O Círculo Matarese

07 dezembro 2012

Quer saber de uma coisa? Não entendo como tantos livros de qualidade, com enredos extraordinários e personagens que esbanjam carisma são literalmente “escanteados” pela maioria dos produtores cinematográficos. Estes canastrões da sétima arte - produtores apenas no nome - preferem comprar os direitos de adaptação para o cinema de uma porcaria como ‘Fallen’ ou ‘Hush, Hush’ ou ainda ‘Wake’ e deixar de lado jóias preciosas da literatura, do tipo: ‘As Crônicas de Artur’, ‘A Sombra do Vento’ e ‘O Círculo Matarese’.
Caramba! Essa tal cretinice desses produtores FDP é fod...! Me desculpem a revolta e o palavreado chulo  mesclados  ao desabafo, mas não dá pra aceitar tanta... Ah! Deixe prá lá!.
Dói no coração pensar que estamos deixando de ver nas telonas essas histórias antológicas por puro relaxo e ignorância dessa alta cúpula Hollywoodiana que não vale um tostão furado.
Confesso que no início dessa semana já estava pronto para comprar alguns fogos para comemorar uma notícia inebriante que havia visto na Internet. A de que o “O Círculo Matarese”, do mestre da espionagem Robert Ludlum – o pai de Jason Bourne – iria ser adaptado para os cinemas, e ainda tendo como diretor o mago David Cronenberg. Tudo bem que um dos atores principais seria o “missão impossível” Tom Cruise. Ok, ok, eu agüento o Tom, mas o importante é que a história de Ludlum seria transposta para os cinemas. Vejam bem o que escrevi: “Seria”.
É que na ânsia da emoção não percebi que essa notícia havia sido veiculada nas redes sociais em 2009!! E até agora nada de nada! E lá vai o blogueiro aqui, fuçar, novamente, na Net na louca esperança de encontrar alguma notícia, duas ou três linhas que sejam sobre o assunto, mas a frustração ganha corpo quando não encontro nada atualizado. Chego a conclusão que a adaptação da obra, por algum motivo, acabou dando para trás. Fazer o que, né.
Já li o “Círculo Matarese” duas vezes e estou me preparando para encarar as suas páginas pela terceira vez. A história é viciante, daquelas que você agarra e só tem vontade de largar quando termina. Achei o “Circulo” muito melhor do que “A Identidade Bourne”, apesar dessa segunda obra ser considerada aquela que abriu as portas do sucesso para Ludlum, transformando-o num dos autores de Best-Sellers mais respeitados do mundo.
Imagine em plena guerra fria, dois agentes – um americano e outro, russo –
obrigados a trabalharem juntos, apesar de serem considerados inimigos mortais. Aliás, a capa da edição mais recente do livro deixa evidente o que Bradon Scofield e Vasili Talaniekov representam um para o outro. Só para lembrar que na capa de “O Círculo Matarese” vemos dois escorpiões venenosos numa luta aguerrida onde, provavelmente, só um deles sairá vivo. É assim que Scofield e Talaniekov  se tratam: inimigos mortais.
Mas qual situação seria capaz de fazer com que esses dois agentes – considerados os melhores em seus respectivos países – esquecessem, temporariamente, as suas diferenças e passassem a trabalhar juntos. Somente uma coisa maligna ao extremo e com o poder de levar o mundo em que vivemos à destruição total. A‘coisa’, em questão, com todo esse poder de fogo se chama Circulo Matarese.
Esta violenta organização criminosa é dedicada ao financiamento de terroristas da qual fazem parte altos escalões da CIA, da KGB, do governo da Rússia, do Departamento de Estado norte-americano e até o futuro presidente dos Estados Unidos. Agora, essa confraria deseja o domínio para além dos limites do poder das nações. O ‘cabeça’ dessa organização é o bilionário corso, Guillaume Matarese, que planeja liquidar corruptores e corruptos, lançando no caos os governos da Europa e fazendo com que grandes empresas multinacionais e bancos percam seus protetores.
O Círculo Matarese é formado por perigosos serial killers capazes de se infiltrar em qualquer setor governamental, administrativo, financeiro e institucional, incluindo CIA , FBI e KGB sem serem notados.
Eles são mais poderosos do que a própria Máfia, estão em todo o lado, embora ninguém  os veja ou saiba alguma coisa sobre eles. E agora, querem dominar o mundo.
Scofield e Talaniekov são os únicos agentes em todo o mundo que podem deter o Círculo Matarese; dois inimigos mortais jurados de ideologias opostas. O primeiro, agente da CIA e Talaniekov, do KGB. Os melhores terão de por de lado o ódio que sentem um pelo outro e superar momentaneamente as diferenças existentes entre eles, pois só assim, poderão enfrentar a invencível organização.
Mas porque essas esses dois agentes - obrigados a trabalharem juntos, se odeiam tanto. Bem, vamos lá. Taleniekov assassinou gratuitamente a mulher de Scofield em Berlim Oriental. Uma provocação. Por outro lado, Scofield matou o irmão de Taleniekov em Praga. Uma vingança. Dois motivos mais do que necessários para que esses homens de ideologias distintas se transformem em dois venenosos escorpiões inimigos, prontos para se ferroarem até se matarem. Por tudo isso, um encontro entre os dois, em qualquer hipótese, seria fatal.
Ludlum, através de sua escrita mágica, vai prendendo o leitor de uma tal maneira que se torna impossível largar o livro. No meu caso, não via a hora de Scofield e Taleniekov se encontrarem, após um acordo entre os seus chefes americanos e russos. Como seria esse encontro? Qual a reação de ambos ao se encararem? Fui engolindo as páginas até chegar esse momento. E quando chegou. Uhauuu! Foi épico cara! Algo que o leitor jamais irá imaginar; só mesmo lendo para entender. E é claro que não vou estragar esse momento épico com spoilers.
Vou parar por aqui para não ficar revelando detalhes sobre o enredo do livro. Apenas recomendo. Leiam e não se arrependerão.
Indo!



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