital, já que aqui estou sem sinal. Um Fenemê seria a marca ultra antiga de um caminhão,considerado top de linha há mil anos atrás, ou seja, na época doTourão (rsss).
Mas tudo bem, tudo bom, tudo legal... vamos ao que interessa: ao objetivo desse post que até há poucos instantes estava sem nenhum objetivo. Pensava apenas em ficar jogando palavras ao vento para desabafar um pouquinho, contando as minhas aventuras e do Kid Tourão neste hospital localizado num lugar tranqüilo, mas por outro lado, lá onde o avô do Judas perdeu a meia furada junto com o botinão. Mas, de repente, surgiu uma idéia meio maluca, do tipo, escrever sobre alguns livros que li durante as minhas andanças nos “hospitais da vida” e olha que foram muitas nessas mais de cinco décadas de vida.
Espero contribuir com algum de vocês que terão de passar por esse local, digamos não muito confortável, mas necessário em alguns momentos de nossas vidas. Enfim, obras literárias que me ajudaram e muito a enfrentar as noites traiçoeiras de uma ala hospitalar. Vamos à elas.
01 – Feliz Ano Velho (Marcelo Rubens Paiva)
A primeira vez que li “Feliz Ano Velho” do Marcelo Rubens Paiva – sim, a primeira vez, já que reli o livro ‘umas’ quatro vezes – foi numa horrível noite quando os espectros de uma cólica renal me atacou.
Cara! A coisa foi fatal. Gemia, chorava, urrava, mijava, babava e rolava de dor. A cólica renal que tive naquela noite pós formatura foi braba. Braba não; foi medonha!
Só sei que mesmo após ser medicado, a dor em forma de pontadas intermitentes nas costas, insistia em continuar que açoitando. Resultado: no dia seguinte, o médico plantonista que já havia me atendido na noite anterior, ficou tão compadecido do meu estado físico e psicológico (parecia o Zagalo após aquela vergonhosa e maxi-humilhante derrota do Brasil para a Holanda de Johan Cruyff nas semifinais da Copa de 74) que ele decidiu me deixar internado por mais um dia.
Pedi, então, para que meu irmão levasse o livro do Marcelo para que eu pudesse ler no leito de dor e sofrimento. Havia ganho o livro de uma colega de universidade, mas ele acabou ficando meio esquecido na estante. Mas de tanto ouvir os amigos contarem alguns detalhes sobre o livro me interessei pela história e resolvi lê-lo – digamos numa situação inusitada – numa cama de hospital.
Acabei me envolvendo tanto com a história do filho do deputado Rubens Paiva – um dos desaparecidos da ditadura militar – que no início da tarde, ao entrar em meu quarto para realizar um novo exame, o mesmo médico que havia dobrado o plantão exclamou: “- Rapaz! Me empresta esse livro que eu preciso dar uma reanimada”.
Gente, de fato! “Feliz Ano Velho” é um livro para levantar qualquer irmão que esteja à beira do abismo do desespero. Uma lição de vida para aqueles sujeitos que acreditam que os fatos negativos e não tão bons da vida só acontecem com eles e por isso passam a maior parte de suas vidas se lamentando.
Além de ser um livro do tipo “levanta defunto”, a história do Marcelo é engraçada, fazendo com que o leitor chore de rir em muitas passagens. Costumo dizer que o autor soube dosar com maestria drama, humor e até mesmo auto-ajuda na medida certa. Resultado um livro fantástico!
Na época, o Marcelo era um jovem que curtia a vida ao máximo, sugando cada momento de prazer e felicidade que o Sr. Destino nos oferece. Namorava, fumava, bebia, viajava, curtia as festas nos vitrolões com os amigos e principalmente amava o seu pai do fundo do coração. Mas, de repente, num tão não belo dia assim, ele resolve sair para nadar com os amigos num lago próximo à rodovia dos Bandeirantes e após um mergulho mal feito e calculado, acaba ficando tetraplégico.
Durante esse período brabo de adaptação à uma cama de hospital, completamente adverso ao estilo de vida que levava, o autor mostra a dificuldade que muitas pessoas sofrem com essa situação e a força de vontade que um homem tem de ter para se inserir novamente na sociedade, enfrentando seus problemas e medos.
Nesta fase de recuperação, Marcelo conta com carisma e sinceridade detalhes de sua infância e de sua juventude. Revela seus casos amorosos, retrata sua carreira musical, enfim, faz uma verdadeira viagem no tempo em seus 22 anos de idade.
Enquanto lia “Feliz Ano Velho” pensava comigo: -“PQP! O cara sofreu tudo isso e ainda teve força para tocar a vida com bom humor. Agora, porque eu, com uma dorzinha nos rins – quer dizer... não tão dorzinha assim -  não posso fazer o mesmo?
Tchannn!!! Lavei a cara com óleo de peroba e fui pra luta.
- “Seo doutor!!!! Quero sair daqui para curtir a minha vida linda e maravilhosa!!
02 – Pulmão de Aço (Eliana Zagui)
Sabem de uma coisa... Nós vivemos, a maior parte de nossas vidas, na vertical e ainda assim reclamamos que somos uns azarados, infelizes e desafortunados. Caraca! Sabem o que é viver toda a sua vida na horizontal?! Vai experimenta! E vê se assim para de reclamar um pouco da vida que leva! Para fazer esse teste, basta ficar um mês inteiro deitado em sua cama, sem se levantar e sem se mexer uma única vez. Pêra aí. Vou dar uma colher de chá. Pode mexer sim, mas só a cabeça. E aí? Topas?
No livro “Pulmão de Aço”, Eliana Zagui - que em 1976, antes de completar dois anos de idade, foi vítima de poliomelite - conta o seu drama ao chegar
no Hospital das Clinicas paralisada do pescoço  para baixo e dependente de um respiradouro artificial. Eliana reúne memórias de 36 anos vivendo em uma cama de hospital e conta como é a vida na "horizontal", como ela mesmo se refere.
Ela teria todos os motivos para ser uma pessoa frustrada, mas preferiu aproveitar as maçãs boas que a vida nos oferece, mesmo nas situações adversas. Prova disso é o seu bom humor ao afirmar que quem vive numa cama não tem a mesma perspectiva das outras pessoas. A autora diz que depois de tanto tempo deitada, não consegue mais ver o mundo na vertical. “No meu caso, principalmente, a perspectiva é toda horizontal. Há anos, por problemas respiratórios, não posso mais usar nem travesseiro. Vejo o mundo de baixo para cima ou de lado. Não sei o que é olhar para baixo", conta no livro.
O título do livro faz referência à máquina chamada "pulmão de aço", usada para exercer pressão negativa sobre o tórax e facilitar a respiração. No caso de Eliana, o tratamento não foi adequado, obrigando-a a usar o respirador artificial.
Ela revela em sua obra que não se recorda de quase nada de seus primeiros dias no hospital, mas tem vagas lembranças de sua infância vivendo dentro de verdadeiras geringonças que não entendia serem tão essenciais para a sua sobrevivência. Se lembra ainda de espelhos colocados sobre sua cabeça, presos aos pulmões de aço ou mesmo à cabeceira de sua cama.
Li esse livro numa tarde de sábado quando fui visitar um colega de trabalho que estava internado no hospital de sua cidade – pertinho da minha - com pneumonia. Enquanto aguardava o momento da liberação do horário de visitas, percebi que uma senhora de meia idade estava lendo esse livro. Me interessei pelo título e também pela capa. Logo ao chegar em casa, fui pesquisar na Net e entendi o motivo daquela mulher estar lendo uma obra desse tipo num lugar que muitas vezes nos traz uma mescla de sofrimento, dor e desesperança.
Rapaz! O livro é uma verdadeira lição de vida! Principalmente para os pacientes de hospitais que acreditam que a sua doença é a mais grave de todas. É ler e se levantar correndo da cama e gritando: “Eu sou o cara mais feliz do mundo!”. E na seqüência dar um chute em seu tenebroso estado de espírito.
03 – Hospital (Arthur Hailey)
Quáaaaaaaaaaaaaaaaaaa…. Quaaaaá!!! Estou gargalhando de peito aberto agora. Quem diria; eu aqui nesse hospital enorme e cheio de dramas, indicando um livro sobre um hospital também cheio de dramas! Ok, ok... podem me chamar de demodê, ‘ingnorante’ (como um colega meu costuma dizer. Pasmem, ele é jornalista!!!!), orelhudo, ‘descriativo’ (Iahuuu!! Essa foi boa!! – rs) e o escambau à quatro, por indicar um livro dramático sobre hospital para se ler num... hospital!! Mas confesso que não estou sendo nada sádico. É que o livro é bom mesmo! É bem antigo. Se não me engano foi publicado em 1959, mas é da hora.
Como se trata de uma lista pessoal, quero revelar que sempre tive curiosidade em conhecer o funcionamento interno de um hospital. Como é a vida e o trabalho de médicos, diretores, enfermeiros e etc que formam uma sistema responsável em salvar vidas humanas. Enfim, conhecer os bastidores desse conglomerado. E nada melhor do que fazer isso , digamos... ‘dentro do clima’, ou seja, num hospital. Agora não me diga que é a mesma coisa você ler, por exemplo, “O Destino do Poseidon” na cadeira de seu quarto, ao invés de uma cadeira localizada na proa de um navio?? Pronto; acho que já deu prá entender porque resolvi ler o livro de Hailey há quase três anos num hospital.
Acho que tive uma infecção intestinal e acabei ficando de molho durante dois dias no Pronto Atendimento de minha cidade me entupindo de antibióticos. Pedi para um primo que me trouxesse “Hospital”  para matar o tempo. Me envolvi tanto na história que li as mais de 300 páginas da obra nesses dois dias.
Hailey revela com maestria os segredos de um grande hospital, suas intrigas, seus triunfos, seus fracassos, o idealismo e a fé de homens e mulheres devotados em salvar vidas. O mundo que todo paciente desconhece.... E pra variar, eu fiquei conhecendo (rs).
Obra contagiante, ainda mais lendo num... hospital.
04 – Visões da Noite – Histórias de terror sarcástico (Ambrose Bierce)
Bem, como já disse escrevi acima, por se tratar de uma lista pessoal, posso escolher os livros que quiser, certo?? Ok, então, também incluo em minha listinha particular a obra prima de Bierce.
Li alguns contos do livro numa noite onde tudo deu errado num hospital, em que estava como acompanhante de uma tia, eu acho. Era meu dia de substituir um ‘primo bom samaritano’ que estava como acompanhante de ‘mia tia’, quando justamente no meu dia de turno, o que aconteceu?? Simplesmente ‘tia mia’ foi parar na UTI devido há uma falta de ar repentina. E segundo a regra do ‘maledeto’  hospital, um paciente não pode em hipótese alguma ter direito à dois leitos. Resultado: como titia foi conhecer um pouquinho os ares da UTI, perdeu a sua cama no quarto. Me explicaram que no momento em que ela saísse da Unidade de Terapia Intensiva seria deslocada para um outro quarto. E fazendo jus aquele velho ditado: “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco’ – digo isso, porque não era eu o protagonista daquela história, mas sim, tia mia. O menino aqui, não passava de um simples acompanhante (perceberam que até fonética da palavra acompanhante rima com figurante?) – a minha ‘humirdi’  cordinha arrebentou; e arrebentou bonito!
Após minha tia ser deslocada para a UTI, a assistente social do hospital – o qual me nego escrever o nome – disse com aquele ar de ‘profissional fria’: “- O senhor terá de retirar os seus pertences e os de sua tia daqui”. Em minha vã ignorância pensei que seria encaminhado para um novo quarto, onde aguardaria titia. De fato fui transferido, mas não para um quarto, mas para o saguão do maledeto hospital, como um desalojado. Explico melhor: como – lógicamente – não poderia ficar como acompanhante numa UTI, teria de ir embora e só retornar quando a ‘paciente tia’ já estivesse num quarto. Vai me pergunta agora, porque não fui embora e voltei depois? Vai pergunta logo, já que você deve estar me achando o cara mais tapado do mundo. Ocorre galera, que o hospital onde o menino aqui estava com a sua querida tia ficava isolado no meio do mato! Distante ‘quilômetros luz’ da cidade. Circular, só um por dia e pela manhã!! Lembrando que o meu desalojamento ocorreu às 18 horas. E pra variar, estava com pouco Money no bolso, cartão estourado e numa cidade estranha sem amigos e parentes. Quanto ao ‘priminho acompanhante’  já tinha pego o seu carrinho e se mandato para a sua city.
Bem, peguei a minha ‘tralha’ – edredom, travesseiro, sacolas de roupas, chinelos, etc,etc e mais etc, os quais quero esquecer e... me mandei para o saguão do ‘hospita’. Perguntei para o vigia se podia me deitar na cadeira tripla de espera. Ele disse: - “Olha irmão, sinto muito, mas não dá”. Irmão a PQP!! Quero ser irmão de uma onça, mas não daquele ... daquele... verme! O cara negou o ‘conforto’ de três cadeiras duras como pau para que o desalojado aqui pudesse passar a noite e ainda tem a cara de pau de me chamar de irmão... e com aquele sorriso sínico de quem diz: -“ Que otário...”
Resumindo. Fiquei sabendo que minha tia sairia da UTI na tarde seguinte – se tudo corresse bem – portanto, teria apenas de enfrentar uma madrugada braba e solitária num saguão brabo e solitário... bem, não solitário por inteiro, já que contei com a companhia de uma recepcionista e do vigia infeliz. Pensei comigo: -“Caramba, não trouxe nenhum livro para matar as horas”. Então me lembrei que ‘tia mia’  também era uma ávida leitora. Abri uma sacolinha, sua, e descobri um livro de Ambrose Bierce. Sabia que esse autor era um dos bam-bans do gênero terror e que havia desaperecido misteriosamente. Fora isso, não tinha lido nada sobre ele. Como não tinha outra opção, para enfrentar a noite agarrei o livro e comecei a ler. Rapaz!! Que coisa!! Fantastic!! Olha, não se deixe enganar pelo subtítulo “Histórias de terror sarcástico”. Nada a ver. Pelo contrário, os contos de Bierce não tem nada de sarcástico. Pelo contrário, eles são arrepiantes. Brrrrrrr.. Me tornei fã do sujeito... e já no segundo conto! Na minha opinião “Cruzando o Umbral” e “O Ambiente Adequado”  são os melhores. No primeiro, Bierce narra em estilo jornalístico o desaparecimento de pessoas que literalmente sumiram no ar, ‘sem mais-nem menos’. O conto tem um clima angustiante e por ser escrito num clima jornalístico, dá a impressão ao leitor que aquele fato fictício realmente aconteceu. Já em “O Ambiente Adequado”, Bierce narra o drama de um homem que para entrar no clima decide escrever uma história de terror num lugar assustador, que provoca calafrios na espinha. O final do conto também deixa o leitor com calafrios.
Resultado, quando terminei o livro já estava quase amanhecendo. Comecei a ler por volta da 1 da madruga. Confesso que não senti medo, mas prazer. Um livro muito bom... principalmente para se ler no saguão solitário de um hospital (rs).
05- Deixa Ela Entrar (John Advide Lindqvist)
Deixei para finalizar esse post com o livro de Lindqvist, por um motivo muito simples: foi a obra que escolhi – aleatoriamente, é verdade – para ser a minha companheira nesse momento em que o Kid Tourão está se preparando para enfrentar mais uma luta pela sua vida.. Sei lá pessoal; não me pergunte o por que de ter escolhido esse livro. Simplesmente escolhi, sem um motivo aparente. Havia acabado de ler “Micro”, de Michael Crichton e Richard Preston, quando vi em minha lista de leitura que o livro do autor sueco era o próximo. Passei a mão na obra, coloquei na bagagem e pronto. Estou lendo  o livro nos intervalos desse post. Garanto que a história de Oskar e Eli está contribuindo muito para que eu enfrente esse momento  meio ‘baixo astral’.
Tão logo conclua a leitura de “Deixa Ela Entrar” , estarei fazendo um post sobre a história de Lindqvist. Enquanto isso, se quiser saber algo mais sobre a obra entre aqui.
Gente... e por falar escrever em “Deixa Ela Entrar”, agora que conclui esse post,  preciso voltar à leitura dessa obra, enquanto o Tourão puxa uma sonada por aqui com direito há um ronco que mais se parece uma orquestra regida por um pedreiro.... Que me desculpem os pedreiros.
Ah! Antes de encerrar o post; como já expliquei no facebook do Livros e Opinião fiquei todo esse tempo sem postar por causa dos problemas de saúde do Senior Tourão. Espero que agora, retome a regularidade.
Inté pessoal!!

9 comentários

  1. Muito bom o post, a leitura é uma boa pedida quando estamos imersos em um lugar que muitas vezes é inóspito, ótimo para fazer passar as horas intermináveis dentro de um hospital. Eu tenho o livro "Pulmão de aço" que comprei por muita curiosidade, comecei a ler, porém, parei por algum motivo que não lembro qual, mas irei retomar ainda esse ano para o desafio literario 2013 cujo um dos meses é leitura de um livro que fale sobre superação. Sou enfermeira pediatra e no meu dia-a-dia convivo com a luta de crianças e suas famílias. A criança nunca interna sozinha, ela sempre está com algum familiar, que geralmente é a mãe que abdica, muitas vezes, de tanta coisa para se dedicar ao seu filho. Trabalho em um hospital de referencia para crianças com doenças crônicas, e há algumas delas que estão há mais de um ano internadas com a gente, umas em companhia de seus familiares, outras não... enfim... temos um projeto no hospital chamado "Biblioteca viva" que lê para as crianças e emprestam livros para elas e seus familiares, com intuito de tornar menos cansativo sua estadia, menos angustioso e talvez, um pouco prazeroso, afinal a leitura também tem o intuito de distração e diversão. Melhoras ao senhor Tourão. o/

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    1. Parabéns pela missão realizada pelos profissionais do hospital em que vc trabalha. Escrevo missão, de fato, pque não se trata de trabalho. Muitas vezes o trabalho nós realizamos porque precisamos, mas a missão, nós cumprimos porque gostamos e amamos. Vc deve se sentir realizada por poder ajudar e amparar tantos seres humanos que precisam... pelo menos de uma palavra amiga, um ombro ou um gesto.
      Obrigado em nome do Tourão.
      Abcs!

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  2. Oi J.A. muito bom seu post "escreviver" mesmo num momento difícil.
    Aguardo sua resenha do último livro e gosto de Visões da Noite.
    Desejo melhoras ao Tourão! Vai dar tudo certinho.
    Que Deus os abençoe muitooo!
    Ahhhh e diga ao Tourão que vou escolher um livro bem fofo para ele ler em casa dp da alta que vai ser bem loguinho! Aliás ele é um dos personagens mais fofos da literatura da vida real que conheço.
    Abraçooo

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    1. Obrigado Luna!
      Graças à Deus, o Tourão já está em sua casa aprontando e muito! Mesmo sem poder se locomover como deveria. Correu tdo bem na cirurgia. Ele ficou muito contente com todas as mensagens de estímulo publicadas no blog, incluindo a sua. Quanto a resenha de "Deixa Ela Entrar", brevemente estarei publicando por aqui.
      Grande abraço!!

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  3. Poderia incluir na lista o "Por um Fio" do DR.auzio Varella

    Ajuda muito a quem tem parente com câncer à lidar com a situação.

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    1. Está feita a menção Caio... Ainda não tive oportunidade de ler essa obra do dr. Drauzio, mas acredito que deve ter muitas qualidades.
      Abcs!

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  4. Eu só não recomendo Robin Cook pra ler em hospital.... Acho que vai dar síndrome do pânico....kkkkkkkk

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